domingo, 16 de setembro de 2012

NEM AO CÉU, NEM AO INFERNO: FLAMENGO E GRÊMIO FICAM NO 1 A 1

Ibson, Flamengo x Grêmio (Foto: Alexandre Loureiro / Vipcomm)


O gramado do Engenhão atraiu opostos neste domingo. Um time assustado pelo risco de queda, com peças atrapalhadas, foi salvo pelo estalo de um talento individual contra um adversário organizado, esperançoso de título, mas em tarde discreta de seus principais nomes. Golaço de falta de Adryan no segundo tempo evitou que o Flamengo perdesse a quinta seguida no Brasileirão. O empate por 1 a 1 fortaleceu o Grêmio na luta pela ponta - já que Fluminense e Atlético-MG perderam na rodada. Marcelo Moreno marcou para os gaúchos ainda na etapa inicial.
O Flamengo viveu momentos de terror. Chegou a ter uma derrota combinada com vitória do Sport sobre o Inter - resultados que o deixariam a um ponto da zona de rebaixamento. Mas foi apenas susto. Saiu o empate no Engenhão, e o Colorado buscou a igualdade no Beira-Rio. Com isso, o Rubro-Negro segue em 16º, com 28 pontos, quatro à frente do Z-4. Está há sete partidas sem ganhar.
- Jogamos bem, lutamos do início ao fim. Uma pena que tivemos aquela desatenção no início - disse Vágner Love na saída de campo.
Para o Grêmio, o panorama poderia ter sido melhor. Mas é ingratidão reclamar da rodada. Com as derrotas do líder e do vice, o time de Vanderlei Luxemburgo foi a 48 pontos, na terceira colocação. Tem três a menos que o Atlético-MG e cinco de defasagem para o Fluminense.
- O empate não é ruim, não. As equipes que estão na frente perderam. Poderíamos ter encostado, mas é sempre difícil jogar aqui contra o Flamengo - comentou Zé Roberto.
As duas equipes voltam a campo no domingo, ambas fora de casa. O Flamengo encara o Atlético-GO às 16h. O Grêmio enfrenta o Atlético-MG às 18h30m.
Quantidade não é qualidade
Zé Roberto tem a bola sob seu controle. Até se enrola com ela, mas consegue acionar Pará. Do lateral, a jogada flui para Elano. Marcelo Moreno já liga as antenas e parte para receber às costas da zaga. E marca. O gol do Grêmio, aos 17 minutos do primeiro tempo, é uma troca de passes, uma ação coletiva, uma trama. É justamente aquilo que, rodada após rodada, o Flamengo não consegue encontrar.

O Grêmio fechou a etapa inicial na frente do Flamengo mesmo com menos posse de bola (52% a 48%), menos finalizações (seis contra quatro), muito menos bolas levantadas na área (seis a um). É que quantidade não é qualidade. Jogadas gratuitas, aleatórias, não combinam com precisão. E o time tricolor soube ser preciso. Fernando, suspenso, não fez falta. A impressão é de que quaisquer que sejam as peças no meio-campo azul, o time vai funcionar. Marco Antônio, um meia, foi o substituto do volante.
O Flamengo, é bem verdade, já jogou pior neste Brasileirão. Mas a entrada de Léo Moura no meio não corrigiu, num passe de mágica, os problemas visíveis da equipe de Dorival Júnior. Os atletas seguem jogando como se não tivessem a mínima ideia de onde está o colega - o que talvez justifique o excesso de jogadas áereas, uma bengala comum para os times que não conseguem criar com a bola raspando no gramado.
Os donos da casa até tiveram uma ou outra chance. Já no primeiro minuto, Luiz Antonio bateu cruzado, e Liedson, no meio do caminho, desviou para fora. O mesmo atacante, aos 24, acertou o travessão de Marcelo Grohe, depois de mais um cruzamento de Ramon afastado pela zaga adversária. De resto, foram chutes de longe - ou defendidos pelo goleiro (caso de uma tentativa de Wellington Silva), ou mandados para longe (como num arremate torto de Vágner Love).
O pé direito de Adryan
Quando o conjunto é vazio, resta apelar para a qualidade individual. É o que Adryan, o substituto de Luiz Antonio no intervalo, tem. Uma cobrança de falta preciosa do garoto, aos 15 minutos do segundo tempo, deu vida ao Flamengo. A chuteira que ele calça em seu pé direito encontrou a bola, e a bola encontrou o ângulo de Marcelo Grohe - que não encontrou nada. Golaço. 1 a 1.
O Flamengo voltou melhor no segundo tempo. O time gaúcho não resistiu ao cacoete de recuar. Vágner Love, ainda antes do gol de Adryan, já poderia ter marcado. A bola caiu na rede, mas por fora.
O Grêmio tentou recuperar corpo no jogo. Elano, perigoso, arriscou duas vezes, mas sem sucesso. Enquanto isso, o time da casa seguia disposto a eliminar seu drama no campeonato. Nixon, que entrou no lugar de Liedson, recebeu em profundidade de Léo Moura e quase virou. Parou em Grohe. Bottinelli mandou pancada de longe, perto da meta tricolor.
Os minutos finais foram de tensão. As duas equipes (especialmente os cariocas) davam sinais de que ainda poderiam buscar algo melhor. Mas não conseguiram. O empate por 1 a 1 nem aproximou o Flamengo do inferno, nem colou o Grêmio no céu
Fonte: Globoesporte

