Flu repudia violência antes de jogo com Vasco de organizada que recebe ingressos

Protetores bucais de torcedores do Fluminense foram apreendidos pela Polícia Militar

A prisão de 23 torcedores do Fluminense, membros da torcida organizada Young Flu, que agrediram dois vascaínos no último sábado, horas antes do clássico contra o Vasco, fez com que o clube das Laranjeiras se manifestasse nesta segunda-feira. Através de nota divulgada no site oficial, o clube repudiou a ação, que ocorreu num trem da Supervia, mas também se defendeu, já que abertamente fornece ingressos para torcidas organizadas, inclusive a envolvida no episódio de violência do final de semana.

TORCEDORES DO FLU ATACAM VASCAÍNOS

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  Cerca de uma hora antes do início do clássico entre Fluminense Vasco, no Engenhão, 23 torcedores tricolores foram presos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro. Os membros da torcida organizada Young Flu agrediram dois menores de idade, de 16 anos, em trem que levava os torcedores dos clubes para o estádio. Os jovens – que estavam com a camisa do Vasco, mas não são ligados às torcidas organizadas do time – foram levados para o Hospital Salgado Filho e não correm risco de morrer.
  • POLÍCIA PRENDE 23 TRICOLORES ANTES DE JOGO

"O Fluminense Football Club repudia e não compactua com qualquer episódio de violência, principalmente ações que envolvam torcedores do clube. Portanto, a instituição apoia a ação policial, a quem cabe zelar pela segurança pública em nosso estado. Cabe esclarecer que o Fluminense tem sido incansável, dentro dos seus limites, em ações que contribuam com a ordem tanto no que diz respeito à coibição de venda irregular de ingressos quanto ao estímulo do comportamento pacífico dos torcedores em arquibancadas e entorno dos estádios", diz o comunicado.

Integrantes da Young Flu já haviam se envolvido em outra polêmica no ano passado, quando foram acusados de perseguir o atacante Fred na saída de um bar em Ipanema. Na nota, o Fluminense também diz ser responsável pelos seus torcedores no estádio e dependências do clube, pedindo ações mais enérgicas da Polícia Militar e do Ministério Público.

"Cabe ressaltar, no entanto, que nossa responsabilidade com estas torcidas se dá nos estádios, em seu entorno e na sede do clube, onde somos competentes como organizadores do evento, segundo o Estatuto do Torcedor. É importante salientar, ainda, que o Fluminense é um clube de futebol e, como tal, tem limitações. Repressão à violência é responsabilidade dos órgãos de segurança pública do Estado", complementa a nota.

Dos 23 torcedores presos com protetores bucais e outros artefatos de combate, 21 foram encaminhados para o presídio de Bangu 2, na Zona Oeste do Rio. Outros dois eram menores de idade. Também nesta segunda-feira, representantes da organizada divulgaram nota repudiando a ação e negando que compactuam com as agressões.

Fonte: Uol

Erly Souza