- Brincando com fogo: handebol, basquete, natação, futebol e vôlei, um dia quente para o Brasil em Londres
Quando criança, Cesar Cielo, o filho, não podia ficar sozinho em sua casa. “Não podia deixar caixas de fósforos soltas. Ele colocava fogo para ver os palitos se incendiaram todos de uma vez. O engraçado é que hoje ele ganha a vida dentro da água", lembra Cesar Cielo, o pai.
Irônico mesmo é a maneira como essa anedota do agora três vezes medalhistas olímpico se encaixa com o que aconteceu com o Brasil em Londres nesta sexta-feira. Nas quadras, na piscina ou no gramado, brasileiros brincaram com fogo em apostas erradas. Alguns se queimaram, transformando metas olímpicas em cinzas. Outros ainda têm chance tirar a mão da fogueira.
No basquete feminino, o time de Luiz Claudio Tarallo viveu a situação oposta. O fogo já estava alto e forte após três derrotas em Londres. Novo tropeço significaria eliminação, mas havia a perspectiva de apagar a fogueira. O Brasil tinha atropelado as canadenses, rivais do jogo crucial, há menos de um ano. Mas entrou em quadra sonolento. Deixou o Canadá gostar do jogo. Quando resolveu que era a hora de vencer, não teve forças. Empatou o jogo, mas virar o placar era pedir demais. Acabaram eliminadas. Consumidas pela fogueira olímpica.
Mais sorte teve o vôlei feminino. O time brinca com fogo desde o início da competição. Na estreia, 3 a 2, vitória, sobre a Turquia. Depois, duas derrotas, EUA e Coréia do Sul. Nesta sexta, outro 3 a 2, batendo a China. O que deixou o técnico Zé Roberto fazendo contas para saber o grau das queimaduras que o time já sofreu.
No handebol, o time dos shortinhos fashion já estava classificado. Mas as garotas ousaram errar três tiros de sete metros, os pênaltis da modalidade. E perderem o primeiro jogo em Londres, para a potência Rússia. Uma queimadura leve, daquelas que você não sente. Mas ainda assim uma queimadura. Para aprender que não se deve brincar com fogo.
No basquete feminino, o time de Luiz Claudio Tarallo viveu a situação oposta. O fogo já estava alto e forte após três derrotas em Londres. Novo tropeço significaria eliminação, mas havia a perspectiva de apagar a fogueira. O Brasil tinha atropelado as canadenses, rivais do jogo crucial, há menos de um ano. Mas entrou em quadra sonolento. Deixou o Canadá gostar do jogo. Quando resolveu que era a hora de vencer, não teve forças. Empatou o jogo, mas virar o placar era pedir demais. Acabaram eliminadas. Consumidas pela fogueira olímpica.
Mais sorte teve o vôlei feminino. O time brinca com fogo desde o início da competição. Na estreia, 3 a 2, vitória, sobre a Turquia. Depois, duas derrotas, EUA e Coréia do Sul. Nesta sexta, outro 3 a 2, batendo a China. O que deixou o técnico Zé Roberto fazendo contas para saber o grau das queimaduras que o time já sofreu.
No handebol, o time dos shortinhos fashion já estava classificado. Mas as garotas ousaram errar três tiros de sete metros, os pênaltis da modalidade. E perderem o primeiro jogo em Londres, para a potência Rússia. Uma queimadura leve, daquelas que você não sente. Mas ainda assim uma queimadura. Para aprender que não se deve brincar com fogo.
Mais sorte teve o vôlei feminino. O time brinca com fogo desde o início da competição. Na estreia, 3 a 2, vitória, sobre a Turquia. Depois, duas derrotas, EUA e Coréia do Sul. Nesta sexta, outro 3 a 2, batendo a China. O que deixou o técnico Zé Roberto fazendo contas para saber o grau das queimaduras que o time já sofreu.
No handebol, o time dos shortinhos fashion já estava classificado. Mas as garotas ousaram errar três tiros de sete metros, os pênaltis da modalidade. E perderem o primeiro jogo em Londres, para a potência Rússia. Uma queimadura leve, daquelas que você não sente. Mas ainda assim uma queimadura. Para aprender que não se deve brincar com fogo.
No handebol, o time dos shortinhos fashion já estava classificado. Mas as garotas ousaram errar três tiros de sete metros, os pênaltis da modalidade. E perderem o primeiro jogo em Londres, para a potência Rússia. Uma queimadura leve, daquelas que você não sente. Mas ainda assim uma queimadura. Para aprender que não se deve brincar com fogo.