INTER ARRANCA EMPATE NO BEIRA-RIO CONTRA O SPORT E EVITA TROPEÇÃO

Leandro Damião, Internacional x Sport (Foto: Wesley Santos / Futura Press)


Depois de ver o Sport abrir 2 a 0 no primeiro tempo, o Inter conseguiu se recuperar dentro de casa e igualar o placar na segunda etapa, na noite chuvosa deste domingo, no estádio Beira-Rio, em jogo válido pela 25ª rodada do Brasileirão 2012. O placar de 2 a 2 evitou um verdadeiro tropeção do time de Porto Alegre diante da sua torcida, mas não serviu para nenhuma das duas equipes. Enquanto o Colorado se manteve longe do G-4, os pernambucanos estão cada vez mais afundados na zona de rebaixamento.
Rithlelly e Gilsinho marcaram para os visitantes na primeira etapa. No segundo tempo, na tática do abafa, Cassiano descontou, e Leandro Damião decretou o empate. O centroavante ainda perdeu chance incrível de marcar mais um, mas abusou do preciosismo.
Na saída de campo, os colorados se mostraram chateados com o empate, mesmo com a reação. Com o resultado, o time gaúcho ficou na sétima posição, com 37 pontos – a seis do G-4. No próximo domingo, recebe o Bahia, em casa.

- Infelizmente o resultado não foi justo, pois no segundo tempo, somente nós continuamos atacando. Agora é pensar no Bahia, adversário difícil, mas temos que mostrar que aqui dentro do Beira Rio quem manda é o Inter – avaliou o lateral Edson Ratinho.

Na 17ª colocação, o Sport segue em situação preocupante, com 24 pontos. O sentimento entre os pernambucanos foi de derrota, ainda mais pela atuação de gala da primeira etapa.

- Pela circunstância, o ponto não foi muito bom. Tivemos vacilos, eu ainda tive a oportunidade de fazer o gol também, mas não fiz. Agora é bola para frente – comentou Edcarlos.
Aproveitando um início desequilibrado dos donos da casa, o Sport saiu em blitz ao ataque, tentando surpreender o Inter. Logo aos dois minutos, Renê recebeu lançamento entre Guiñazu e Rodrigo Dourado e bateu cruzado, rasteiro. Muriel se lançou no gramado, espichou o braço e conseguiu evitar o gol.

Passados oito minutos, o Inter se ajustou, voltou a acertar os passes e criou a chance cristalina de abrir o placar. Na verdade, o gol somente não saiu graças a uma decisão errada de Leandro Damião. Ao aproveitar um erro de passe defensivo, Diego Forlán entrou na área e rolou para o camisa 9 ter visão frontal da meta adversária, sem marcação. Talvez por preciosismo, o centroavante optou então por um chute de letra, sem força, e o goleiro Saulo defendeu sem grandes dificuldades. Momento digno de "Inacreditável Futebol Clube".

O lance desperdiçado parecia ter acordado o Inter, que seguia à frente, tomando as ações da partida. Aos 11 minutos, Edson Ratinho disparou da intermediária e exigiu grande intervenção de Saulo, que desviou com a ponta dos dedos pela linha de fundo. Na cobrança de escanteio, Índio tocou de cabeça para fora.

