terça-feira, 21 de agosto de 2012

São Paulo volta a correr risco de punição por conta de "cusparadas"

Após ser absolvido em primeira instância, clube pode levar multa no STJD em recurso da Procuradoria


O São Paulo volta a correr riscos de ser punido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por conta de cusparadas de torcedores tricolores no clássico com o Palmeiras, no primeiro turno do Campeonato Brasileiro. A Procuradoria não se conformou com a absolvição do clube em primeira instância e recorreu da decisão. E o processo estará na pauta do Pleno em sessão nesta próxima quinta-feira, dia 23 de agosto, a partir das 14h.

Palmeiras e São Paulo se enfrentaram no dia 15 de julho, em duelo que terminou empatado por 1 a 1. Na súmula, o árbitro Péricles Bassols relatou que, “durante o aquecimento realizado atrás da meta e abaixo da torcida do São Paulo, os jogadores suplentes do Palmeiras foram alvejados por água e cusparadas, e por esse motivo aqueceram atrás do arbitro assistente número 1”. O jogo aconteceu na Arena Barueri, com o Palmeiras como mandante, pela nona rodada do Brasileiro.
Na denúncia inicial, a Procuradoria enquadrou o Palmeiras com base no artigo 213 I (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir: desordens em sua praça de desporto) do CBJD, e o São Paulo também por conta da atitude de seus torcedores, propriamente. A pena prevista é de multa que varia de R$ 100 a R$ 100 mil.
No último dia 1°, a Terceira Comissão Disciplinar votou por absolver os dois clubes, tendo marcado presença no julgamento apenas o advogado do Palmeiras, que alegou que esse tipo de atitude é imprevisível, mas que o clube tomou todas as providências para evitar a desordem. "Como é possível identificar o autor de uma cusparada?", indagou José Mauro Couto.
Na votação, o relator Francisco de Assis Pessanha absolveu os dois clubes. Mas o auditor Ivaney Souza divergiu e votou pela aplicação de multa de R$ 1 mil ao Palmeiras e R$ 2 mil ao São Paulo. Já o auditor Roberto Vasconcelos foi além e, após absolver o Palmeiras, votou pela aplicação de multa de R$ 10 mil ao São Paulo, somada à perda de um mando de campo. Por fim, o presidente da comissão acompanhou integralmente o voto do relator, fazendo prevalecer as absolvições.
A Procuradoria discordou da decisão do colegiado de primeira instância, e recorreu apenas contra a absolvição do São Paulo, e alega que, diante da falta de provas, o relato do árbitro na súmula deveria ser tomado como verídico, já que não houve nenhuma prova em contrário para rebatê-lo.

Fonte: Uol
Erly Souza

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