HISTÓRIAS OLÍMPICAS
Acabou, de forma precoce e decepcionante, a campanha da seleção brasileira feminina em Londres. Nesta sexta, o time perdeu para o Canadá por 79 a 73, conheceu sua 4ª derrota seguida e está fora dos Jogos. A provocação dos torcedores irritou a ala Joice, que abriu a entrevista com a frase:"Dá um tapa na minha cara". Outras jogadoras pediram desculpas pelos maus resultados, mas evitaram lamentar a ausência de Iziane no torneio. |
O brasileiro Julião Neto foi derrotado nesta sexta-feira por Jeyvier Cintron Ocasio nas oitavas de final do torneio olímpico de boxe, no peso mosca, e está eliminado dos Jogos. O porto-riquenho, de apenas 17 anos, mostrou agressividade no combate e foi declarado vencedor após os três rounds por 18 a 13.
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O Brasil errou três tiros de 7 metros e acabou derrotado por quatro gols no handebol feminino, no primeiro revés da forte seleção feminina. A equipe comandada pelo dinamarquês Morten Soubak viu a Rússia se vingar do revés no último encontro dos times, em 2011, quando as brasileiras venceram e ficaram na 5ª posição no Mundial. Desta vez, no entanto, os erros nos “pênaltis” de Alê, que desperdiçou três tiros de 7 metros, podem ter tirado as chances do Brasil se manter invicto e ficar em excelente posição para avançar em primeiro. Ainda assim, a equipe verde-amarela segue bem para passar de fase e seguir em busca da medalha inédita.
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A cada aparição de Jaqueline Ferreira no tablado de competição do levantamento de peso olímpico nesta sexta, o técnico romeno Dragos Stanicas protagonizava um show de vibração do lado da competidora. A brasileira conseguiu a melhor marca de sua vida na disputa da categoria até 75 kg e terminou entre as dez melhores do mundo (8º lugar), em desempenho que inspirou um repertório de pulos e gritos de seu treinador.
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Anderson Nocetti entrou em seu barco sabendo que não teria sua pior Olimpíada, após participar de quatro edições dos Jogos e ter um 13º posto como recorde pessoal. Ainda assim, considerou válido se esforçar para conquistar um honroso 19º lugar. Depois de chegar a figurar em penúltimo na final D desta sexta-feira, ele disparou nos metros finais e venceu a série, com o tempo de 7min25s03. Aos 38 anos, Anderson é o brasileiro com mais participações no remo olímpico em toda a história.
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Juliana Veloso não conseguiu classificação para a semifinal do trampolim de 3 m dos saltos ornamentais . A brasileira terminou na 28ª posição entre as 30 atletas que competiram nesta sexta-feira.
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O Brasil não passou da estreia na disputa por equipes. No masculino,Gustavo Tsuboi, Thiago Monteiro e Hugo Hoyama perderam por 3 a 0para o time o time de Hong Kong. No feminino, as derrotas foram ainda mais avassaladoras e, em apenas 42min, Caroline Kumahara, Giu Lin e Lígia Silva caíram diante da equipe da Coreia do Sul. |
Robert Scheidt e Bruno Prada garantiram pelo menos o bronze para o Brasil na classe Star. Com isso, Scheidt vai igualar Torben Grael como maior medalhista dos Jogos, com cinco pódios.
Nesta sexta, os brasileiros conseguiram uma vitória e um terceiro lugar nas duas regatas disputadas e chegam para a disputa da Medal Race, que acontece no domingo, na briga pelo ouro. Para isso, eles precisam chegar cinco posições à frente dos britânicos Ian Percy e Andrew Simpson, que lideram a disputa, e no máximo um lugar atrás dos suecos Fredrik Loof e Max Salminen. Para Prada, o ouro é difícil. |
É difícil, mas ainda há esperanças. OBrasil venceu a China por apertados 3 a 2e agora depende de outros resultados para avançar.
As jogadoras chegaram a ficar irritadas com a torcida contra, mas o técnico José Roberto Guimarães minimizou: "É o ônus". Para se classificar para o mata-mata, o time até evocou uma "ajuda divina". São três vagas para quatro seleções: veja as chances do Brasil em Londres. |
Cielo foi um deles. O nadador mostrou que não aprendeu tanto quanto poderia com a experiência na infância. Para repetir 2008, disputou as provas dos 100 m livre e dos 50 m livre. Quando saiu da piscina com o bronze na prova mais curta, em que defendia o ouro de 2008 e era o atual campeão mundial, disse que a decisão não foi a melhor: “Acho que eu poderia ter feito um tempo melhor se não tivesse gasto energia na prova dos 100 m. Mas a gente arriscou e é isso aí”. Pelo menos, Cielo colocou a mão no fogo e, quando tirou, ainda conseguiu salvar um bronze.