Só que o fôlego colorado sumiu, e o Sport passou a atuar como se estivesse na Ilha do Retiro. Aos 19, Rithlelly colocou Muriel para trabalhar, arriscando de fora da área. O Leão era melhor e conseguiu mexer no placar aos 35. Absolutamente sem marcação, Rithlelly recebeu bola na área e chutou rasteiro, na saída de Muriel. Fácil, fácil.

Se as coisas já não iam bem para os donos na casa, com nervos abatidos pelo gol sofrido, só pioraram. Atônitos, os colorados não esboçavam reação. E o segundo gol saiu, com Gilsinho. Aos 41, Moacir aplicou meia-lua em Zé Mário e cruzou na área. Entre dois zagueiros, o atacante se lançou no gramado e desviou no cantinho direito de Muriel, que só pôde observar.

O saldo só não foi maior na primeira etapa porque Edcarlos errou a mira. O zagueiro também ficou na cara de Muriel, aos 43, e tocou por cobertura, pela linha de fundo.

Ao apito final do primeiro tempo, a pequena torcida presente no Beira-Rio vaiou muito os donos da casa. Para a volta do intervalo, o técnico Fernandão pediu mudança de postura e deixou a equipe mais ofensiva ao sacar o volante estreante Rodrigo Dourado, oriundo das categorias de base, para a entrada do atacante Cassiano.

Reação vermelha

A mudança de atitude solicitada por Fernandão veio no segundo tempo. O Inter se lançou ao ataque, mesmo sem muita organização, apostando simplesmente em uma das mais antigas táticas do futebol: o abafa. Já o Sport valorizava o resultado, saindo somente nos contragolpes.

Aos 15, o Inter quase descontou. Em cobrança de falta frontal, D’Alessandro caprichou na batida, mas a bola passou raspando o poste direito. Se não foi na técnica, o jeito foi apostar na força. Até que aos 17, Damião surgiu como ponteiro direito e fez cruzamento preciso. Moledo desviou, e Saulo salvou a primeira vez, mas não na segunda, quando Cassiano pegou o rebote e colocou 2 a 1 no placar.
Preocupado com o crescimento do Inter, Waldemar Lemos colocou Willian Rocha na vaga de Gilsinho, para supervisionar Cassiano, autor do gol. Fernandão tirou Forlán para experimentar a juventude de Lucas Lima.

O panorama seguia inalterado: o Inter atacava com quase todos os jogadores, enquanto o Sport privilegiava a marcação. O gol de empate foi o símbolo do segundo tempo. Aos 30, o zagueiro Rodrigo Moledo avançou pela ponta direita e fez cruzamento para Damião, agora sim posicionado como centroavante, desviar para as redes e se redimir do gol perdido.

O jogo seguiu aberto até o fim. Se Damião teve chance de ampliar de cabeça, o Sport assustou ao rondar a área colorada, quase sem defensores. Nos acréscimos, Índio teve oportunidade derradeira de marcar, mas desviou de cabeça para fora. E o placar não voltou a se mover.

EM SÉRIES INVICTAS, PONTE E BOTAFOGO EMPATAM SEM MOTIVOS PARA FESTEJAR


A dificuldade em encontrar o gol foi intensa e Ponte Preta e Botafogo só poderiam terminar empatando por 0 a 0, neste domingo, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Mesmo mantendo suas séries invictas, agora de sete e cinco jogos, respectivamente, não há motivos para comemorações.
- Não foi o que a gente queria, mas tentamos até o final. Agora temos a semana para trabalhar para tentarmos essa sequência de vitórias na reta final - disse o meia Andrezinho, do Botafogo, em entrevista à "Rádio Globo".
O Botafogo chegou aos 39 pontos, caiu para o sexto lugar e continuou quatro pontos atrás do Vasco, que seria o último classificado para a Taça Libertadores. O próximo adversário será o Corinthians, dia 23, no Engenhão. Já a Ponte Preta perdeu uma posição, ficando em 11º, com 33 pontos, e terá o Vasco pela frente, no mesmo em dia, em Campinas.
Os estilos em campo se mostraram claramente uma tônica do que os dois times apresentaram durante o Campeonato Brasileiro. Enquanto a Ponte Preta se fechou, mesmo jogando em seu estádio, o Botafogo trocou passes de forma intensa, com seu já tradicional trio de meias, à procura de um espaço para a finalização precisa.

