domingo, 21 de outubro de 2012

Atraso de salários bate dois meses, e Vasco planeja solução nesta semana


Ainda que o próximo dia útil seja apenas na segunda-feira, este sábado simboliza o fechamento do segundo mês de atraso de salários dos principais jogadores do Vasco. Apenas aqueles que recebem o piso do elenco profissional e das categorias de base (ou ao redor dele) tiveram os vencimentos de agostos pagos na semana passada. A diretoria tornou o acerto de contas uma prioridade desde a chegada de Nelson Almeida à vice-presidência de finanças e promete resolver parte do problema até sexta-feira. Assim, restaria setembro em aberto.
Além disso, dois meses referentes aos direitos de imagem também estão pendentes, o que levou o zagueiro Rodolfo a recentemente tornar pública sua reclamação, por exemplo, de supostos três meses de atrasos gerais, um dia antes da quitação de uma parcela, no mesmo dia em que os funcionários de São Januário viram sua situação financeira ser regularizada.

Rodolfo no treino do Vasco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco da Gama)
Depois deste episódio e dos lamentos de Juninho e Alecsandro quanto à estruturação do clube, houve mais um pedido de paciência. Os jogadores, então, deixaram de externar a insatisfação e apostam na união de forças do grupo de vascaínos de ilustres, misturados a dirigentes de fato, que vem participando das decisões mais ativamente, inclusive negociando um novo fundo de investimento para equalizar o caso dos salários e do orçamento para reforços em 2013. Deste aporte sairia, por exemplo, a saída para trazer Lucca, do Criciúma, que, porém, lesionou o joelho esquerdo com gravidade, será operado e para por seis meses.
Hoje, não haveria como competir no mercado com os outros grandes por revelações e destaques do Brasileirão. Diante da asfixia econômica, o departamento responsável já avisou que não aprovará gastos vultuosos com contratações até que novas receitas sejam criadas, o jurídico tenha sucesso em desbloquear os cerca de R$ 8 milhões retidos com a Receita Federal por penhora de dívidas antigas ou que os R$ 5 milhões da venda de Diego Souza caiam finalmente nos cofres - o Vasco foi à Fifa porque o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, deu calote na transação que também envolveu a Traffic, dona de 60% dos direitos do meia-atacante. Ainda não há uma previsão concreta sobre a questão com o Governo, mas os advogados estão otimistas para que isso se resolva em novembro.
- Acho que o problema financeiro que pode ter causado isso é melhor deixar para a diretoria resolver. Estão fazendo esforços para acertar, houve a saída de jogadores importantes, e isso realmente dificultou bastante. Teve a adaptação de alguns que chegaram. Mas ainda temos um grupo forte para buscar a Libertadores. Não vamos deixar a peteca cair nesse fim - disse.Quando confrontado com a pergunta sobre se o baixo rendimento na reta final da temporada teve a ver com o enfraquecimento da equipe, que dá sinais de sentir cada vez mais a falta de nomes como Fagner, Romulo e Diego Souza, o volante Fellipe Bastos evitou polêmicas.
Um dos mais experientes e líderes do grupo, ao lado de Fernando Prass, Felipe, Juninho e Alecsandro, Carlos Alberto adotou discurso muito semelhante, demonstrando tranquilidade.

- Tenho para mim que falar não vai resolver nada. Vamos deixar a quem é de direito resolver isso, e confiamos na diretoria - resumiu o camisa 10, que jogará como atacante novamente contra o Inter, na quarta-feira, em São Januário, pelas lesões de Alecsandro e Tenorio.
Com 50 pontos, o Vasco é o quinto colocado no Brasileirão e está à caça do São Paulo, que assumiu a vaga no G-4 e abriu cinco de vantagem nas últimas rodadas. Faltam sete para o fim.
Fonte:Globo Esporte

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