sábado, 1 de setembro de 2012

Turbulência do Inter tem racha político, campanha fraca e medalhões contestados


Má fase do time de Fernandão, gestão de Luigi e Bolívar como titular incomodam torcida
Má fase do time de Fernandão, gestão de Luigi e Bolívar como titular incomodam torcida
A invasão de um setor do Beira-Rio por torcedores, na sexta-feira à tarde, confirma que o momento do Internacional é tenso e com pitadas de incerteza para os próximos dias. A tentativa de protesto é baseada em uma tríade de fatos e não se trata de um ato isolado. Tem ligação com o cenário político, a má fase do time no Brasileirão e o novo levante popular contra jogadores bem mais do que rodados do elenco.

  TORCIDA INVADE TREINO NO BEIRA-RIO

  • Cerca de 50 pessoas furaram o bloqueio no entorno do estádio e entraram em setor cheio de escombros para protestar contra campanha do time; polícia foi chamada para dominar a situação
No turbilhão, Fernandão e sua experiência como treinador entram como contra-peso. Trazem a reboque a imagem do arquirrival Grêmio subindo na tabela, em detrimento de uma queda vermelha. Conjunto de detalhes que formula uma crise ainda passível de piora.
Do cenário político vem o combustível para aumentar o fogo. Vitório Piffero e Pedro Affatato, derrotados na eleição presidencial de 2010, namoram uma formação de chapa para combater a atual gestão – de seus antigos aliados. O movimento isolou Giovanni Luigi, atual mandatário. Fernando Carvalho, multicampeão, não segue na ativa. Apenas assume o papel de consultor em casos extremos. Como demissão de treinadores.
O racha dos cartolas respinga na torcida. Que cobra atitude rápida da atual diretoria nos mais diversos assuntos. A resolução da novela com a Andrade Gutierrez, que se estendeu por mais de seis meses, até fica de lado na avaliação pesada.
A nomeação de Luciano Davi, 45 anos, como vice-presidente de futebol, é contestada. Para os oposicionistas a falta de experiência tem influência na saída dos trilhos do time. Foi Davi, por exemplo, o artífice da transformação de Fernandão em técnico.
“Estou no clube desde 2002 e o pior momento foi quando quase caímos, lá em 2002 mesmo. Estava aqui e me lembro. Não podemos achar que a cada três ou quatro rodadas o mundo vai cair. Não vai cair mesmo. Tem muita gente querendo nos derrubar, mas não vão conseguir”, bradou Luciano Davi ao rebater o rótulo de pior crise vermelha da década.
No campo, a escolha de Davi – que recebeu anuência do presidente Luigi, ainda não se confirmou. Fernandão tem apenas 50% de aproveitamento em 10 jogos. Não deu padrão de jogo ao time e pior: radicaliza em suas trocas no decorrer das partidas.
“O grupo é experiente para saber que uma hora isso vira. Você tem que passar confiança, passar para os jogadores que a situação vai mudar. Que a bola vai chegar e com ela, tem que matar e fazer o gol. As coisas começam a virar por aí”, discursou Fernandão para combater a instabilidade.
Com as bases afetadas, o grupo de jogadores volta a a ser o foco da torcida. Bolívar, 32 anos, é o centro das lamúrias. Líder do vestiário e amigo de Fernandão desde os tempos da primeira conquista da Libertadores, é tratado pelos colorados como protegido. Por não ter deixado o time desde a mudança no comando técnico. O lateral esquerdo Kleber também é outro contestado, sob alegação de falta de ânimo.
Diante desta turbulência, o Internacional vê o valor do jogo diante do Flamengo crescer. Ganhar os cariocas, às 16h de domingo no Beira-Rio, se torna fundamental para acalmar os ânimos da torcida e domar as contestações. Em caso de tropeço, a crise aumentará e pode obrigar a direção a repetir a cartilha de mudanças internas.
Fonte: Uol
Erly Souza

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