Para se ter uma ideia do domínio do Botafogo no primeiro tempo, o time terminou a etapa com 60% de posse de bola. No entanto, finalizou apenas quatro vezes, dando trabalho ao goleiro Edson Bastos. A Ponte Preta conseguiu três finalizações, mas sem perigo para Jefferson.
A primeira boa chance do jogo aconteceu em um erro de Márcio Azevedo, aos 26 minutos, no meio do campo. Cicinho ficou com a bola e, em velocidade, tocou para o atacante Roger, que chutou mal e desperdiçou a oportunidade de abrir o placar. Logo depois, Dória e Jefferson se enrolaram em uma jogada na entrada da área, mas os atacantes da Ponte Preta não aproveitaram.
O Botafogo aumentou o seu domínio no toque de bola e, finalmente, conseguiu levar perigo. Aos 34 minutos, Rafael Marques, de volta ao time recuperado de uma torção no tornozelo esquerdo, deu ótimo passe para Fellype Gabriel, que chutou de esquerda e obrigou Edson Bastos a fazer grande defesa.
Com várias cobranças de escanteio a seu favor - só no primeiro tempo foram sete -, o Botafogo não conseguiu aproveitar as cabeçadas. No entanto, em uma sobra na entrada da área, Jadson driblou Luan e Uendel de uma só vez e chutou com perigo para boa defesa de Edson Bastos.
O técnico Gilson Kleina decidiu mudar o time da Ponte Preta no intervalo. Com a entrada de Nikão, carrasco do Botafogo no primeiro turno, no lugar do zagueiro Diego Sacoman, fez a tentativa de melhorar a produção ofensiva no segundo tempo, depois de ser dominado no primeiro.
A mudança não impediu o Botafogo de continuar dominando o jogo. Pelo contrário, o time seguiu com sua troca de passes em busca de espaço. Em uma cobrança de falta de Andrezinho, Rafael Marques aproveitou a sobra quase na pequena área e chutou de bico, mas Ferron desviou e evitou o gol, aos 14 minutos. Logo depois, Márcio Azevedo tabelou com Fellype Gabriel e tocou para Andrezinho finalizar de perna esquerda nas mãos de Edson Bastos.
A Ponte Preta percebeu que se continuasse jogando da mesma forma acabaria sofrendo o gol. Gilson Kleina fez mais uma alteração, colocando Gerônimo no lugar de Luan. Rapidamente, o time teve duas chances, com Roger, de cabeça, e Cicinho, mas ambas foram para fora. O Botafogo respondeu com um chute de fora da área de Rafael Marques, aos 27, bem defendido por Edson Bastos.
Kleina fez sua última mudança, aos 28, colocando Bruno Sabino no lugar de Marcinho. Em seguida, Oswaldo de Oliveira colocou Cidinho, herói no empate com o Internacional, na vaga de Fellype Gabriel e Vítor Júnior no lugar de Lodeiro nas duas primeiras alterações do Botafogo. A melhor chance acabou caindo nos pés de Roger para a Ponte Preta, aos 41, errando de forma bisonha a finalização.
O jogo não mudou de ritmo em momento algum, mesmo com todas as mudanças. No fim, o esperado 0 a 0, afinal o Botafogo não conseguiu encontrar o seu gol nem a Ponte Preta encaixou com perfeição seus contra-ataques.

CRUZEIRO E VASCO PERDEM CHANCES CLARAS E FICAM NO 1 A 1 EM VARGINHA

Juninho, Cruzeiro x Vasco (Foto: Pakito Varginha / Futura Press)


