segunda-feira, 30 de julho de 2012

O judoca nauruano e a delegação de duas pessoas

O lutador nauruano e a delegação de duas pessoas



Com apenas dois atletas na delegação, Naru irá torcer por seu judoca - Foto: Reprodução/Facebook/sled.dowabobo
Com apenas dois atletas na delegação, Naru irá torcer por seu judoca – Foto: Reprodução/Facebook/sled.dowabobo
Por Alexandre Matos
Nauru. Nome oficial: República de Nauru. Área: 21km² (décimo segundo menor país do mundo e a menor república). População: 9.378 habitantes, de acordo com levantamento feito em 2011 (décima quinta menor população do mundo, menos que a quantidade de atletas inscritos nos Jogos Olímpicos de Londres). A minúscula ilha localizada na Micronésia, no Pacífico Sul, deve chamar a atenção de quem assistir à cerimônia de abertura das Olimpíadas por contar com apenas dois atletas em sua delegação.
Um dos representantes nauruanos é o judoca Sled Dowabobo. O faixa-preta segundo dan será o primeiro atleta da história do país a disputar uma edição olímpica num esporte diferente do levantamento de peso – todos os seis irmãos do lutador são atletas de levantamento de peso, assim como o outro inscrito para competir em Londres, Itte Detenamo. Dowabobo vai competir em Londres na categoria peso leve (até 73 quilos).
Aos 29 anos, o pedreiro Dowabobo começou a praticar judô aos 13 e jamais imaginou que um dia seria atleta olímpico. Não era para menos: em Nauru, segundo o próprio judoca, existem atualmente menos de 10 competidores (“Já foram mais de 30”, disse). Apenas ele e outros dois são faixas-preta, mas apenas Dowabobo chegou ao segundo grau na faixa.
Como, para agravar o quadro, mais de 90% da população nauruense está acima do peso, Dowabobo tem dificuldade de encontrar parceiros de treino. Esta situação faz com que ele tenha que viajar para Samoa, onde fica o centro de treinamento olímpico da União de Judô da Oceania, ou Austrália para treinar e competir decentemente, com o intuito de somar pontos no ranking mundial e se classificar para as Olimpíadas.
Na 138ª posição do ranking mundial da Federação Internacional de Judô, principal ferramenta classificatória para as Olimpíadas, Dowabobo ficou longe das posições que garantiam vagas automáticas para os Jogos. De acordo com o regulamento da FIJ, os 22 melhores colocados no ranking mundial em cada categoria de peso garantem vaga olímpica, desde que o atleta em questão não seja do país anfitrião (neste caso, a Grã Bretanha) e não tenha outro competidor do mesmo país mais bem colocado.
Sled carimbou seu passaporte ao conquistar uma das duas vagas do continente, aproveitando-se da regra de limitação de participantes por país. Em Londres, suas pretensões são modestas. “Vou tentar vencer uma ou duas lutas. Se conseguir isso, ficarei feliz”, disse ele à BBC Sport.
Fonte: Uol
Erly Souza

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