Atletas caçam dedo-duro do Palmeiras, e diretoria investiga até comissão técnica

Bruno, goleiro titular do Palmeiras, está à procura de quem é o "dedo-duro"

Além de fugir do rebaixamento e de buscar o título da Copa Sul-Americana, o campeonato da vez no Palmeiras é buscar o “dedo-duro”. O primeiro caso que incomodou os jogadores foi o de João Vítor ter chegado com sinais de embriaguez no treino. Afinal, quem vazou o incidente que aconteceu em um treino fechado? Depois, nesta terça-feira, foi a vez de jornal "O Estado de SP" afirmar que Maikon Leite e Daniel Carvalho fazem corpo mole. O que teria motivado essas acusações? Essas são as dúvidas que os jogadores não param de se perguntar. Conforme apuração do UOL Esporte, a suspeita dos diretores recai sobre membros da comissão técnica ou pessoas que efetuam trabalho fora do clube ligadas a ela.

Nesta terça-feira, foi a vez de Bruno vir à público falar do caso. O goleiro diz não ter nem ideia de quem é o responsável pelos vazamentos e afirma que tenta deixar de lado todos os problemas causados pelo "informante do mal". 

MARCOS ASSUNÇÃO É OPERADO COM SUCESSO

"Se eu tivesse ideia, eu já teria ido atrás de quem fala. Difícil falar sobre isso, não dá para saber quem é. É muito fácil se esconder atrás de uma notícia que nem sabe se é verdade ou não. Tenho certeza que não é jogador, as coisas acontecem só quando a fase não é legal. Você pode ver que ficou bastante tempo sem polêmica aqui. Nós não podemos dar bola para isso, sabemos do nosso ambiente, quem são as pessoas que convivemos. Todos têm a cabeça boa", disse o camisa 1.

A diretoria começa a tentar ajudar os jogadores no caso. Depois de demitir os principais acusados no fim do ano passado, com aval de Luiz Felipe Scolari, a expectativa era de que os boatos acabassem. Eles não acabaram, o que reforça a tese de demissão por fatores políticos e não pela real justificativa dada na época. 

Entre os jogadores, há só um consenso: o vazamento não é feito por alguém do elenco. Sabendo disso, os diretores, que também se eximem de culpa, começam a investigar membros de todo o departamento de futebol. A tese que já ganha corpo, inclusive entre os atletas, é de que há alguém que não é funcionário do clube, mas tem fortes ligações com a comissão técnica que tem vazado isso com a intenção de corrigir problemas de uma forma alternativa.

Bruno diz que prefere não acreditar nisso. “Você expor uma situação que não beneficia ninguém, não tem um motivo. Se você tem uma briga no vestiário e só tem atletas e comissão, para que expõe isso? Ajuda quem? Só para saber que teve briga? Às vezes você briga para querer vencer. Mas quem acredita nisso? Nunca vai chegar desse jeito lá fora. Só prejudica porque você torna público algo que poderia ser resolvido”, explicou.

E se soubesse quem é que faz isso. O que Bruno gostaria de fazer? "Depende de quem for. Se for o presidente que fala, não dá para fazer nada (risos). Se for jogador, dá para dar uma intimada".
Fonte: UolErly Souza