Teve de tudo em Varginha na tarde deste domingo: discussões entre os jogadores, reclamações com a arbitragem, muitas chances perdidas, polêmicas... até gol contra. Só faltou mesmo um vencedor. Cruzeiro e Vasco bem que tentaram, mas não passaram de um empate em 1 a 1 pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro no estádio Dilzon Melo, o Melão.
Os dois gols da partida foram marcados por jogadores vascaínos. O zagueiro Renato Silva, que não atuava há 75 dias por causa de problemas burocráticos envolvendo sua transferência definitiva da China para o Brasil, fez contra para o Cruzeiro. O empate veio com o volante Nilton após falha de Fábio.
Com a igualdade no placar, o Vasco, que teve a estreia do técnico Marcelo Oliveira, chegou aos 43 pontos e se manteve por mais uma rodada como o último time na zona de classificação para a Libertadores. Já o Cruzeiro segue em oitavo, com 35, e longe do G-4 do Brasileirão.
- Resultado injusto. Começamos bem o primeiro tempo, tivemos chances de gol, mas agora é levantar a cabeça - disse o cruzeirense Élber após o apito final.
Já o vascaíno Wendel, apesar de também ter lamentado o empate, considerou o resultado em Varginha justo.
- Eu diria que foi um placar justo, é uma pena porque dava para encostar mais, os adversários tropeçaram, não fizemos nosso dever. Vamos tentar fazer uma arrancada de três ou quatro vitórias e, quem sabe, se eles continuarem tropeçando, a gente pode encostar - afirmou o meia.
Os mineiros voltam a campo no próximo domingo para enfrentar o São Paulo, às 16h (de Brasília), no Morumbi. O clube da Colina, por sua vez, vai até Campinas encarar a Ponte Preta nos mesmos dia e horário.
Domínio vascaíno e empate no placar
O jogo em Varginha começou animado. A primeira chance do Vasco foi logo aos 20 segundos, com Juninho sendo bloqueado dentro da área. O Cruzeiro teve mais sorte. Everton recebeu pela esquerda e cruzou. Renato Silva, que voltava ao time titular após 75 dias, desviou contra o próprio patrimônio e tirou Fernando Prass do lance: Raposa 1 a 0.
A desvantagem no placar não abalou o Vasco. Mais organizada, a equipe de Marcelo Oliveira dominava o meio-campo. Tanto que terminou a etapa com 59% de posse de bola. Ainda assim, os cariocas levaram alguns sustos no contra-ataque. Wallyson, de cabeça, obrigou Prass a fazer grande defesa para evitar o segundo gol mineiro, por exemplo. De tanto rondar a área cruzeirense, o Cruz-Maltino chegou ao gol de empate aos 27. Juninho cobrou falta venenosa, Fábio errou o soco na bola, e Nilton, livre na pequena área, não desperdiçou: 1 a 1.
Sem poder jogar na Arena Independência por ter sido punido pelo STJD após o mau comportamento de seus torcedores no clássico contra o Atlético-MG, o Cruzeiro dependia dos lampejos de Montillo e não conseguia ficar com a bola no pé. Em um dos poucos ataques perigosos, Wellington Paulista recebeu bom passe de Wallyson, passou por Prass e se jogou. O juiz mandou o jogo seguir e ainda deu amarelo ao atacante por simulação. Logo depois, Tenorio quase deixou o Vasco em vantagem. Após cruzamento de Nílton, o equatoriano cabeceou, e Fábio faz grande defesa, se redimindo da falha no gol.
Polêmica e discussões
O Cruzeiro voltou para a etapa final com uma alteração: Ceará, que sentia dores no tornozelo, deu lugar a Lucas Silva. O jogador entrou em campo com ordens diretas do técnico Celso Roth: marcar e só subir na boa. Mas ainda assim os espaços apareceram para o Vasco. E duas vezes com Tenorio. Na primeira, o atacante aproveitou desvio de Éder Luis, driblou Fábio e chutou para fora com o gol aberto. Logo depois, Dedé avançou pela direita e cruzou rasteiro. Tinga cortou para trás, Lucas Silva furou e o equatoriano tocou para o fundo das redes. A arbitragem, no entanto, anulou o gol alegando impedimento. O lance polêmico gerou muita reclamação dos vascaínos. Durante a transmissão da TV Globo, o comentarista de arbitragem Arnaldo César Coelho também avaliou o lance como ilegal.
A verdade é que o gol anulado colocou fogo na partida. Pelo menos por alguns minutos. Precisando da vitória, as duas equipes se lançaram ao ataque. E chances claras foram criadas. Aos 14, Carlos Alberto recebeu de Juninho na marca do pênalti e chutou para fora, mas o impedimento já havia sido marcado. Um minuto depois, Prass fez um milagre para salvar o Vasco: Wellington Paulista cabeceou na pequena área e o goleiro conseguiu fechar as pernas a tempo e fazer a defesa.
Os técnicos ainda tentaram mudar o jogo com alterações. Roth pôs Souza e Élber em campo. Oliveira tentou com Romário e Jhon Cley. Em vão. A medida que o tempo passava, o ânimo dos jogadores ficava mais exaltado. Na parte final da partida, não faltaram reclamações com a arbitragem e discussão. A mais marcante foi entre o goleiro Fernando Prass e o atacante Wellington Paulista. O cruzeirense não gostou quando o goleiro dominou uma bola no peito e não poupou palavrões. A última lamentação, no entanto, foi carioca. Juninho cobrou escanteio e achou Dedé livre na pequena área. O zagueiro subiu, cabeceou para baixo e... mandou para fora. Retrato de um empate que não agradou a nenhuma das equipes.
Fonte:Globoesporte

