domingo, 17 de fevereiro de 2013

Em clássico com emoção e sete gols, Joinville vira sobre o Criciúma



Em jogo emocionante e cheio de viradas, Joinville vence o Criciúma por 4 a 3 Cleber Gomes/Agencia RBS/55
Quem esteve na Arena neste domingo e enfrentou o forte calor de Joinville, viu o JEC vencer o Criciúma por 4 a 3 em um clássico emocionante, candidato a melhor jogo da campeonato. A entrega das duas equipes e a partida aberta deu aos presentes a satisfação de um grande espetáculo em meio a um Catarinense cheio de confusões e confrontos adiados. Ao fim, os Tricolores do Norte ainda mantêm um saboroso tabu: não perdem para o rival desde o dia 24 de maio de 2010.

O espetáculo, que teve o Criciúma na frente do placar por três vezes, apresentou diferentes candidatos a heróis. Poderia ser Elson, que marcou duas vezes, ou Kim, que sofreu um pênalti e deixou sua marca, o terceiro do JEC na partida. A alcunha, porém, caiu sobre as costas do meia Arthur Maia. Na sua estreia, o jogador, que vinha tendo uma atuação discreta, usou a perna esquerda para ser lembrado. Foi dele o chute do quarto gol, que garantiu ao Joinville o sabor de vencer um clássico que parecia predestinado ao empate.

Os pontos perdidos, somados à vitória da Chapecoense, eliminam o Criciúma da disputa pelo título do primeiro turno, e deixam a equipe estacionada com oito pontos, na sexta colocação. O Joinville ultrapassa o rival, com 11 pontos, em terceiro, também sem chances de título, mas com boa pontuação para a classificação geral.
O Criciúma não terá uma semana para descansar, como a maioria das equipes. Na quarta-feira, o Tigre encara o Guarani, no Estádio Heriberto Hülse, às 19h30min. O confronto é atrasado, válido pela sexta rodada, adiado por motivos de segurança. O Joinville tem um duelo regional pela frente. No domingo, enfrenta o Juventus, em Jaraguá do Sul, que vive um dilema e ameaça desistir do Catarinense por problemas financeiros. Uma reunião na segunda-feira deverá resolver a situação.
Festival de bolas na rede
Um minuto de desatenção em clássico pode fazer a diferença. E foi esse o tempo necessário para que o Criciúma marcasse na partida contra o Joinville. Elson precisou de sessenta segundos para, em um erro de Carlos Alberto, que cortou mal a bola, dominar de frente para o marcador, ameaçar o chute de direita e soltar a bomba com a canhota. Ivan pulou, mas a precisão no arremate do meia foi perfeita, no ângulo do arqueiro do JEC, marcando seu primeiro gol com a camisa tricolor.
O gol aumentou a velocidade da partida. Em busca do empate e com o apoio da torcida, o Joinville não tinha outra opção a não ser se lançar ao ataque. Atrás da igualdade, a equipe da casa permitia espaços para o contra-ataque. Em 15 minutos, os dois times tiveram boas chances, mas pararam nos goleiros. Ivan, pelo lado do Norte, brilhou em uma tentativa de Giancarlo, que deu à torcida do Tigre saudades de Zé Carlos, negociado com o futebol chinês. Na outra meta, Bruno segurou ótima finalização de Ronaldo, que emendou um chute de fora da área. Na sequência, em outro remate de Ronaldo, o goleiro saiu de frente com o camisa 9 do JEC e, com a perna direita esticada, salvou o Criciúma.
Bruno, porém, perdeu a chance de sair como herói. Aos 37 minutos, cometeu pênalti em Kim, que invadiu a área em alta velocidade e foi atingido pelo goleiro. Na cobrança, Marcelo Costa, abusou da experiência. Com um toque consciente, devagar, apenas deslocou o camisa 1 do Criciúma para empatar a partida. Aberto, o confronto ainda teria muita movimentação nos minutos finais da primeira etapa.
Primeiro aos 42 minutos, quando André Gava deu bonita assistência para a penetração de Lins, que invadiu a área, correu mais que Eduardo e bateu cruzado, sem chances para Ivan. O empate do Joinville veio em dois minutos, e novamente com a contribuição de Bruno. Em jogada ensaiada, Diego Jussani escorou de primeira para o meio da área, o goleiro do Criciúma tentou cortar, mas não encontrou a bola, e Sandro chegou no segundo pau para apenas colocar para dentro e fazer o quarto gol do movimentado clássico na Arena.
Times cansam, mas gols continuam
Depois de um primeiro tempo de muita intensidade, os dois times sentiram o forte calor de Joinville. No segundo tempo, o ritmo caiu, resultado da entrega na etapa inicial. Prova disso foi que a primeira finalização foi somente aos 10 minutos, em uma tentativa de voleio de Marcelo Costa. O desgaste parecia ser maior do Criciúma, que dava espaços e animava o time da casa, que pecava nas finalizações.
O Criciúma, porém, mostrou que precisão é fundamental em clássico. E precisou de apenas uma chance. Em tarde inspirada, Elson cobrou uma grande falta, mostrando que sabe bater na bola. Ivan pulou um pouco atrasado, e passou longe da bola. O gol serviu de inspiração ao Joinville, que na primeira oportunidade após sofrer o tento, empatou mais uma vez. Kim recebeu lindo lançamento de Augusto Recife se aproveitou que Elson estava caído. O meia tentou se levantar, mas foi driblado e o atacante só bateu na saída do goleiro.
Tomados pelo cansaço, os times davam indícios de que o empate agradaria. Mas em uma partida tão aberta, teria de haver um vencedor. Empurrado pela torcida, o Joinville buscou as últimas forças. Após um cruzamento de Pará, a bola sobrou para Arhtur Maia, que fez sua estreia na partida. De canhota, ele chutou entre os defensores do Tigre, sem chance para Bruno, explodindo a Arena e mantendo o tabu de não perder para o Criciúma desde 24 de maio de 2010.
JOINVILLE (4)
Ivan; Eduardo, Diego Jussani, Sandro, Pará; Augusto Recife, Carlos Alberto, Jaílton (Matheus Carvalho), Marcelo Costa; Kim (Arthur Maia), Ronaldo (Lima)
Técnico: Artur Neto
CRICIÚMA (3)
Bruno; Diego Renan, Matheus Ferraz, Fábio Ferreira, Gilson; Everton Luiz, João Vitor (Marlon), Elson (Fabinho), André Gava (Ivo); Lins, Giancarlo
Técnico: Paulo Comelli
Gols: Elson (C), a um minuto, Marcelo Costa (J), aos 38, Lins (C), aos 42, e Sandro (J), aos 45 minutos do 1º tempo; Elson (C), aos 20 minutos, Kim (J), aos 26 minutos e Artur Maia (J), aos 42 do 2º tempo
Cartões amarelos: Elson, Bruno, Everton Luiz (C); Artur Maia (J)
Arbitragem: Heber Roberto Lopes, auxiliado por Nadine Schramm Camara Bastos e Eder Alexandre
Local: Arena Joinville, em Joinville
Fonte: GE

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