domingo, 12 de agosto de 2012

Permanência de Zé Roberto e papel da nova geração devem definir vôlei feminino até 2016


  • Após o ouro, jogadoras e comissão técnica jogam treinador; Zé Roberto não sabe se seguirá na seleção
    Após o ouro, jogadoras e comissão técnica jogam treinador; Zé Roberto não sabe se seguirá na seleção
A festa pela conquista do bicampeonato olímpico ainda deve durar mais alguns dias, mas em breve a discussão sobre o futuro do vôlei feminino do país deve vir à tona. Até 2016, a sequência da equipe atual vai depender da permanência de José Roberto Guimarães e de como será feita a transição para a nova geração.
O comando do time é um ponto crucial na discussão. Depois do título, Zé Roberto foi questionado sobre o seu futuro, mas desconversou. “Não sei. Meu contrato acaba hoje [sábado], mas ainda é cedo para discutir isso”, disse o treinador, que está à frente da seleção desde 2003.
Único tricampeão olímpico do esporte brasileiro, Zé Roberto deixará uma lacuna e um peso muito grande para seu sucessor caso realmente saia. Especialmente porque o próximo ciclo reserva possíveis mudanças importantes na seleção.
A primeira questão que surge é o aproveitamento das jogadoras cortadas a caminho de Londres, especialmente Mari e Fabíola, que chegaram a ser por um bom tempo titulares no ciclo que se encerrou. A ponteira saiu irritada do time, enquanto a levantadora foi política ao falar sobre o seu corte, de certa forma inesperado.
Camila Brait, outra que ficou fora na última hora, também deve entrar firme na briga por uma vaga como titular. Fabi, a atual líbero do time, tem 32 anos, é a segunda mais velha do elenco e não sabe dizer ainda se segue até 2016.
“Em relação a 2008, desta vez só Fabi, Fabiana e Sheilla eram titulares daquela equipe. Eu quero ser campeã como titular também”, disse a jogadora do Osasco.Nas pontas, Fernanda Garay já deu, durante as Olimpíadas, sinais de que pode ser titular. Enquanto Paula Pequeno anunciou seu adeus à seleção, Natália volta aos poucos para tentar transformar em realidade o status de grande promessa. No meio-de-rede, Fabiana e Thaisa ainda são jovens, mas Adenízia promete ser uma forte concorrente.
O cenário contrapõe, com raras exceções, a geração já campeã com um grupo de meninas de potencial que pode acirrar a disputa interna. Por isso, é difícil dizer se a equipe vai conseguir estabelecer um domínio no cenário mundial e evitar os sustos às vésperas dos Jogos Olímpicos, como sonham os brasileiros.
“Nenhum time mantém 100% o tempo inteiro. Nós, por exemplo, fizemos a final do Mundial de 2010 contra a Rússia em um nível altíssimo e hoje [sábado] fomos campeãs. O importante é crescer na hora certa”, disse Sheilla. 
Fonte: Uol
Erly Souza

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