PALMEIRAS PERDE CABEÇA E CLÁSSICO PARA O TIMÃO E AFUNDA NA TABELA

Douglas e Marcos Assunção, Palmeiras x Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)


Mais que um jogo. Palmeiras x Corinthians costuma ser um campeonato à parte. O vencedor volta para casa com sabor de título na boca. O perdedor quer sumir. E, neste domingo, o Timão deixou o Pacaembu com a sensação de ter empurrado ainda mais o Verdão na ladeira rumo à Segunda Divisão. Uma ladeira que parece cada vez mais íngreme. Difícil de subir...
A vitória por 2 a 0 foi técnica, tática, mas, principalmente, moral. O Corinthians, que nada quer no Campeonato Brasileiro, além de uma participação que honre o fato de ser o atual campeão, se comportava tranquilamente, mas foi instigado a vencer pela reação desequilibrada de Luan no gol de Romarinho, que comemorou em frente à torcida alviverde. Uma torcida que cantou e vibrou enquanto foi possível, mas depois sucumbiu e xingou no primeiro jogo após a demissão de Luiz Felipe Scolari. Se a permanência do interino Narciso dependia só do resultado, a diretoria terá de procurar um novo comandante.
Com um jogador a mais desde os 25 minutos do primeiro tempo, o Timão, que já é mais time, inegavelmente, não teve maiores dificuldades em somar mais uma vitória e chegar a 35 pontos, na nona colocação, e já pensando no Mundial de Clubes, em dezembro. E qual é o rumo do Verdão? Com 20 pontos, só não é o último colocado do Brasileirão porque tem uma vitória a mais que o Atlético-GO. É difícil imaginar o Palmeiras na Série A em 2013. O que foi apresentado nas 25 rodadas é pouquíssimo diante do que precisa ser feito nas 13 restantes.

