sábado, 25 de agosto de 2012

Por muito dinheiro e muito prestígio, Belfort entra para ganhar ou ganhar em luta com Jon Jones


As 24 horas mais bizarras da história do UFC terminaram (será?) na madrugada desta sexta-feira, com um anúncio bombástico. Lyoto Machida não aceitou disputar o cinturão dos meio-pesados do UFC e agora Jon Jones terá como adversário o também brasileiro Vitor Belfort, para grande surpresa de todos que acompanham o MMA, de perto ou até mesmo os fãs casuais.
De cara, a ideia não parece muito boa para Belfort, que já tem em seu currículo um cinturão dos GP dos pesados e o próprio título dos meio-pesados do Ultimate. Além de Jon Jones ser dez anos mais jovem e ser apontado como melhor lutador da atualidade, um dos melhores entre todos os pesos, Vitor também vem de uma fratura na mão e estava se preparando para uma luta entre os médios apenas em 13 de outubro. Sua preparação terá de ser antecipada em três semanas e ele voltará a uma categoria onde não luta desde setembro de 2007.
Mas então, com tanta adversidade, por que o brasileiro aceitou esse combate? Além de fazer parte da história do UFC por seus títulos e atuações – que lhe deram o apelido de fenômeno – Belfort também é conhecido pelas boas decisões na carreira. Ele não daria um passo como esse sem saber exatamente o que estava fazendo, mesmo sendo grandes as chances de derrota.
Elenco dois grandes motivos para essa luta acontecer:
1) A possibilidade de ele ganhar uma das maiores bolsas dos últimos tempos do UFC é enorme. Até pela sua história, seus salários desde a volta ao evento já são polpudos. Para se ter uma ideia, ele recebeu US$ 275 mil em sua última luta, quando venceu Anthony Johnson no UFC Rio 2, quinto maior salário desse ano.
Esse valor deve ser bem maior pois Dana White sempre leva em consideração ter chamado alguém tão em cima para uma luta e a dificuldade do combate. Sem contar a porcentagem na venda de pay-per-views que ele receberá. No final, Vitor será MUITO bem remunerado para essa luta.
2) Belfort sabe muito bem o valor de ter prestígio entre os fãs e ele ganhou muito ao aceitar esse combate. Não estou falando que ele irá ao octógono para fazer média, até porque, sua integridade física e até moral estão em jogo – e se entrar lá e for destruído, humilhado? Mas ele sabe que pode fazer frente ao campeão e mesmo com a derrota, será o cara que enfrentou todas as adversidades citadas acima e lutou de maneira digna com Jon Jones.
Assim, mesmo em reta final de carreira, ele alimentará e aumentará a enorme base de fãs que tem. Ele ganhará espaço para contratos de marketing e para projetos futuros. Mais que isso, esse prestígio já está sendo mostrado pelos fãs nas redes sociais e pelos principais sites especializados de MMA em todo o mundo.
Mesmo sendo – de partida - um dos maiores azarões da história das apostas do UFC, uma frase de Dana White mostra bem que Vitor Belfort está em uma situação de ganhar ou ganhar: “Graças a Deus que o Belfort é da geração de caras como Chuck Liddel e Matt Hughes. Um verdadeiro lutador.”
Fonte: Uol
Erly Souza

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