As seleções femininas de futebol e basquete não tiveram a mesma sorte. Estão eliminadas da Oimpíada. Nos campos, Marta & Cia. enfrentaram as atuais campeãs mundiais do Japão. O time começou bem e perdeu pelo menos dois gols no início do jogo. Mas foram as japonesas que abriram o placar. Marta, que poderia ter feito a diferença, desapareceu. E o Brasil viu suas chances de medalha virarem cinza.
- O primeiro dia do atletismo teve um importante resultado para o Brasil: campeão mundial indoor no salto em distância, Mauro Vinicius da Silva se classificou para a final com a melhor marca. Otimista após o bom resultado, o saltador sabe que tem que melhor sua marca para brigar pela pódio. Outro bom resultado do país foi conquistado pela corredora Rosângela Santos, que garantiu presença nas semifinais dos 100 m rasos com o tempo de 11s07, o melhor de sua carreira. Mas as boas notícias acabaram ai. Nos 400 m, Geisa Coutinho e Joelma Sousa não conseguiram passar às semifinais, enquanto Keila Costa ficou na 20ª colocação do salto triplo com a marca de 13,84 m, sem vaga na final. Já Andressa Oliveira foi a 16ª colocação no lançamento de disco e culpou a arbitragem por não avançar na prova.
- O futebol feminino brasileiro mais uma vez fracassou na tentativa de conquistar a inédita medalha de ouro. Depois de perder duas vezes a final para os Estados Unidos nas duas últimas Olímpiadas, o algoz em Londres foi o Japão, atual campeão mundial. Depois da classificação sem muito brilho na fase de grupos, o Brasil teve pela frente as japonesas e não conseguiu a vaga nas semis ao ser derrotado por 2 a 0. Foi a pior campanha da equipe desde que o futebol feminino foi incluído na Olímpiada. Desde 1996, a equipe chegava, no mínimo, às semifinais. A eliminação também representa mais uma decepção de Marta com o time nacional. Depois das duas medalhas de prata em Atenas-2004 e Pequim-2008 e um vice-campeonato mundial em 2007, a camisa 10 segue sem uma grande conquista com a seleção.
- O último dia de competições de judô em Londres teve motivos para ficar marcado na história. O primeiro foi logo no começo da manhã, quando a judoca saudita Wojdan Ali Seraj Abdulrahim Shaherkani, de véu, se tornou a primeira mulher de seu país a competir nos Jogos Olímpicos. O segundo foi a medalha de bronze conquistada por Rafael Silva, a primeira do Brasil na categoria peso pesado, e a quarta nos jogos de Londres, estabelecendo um novo recorde de pódios para o país no esporte. Rafael, que é metaleiro e tem a fama de quebrar camas, já sabe o que vai fazer para comemorar: jantar com a namorada, mas já adiantou que não vai quebrar medalha como Felipe Kitadai. A outra brasileira na disputa, Maria Suelen, chegou perto do pódio, mas perdeu para heptacampeã mundial e ficou sem o bronze.
- Foi um dia de comemoração, mas com gostinho de que faltou alguma coisa na natação brasileira.Cesar Cielo, campeão olímpico e mundial dos 50 m livre, não repetiu o feito de Pequim e ficou com a medalha de bronze. O brasileiro alegou cansaço, principalmente por ter nadado os 100 m livre. Depois de receber a medalha com um sorriso tímido, chorou ao falar com seus pais. Já colegas do nadador disseram que o barulho na piscina londrina pode ter atrapalhado. Bruno Fratus terminou os 50 m livre na quarta colocação, enquanto Graciele Herrmann foi apenas a 22ª colocada nas eliminatórias dos 50 m livre. Já Michael Phelps conquistou seu 17º ouro olímpico e empatou em vitórias com a Argentina.
- Para os brasileiros, a sexta-feira não poderia ter sido melhor no vôlei de praia. Em seus jogos,Juliana/Larissa e Ricardo/Pedro Cunha foram testados apenas no segundo set, mas as duas duplas retomaram o ritmo, venceram por 2 a 0 e avançaram às quartas de final sem grandes problemas. Para os homens, uma outra notícia ainda trouxe mais alívio. Os norte-americanos Rogers e Dalhausser, atuais campeões olímpicos, foram surpreendentemente eliminadospor um time da Itália. Para os brasileiros, a queda dos campeões não facilitam o caminho para uma possível final brasileira.
Fonte: Uol
Erly Souza
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