No próximo sábado, o confronto do time que, por enquanto, é comandado por Narciso, será contra o Figueirense, rival na fuga do rebaixamento, no Orlando Scarpelli. Já o Corinthians, domingo, no Engenhão, joga contra o Botafogo, no Engenhão.
Tensão, confusão e Romarinho
Uma camisa linda, um bigode nem tão lindo assim no rosto de Valdivia, um técnico novo com óculos de grau no lugar dos habituais óculos de sol. O Palmeiras apostou em vida nova, com tudo diferente após a saída de Luiz Felipe Scolari. Só o futebol não era novo. E o que dizer dos nervos? Tudo parecia sob controle, com a equipe trocando bolas e até chegando ao gol de Cássio, apesar de nenhuma jogada assim tão perigosa.
Perigo mesmo levou o Corinthians com a cabeçada de Paulinho após cruzamento de Danilo, pasmem, com o pé direito! O ritmo do Timão era mais lento, mas o que será que tem esse Romarinho? O cara que havia acabado de chegar quando enfrentou o Palmeiras no primeiro turno e fez dois gols. O cara que foi à Bombonera dar o primeiro passo para o título da Libertadores. O cara que estava há oito jogos sem marcar... Que estrela!
Após belo passe de Douglas para Martínez, Maurício Ramos conseguiu o desarme, mas Juninho não se deu conta de que estava num campeonato à parte. Tentou sair da área de cabeça baixa e, quando olhou para frente, Romarinho já havia roubado a bola e feito o gol. Já devia estar comemorando em frente à torcida... do Palmeiras! Ele jura que se confundiu, pois normalmente quem fica ali no Pacaembu são os corintianos. Verdade ou não, a reação descabida de Luan e companhia provocou o cartão amarelo ao autor do gol.
Foi um dos atos de Marcelo Aparecido de Souza, árbitro que fez jus ao nome. Ele não deu cartão amarelo a Luan por causar uma confusão generalizada, mas já havia dado antes por achar que o atacante do Palmeiras tentou simular um pênalti. Logo em seguida, quando Narciso já preparava Maikon Leite para substituir o jogador, visivelmente nervoso, o árbitro disse que viu um chute de Luan em Guilherme Andrade e o expulsou.
Na sequência, um chute perigoso de Barcos e cartões a rodo: o Pirata, Martínez, Cássio, Artur... E o fim de 45 minutos em que a tensão exalou no Pacaembu com a promessa de Valdivia para Romarinho:
- Ele vai ver depois...
Romarinho comemoração, Palmeiras x Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Nocaute corintiano
- Vou entrar para jogar bola, não para tirar alguém.
Jorge Henrique, famoso provocador, eleito jogador mais chato do Campeonato Brasileiro pelos atletas em pesquisa realizada pelo GLOBOESPORTE.COM em parceria com a revista "Monet", ouviu de Tite a instrução para pensar apenas em futebol. E com três minutos já obedeceu: de calcanhar, deixou Romarinho na cara do gol, mas o carrasco isolou.
Com um jogador a mais e muito mais organizado, o Corinthians resolveu marcar no campo de ataque, uma de suas principais características. Não demorou muito para que Danilo roubasse de João Vitor e iniciasse o contra-ataque que passou por Romarinho, pelo pé direito de Douglas e pela cabeça de Paulinho antes de terminar na rede de Bruno. Um gol que levou a torcida alviverde ao desespero.
A imagem de São Marcos e do gerente de futebol César Sampaio nas tribunas dizia muito sobre a situação do Verdão. Ídolos que tanto fizeram pelo clube dentro de campo, agora impotentes diante de uma equipe nervosa e que vê o fundo do poço cada vez mais próximo.
Palmeiras x Corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A sensação de que o placar era irreversível diminuiu o nervosismo, apesar de lances como a voadora de Juninho em Romarinho e a dura entrada de Danilo no tenso Maurício Ramos. O Corinthians diminuiu novamente o ritmo, pareceu querer evitar problemas. O Palmeiras melhorou com as entradas de Obina e, principalmente, Tiago Real. O meia, que veio do Joinville, deu um banho de lucidez e qualidade nos companheiros que já estavam em campo.
Foi seu, por exemplo, o lançamento para Artur, que ajeitou de cabeça para Valdivia. O chileno, titular, badalado, perdeu um gol incrível. Seria o seu primeiro no Brasileirão... Antes, ele havia exigido de Cássio a defesa mais difícil da partida em chute de longe.
Os cartões continuaram a aparecer. Guilherme Andrade, Obina e Fábio Santos, que ganhou a faixa de capitão como presente pelo aniversário de 27 anos, foram os agraciados da vez. A arbitragem também continuou a aparecer. Mal. O assistente Rogério Zanardo marcou falta de Obina em Paulo André, mas logo abaixou a bandeira e o árbitro deixou seguir o lance até a conclusão de Valdivia para o gol. A torcida chegou a comemorar antes que Aparecido consultasse o parceiro, voltasse atrás e marcasse a falta.
Já o futebol parou de aparecer, de ambos os lados. O "título" do dia é alvinegro. O desespero é alviverde. Neste e nos próximos domingos.
Fonte: Globoesporte

COM VIRADA NO FIM, BAHIA MANTÉM EMBALO E VENCE O FIGUEIRENSE: 2 A 1

Diones Caio Bahia x Figueirense  (Foto: Edson Ruiz / Agência Estado)


Nos últimos dias, o Bahia viveu momentos de expectativa com a possível saída do técnico Jorginho para comandar o Palmeiras. No fim das contas, o treinador resolveu ficar, e a torcida retribuiu comparecendo em peso na tarde deste domingo para apoiar o time contra o Figueirense, no Pituaçu. A resposta veio dentro de campo. Mesmo com dificuldades, o Bahia fez valer o mando de campo para vencer a equipe catarinense em uma virada heroica: 2 a 1. Esta foi a terceira vitória do Tricolor em 13 jogos dentro de seus domínios.

