Bola parada opõe eficiência bugrina e surpresa decisiva da Ponte para dérbi

Enquanto Guarani fez até gol olímpico, Macaca sofre com pênaltis desperdiçados e voltou a marcar de falta após seis meses

Quando um jogo está equilibrado, basta uma falta ou um escanteio para a torcida se animar. É reflexo da importância das bolas paradas nos dias atuais. Decisivas, elas têm pesos distintos para Guarani e Ponte Preta na atual temporada, mas foram fundamentais para as equipes chegarem às semifinais do Paulistão. Enquanto o Bugre fez até gol olímpico, a Macaca sofreu com pênaltis desperdiçados e voltou a marcar de falta após seis meses. No dérbi de domingo, às 18h30, no Brinco de Ouro, a eficiência alviverde vai contrastar com a surpresa decisiva alvinegra.

 

O clássico campineiro da primeira fase do estadual exemplifica a diferença de aproveitamento dos times nesse quesito. Se a Ponte, com Guilherme, mandou na trave um pênalti, o Bugre evitou a derrota com uma cobrança perfeita de Fumagalli, aos 46 minutos do segundo tempo. E assim foi a sina da Ponte e de Fumagalli em 2012.

Das seis penalidades a que teve direito no ano, a Ponte só converteu duas, ambas com Renato Cajá, que também perdeu duas. Além de Guilherme, Roger completa a lista dos que desperdiçaram. Por outro lado, o Bugre está 100% em cobranças de pênaltis. Fumagalli foi o responsável por guardar as seis vezes em que ficou na marca da cal .

Foram dos pés do Fumagalli, aliás, que saíram os oito gols do Guarani de bola parada. Além dos pênaltis, fez um de falta e outro olímpico. Este, além de mais recente, é também o mais importante da campanha bugrina no Paulista. Afinal, abriu o caminho para a vitória por 3 a 2 sobre o Palmeiras, no último domingo, pelas quartas de final. 

 -Bola parada é muito treinamento. Eu treino bastante para na hora estar tranquilo, confiante. É um momento difícil do jogo, de grande responsabilidade, mas Deus tem me abençoado e dado tranquilidade e confiança para bater. Mas acima de tudo é treino, para chegar na hora do jogo e colocar em prática. Se surgir a oportunidade, espero que eu possa dar continuidade neste momento – afirmou o camisa 10 bugrino.

Apesar de ser ‘o cara’ do futebol campineiro quando o assunto é bola parada em 2012, Fumagalli sabe que tem um adversário à altura do outro lado. O meia alerta para a canhota de Renato Cajá, mesmo com o maestro pontepretano ainda devendo uma cobrança de falta perfeita neste ano. Fumagalli espera que ele não desencante logo no dérbi.

- O Cajá é muito bom em cobranças de falta. Se pudermos evitar, é melhor. Temos que ter o máximo de atenção, ainda mais se o Cajá estiver em um bom dia – comentou.

Apesar de rara, a bola parada apareceu quando a Ponte mais precisou. Nas quartas de final contra o Corinthians, Willian Magrão acertou uma bomba da intermediária e contou com a ajuda do goleiro Júlio César para quebrar um jejum da Macaca de seis meses sem um gol de falta. O último havia sido em outubro de 2011, com João Paulo Silva.

- Saiu na hora certa. Isso que é importante. A gente vem treinando bastante para acertar na hora do jogo. Que seja o primeiro de muitos neste ano. Com certeza, é um trunfo importante para qualquer partida, principalmente para as mais complicadas – analisou João Paulo Silva.

Resta saber quem fará a diferença domingo: a eficiência bugrina ou a surpresa pontepretana. No domingo, o GLOBOESPORTE.COM acompanha a partida em tempo real com vídeos. O canal SporTV irá transmitir o jogo ao vivo.

Bolas PARADAS DE GUARANI E PONTE

Guarani 2 x 1 Oeste - Fumagalli (pênalti)	Ponte Preta 5 x 1 Bragantino - Renato Cajá perdeu pênalti
Guarani 2 x 1 Paulista - Fumagalli (pênalti)	Mogi Mirim 1 x 3 Ponte Preta - Renato Cajá (pênalti)
Guaratinguetá 2 x 1 Guarani - Fumagalli (falta)	Ponte Preta 1 x 0 Comercial - Roger e Renato Cajá perderam pênaltis
Corinthians 1 x 1 Guarani - Fumagalli (pênalti)	Ponte Preta 1 x 1 Guarani - Guilherme perdeu pênalti
Ponte Preta 1 x 1 Guarani - Fumagalli (pênalti)	Ponte Preta 1 x 2 Corinthians - Renato Cajá (pênalti)
Guarani 3 x 1 Palmeiras - Fumagalli (pênalti)	Corinthians 2 x 3 Ponte Preta - Willian Magrão (falta)
Botafogo-SP 2 x 1 Guarani - Fumagalli (pênalti)
Guarani 3 x 2 Palmeiras - Fumagalli (olímpico)

 

 Fonte: Globo Esporte

                                                         Erly Souza