Os gols da partida foram marcados por Helder e Cláudio Pitbull para o Bahia, e Julio Cesar para o Figueirense. O da virada saiu em um lance polêmico, aos 45 do segundo tempo: os catarinenses reclamaram de falta no goleiro Wilson. O resultado confirma a ascensão do Bahia no campeonato. O Tricolor conquistou 14 dos 18 pontos disputados até agora no returno. Além disso, o time comandado por Jorginho já marcou 11gols e sofreu apenas três.

Na próxima rodada, o Bahia volta a campo para enfrentar o Internacional, no próximo domingo, às 18h30m (de Brasília), no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Já o Figueirense entra em campo no sábado, quando recebe o Palmeiras, no Orlando Scarpelli, às 18h30m.


Bahia começa bem, mas Figueira marca

O Bahia entrou com surpresas na escalação. Jorginho montou um time com três atacantes e promoveu o jovem Rafael para substituir o machucado Zé Roberto. Na teoria, um Bahia ofensivo que iria agredir o Figueira desde os primeiros minutos. Na prática, o cartão de visitas tricolor parecia confirmar a tese. Assim que a bola rolou, o Bahia se lançou ao ataque e acuou o time catarinense na defesa. Quando o Figueirense decidiu sair, o Tricolor mostrou que a velocidade era mais uma arma. Aos cinco minutos, Jones Carioca limpou a marcação, e saiu na cara de Wilson. O atacante pegou mal na bola e desperdiçou uma chance incrível.

Depois disso, o Bahia manteve o ritmo forte, mas sempre pecando na falta de criatividade no meio de campo. A ligação direta dos três volantes para os três atacantes evidenciava equívocos no estilo de jogo da equipe baiana. Ainda assim, o time de Jorginho teve mais algumas boas chances na bola parada ou nas levantadas na área. Em uma delas, Danny Morais subiu livre, mas cabeceou sem direção para a linha de fundo.

Depois de se segurar como pôde, o Figueira passou a sair para o jogo e levar perigo ao gol de Marcelo Lomba. Aos 30, Botti obrigou o goleiro tricolor a fazer uma grande defesa. Um minuto depois, foi Titi quem jogou contra o próprio patrimônio e quase marcou para o Figueira. O gol catarinense parecia questão de tempo e se confirmou aos 33. Após bola levantada na área de Botti, a defesa do Bahia falhou e Júlio César, livre de marcação, completou para o fundo das redes. Após o gol, o time baiano tentou responder, mas usando os mesmos poucos recursos e mais uma vez sem sucesso.

Tricolor domina o segundo tempo e vira aos 45

No segundo tempo, Jorginho sacou a “novidade” Rafael e colocou Lulinha em campo. O Bahia mudou e passou a pressionar o Figueira, mas desta vez criando chances reais de gol. O Figueirense se defendeu como pôde para segurar o resultado. Apesar de melhor em campo, a primeira chance real só apareceu em um lance de bola parada, aos nove minutos, quando Neto cobrou falta com perfeição. A bola beliscou o travessão de Wilson, antes de ganhar a linha de fundo.

Aos 13, Lulinha ajeitou para Diones, e Wilson fez uma boa defesa em dois tempos. O Bahia manteve a pressão, e o Figueira não conseguia sair do seu campo de defesa. De tanto pressionar, o Tricolor conseguiu o empate ao 27 minutos. Em um lance parecido com o gol catarinense, Jussandro cruzou na área, a bola passou por todo mundo, menos por Helder, que completou para as redes e empatou a partida.

Depois disso, o Figueira até respondeu com um chute de Túlio, que beliscou a trave de Marcelo Lomba. Porém só deu Bahia. Aos 37, Wilson fez uma grande defesa em chute de Jones. Na sequência, Helder quase marcou. Aos 39, o goleiro do Figueira mais uma vez interveio em um chute de Jones.

O que parecia que seria um empate certo, graças a Wilson, virou triunfo tricolor. Aos 45 do segundo tempo, o goleiro saiu do gol e dividiu com Jones. A bola sobrou para Cláudio Pitbull, que aproveitou o alvinegro caído e com muita categoria empurrou para o fundo das redes. A virada levou ao delírio os mais de 22 mil torcedores do Tricolor que compareceram ao estádio de Pituaçu. Os jogadores do Figueirense reclamaram de falta no arqueiro, mas o árbitro Lielson Noguiera Dias considerou lance normal. E com o estádio em êxtase, mais uma vitória do Bahia que segue de vento em popa no returno da Série A.
Fonte: Globoesporte

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