sexta-feira, 29 de março de 2013

Crirciúma massacra o Juventus-SC e segue vivo no Catarinense


O Criciúma lustrou a bola que andava opaca. Não teve compaixão do adversário na noite desta quinta-feira. O Juventus tem problemas nas finanças e para manter o time no Campeonato Catarinense. Mas o Tigre precisava fazer as pazes com os torcedores e, ainda, dar a primeira vitória para o técnico Vadão. E os 5.775 no Heriberto Hülse tiveram o sentimento de triunfo depois de três jogos sem vencer. Um 8 a 0 acachapante e em favor do representante de Santa Catarina na Série A do Brasileirão.
Sueliton Fabinho Amaral Criciúma Juventus (Foto: Maurício Vieira / Agência RBS)Jogadores comemoraram gol do Criciúma: cena repetida oito vezes sobre o Juventus
(Foto: Maurício Vieira / Agência RBS)
Resultado que reaviva as chances do Criciúma em conquistar classificação nas semifinais do Estadual. Com sangue nos olhos, marcou em alto estilo a despedida da camisa comemorativa aos 65 anos do clube, um dos modelos alternativos mais bonitos da história recente do clube. Fez 8 a 0 que vira a maior goleada do Campeonato Catarinense. Os jogadores deram mostras de que a quinta-feira seria a noite da primeira vitória de Vadão no comando do Criciúma. Com oito minutos, o time já começaria na frente. Jogando quase que somente no campo de ataque conseguiu mais três gols e terminaria a etapa inicial com quatro gols de vantagem. Voltou para o segundo tempo com o mesmo ritmo, para o deleite dos torcedores que estiveram no Heriberto Hülse. O Tigre fez mais quatro e não tomou nenhum.
Agora em quarto lugar no geral, o Criciúma vai fechar a sexta rodada do returno do Campeonato Catarinense. Às 18h30m de domingo faz o confronto diante do Guarani de Palhoça, no estádio Renato Silveira. O Juventus joga em casa, também no domingo. O confronto com a Chapecoense no João Marcatto está marcado para às 16h.
Quatro de uma vez
Em cima, no abafa e na pressão, o Criciúma queria o primeiro gol cedo. Conseguiu. Aos oito minutos, Elton mandou na ponta direita para o lateral Sueliton. Foi curta, mas ele ganhou de dois adversários e fez a bola encontrar Lins. Com espaço, bateu cruzado e no canto de Wanderson. Comemorou o primeiro dos oito do time mostrando o número às costas. Tido como predestinado pelos torcedores, por gols marcantes nas campanhas de acessos do Tigre em 2010 e 2012 em divisões nacionais, estava com o número 65, na despedida da camisa comemorativa ao aniversário do clube, completado no ano passado.

O Tigre manteve o volume de jogo. Trocava passes no campo de ataque e dava ênfase nas jogadas pelas laterais. Marcel passaria perto - mas não perderia a chance, mais tarde - de fazer seu primeiro pelo Criciúma. O escanteio foi no segundo pau, ele cabeceou e a mão do goleiro aparou. Mandou pela última linha, para um novo escanteio e desta vez com outro final. Aos 23, o balão foi bem no meio da área e ninguém tirou. Antes que tocasse o chão, o volante e capitão Amaral tocou o pé na bola e ela na rede.

A comemoração durou pouco, porque viria outra, dois minutos depois. A jogada começou com o lançamento do goleiro Bruno para Elton. Ele botou na frente para Ivo. Com o 10 dourado na camisa preta, cortou Paganelli, que se lançou no combate, e soltou a pedrada. Foguete que só parou na tentativa de arrombar as redes. Não furou, mas elas balançaram. O Criciúma vencia por 3 a 0 com apenas 25 minutos.

O quarto foi chorado, porém não demorado. Aos 33, partiu pela ponta direita e cruzou à meia altura. Lins chegou de peixinho e fez Wanderson evitou. No rebote, Marcel chutou em cima do goleiro. Foi o suficiente para tirar a bola do alcance do goleiro e Lins se erguer. O camisa 65 apareceu para empurrar o couro pelo gol vazio. O primeiro tempo terminou com 4 a 0.
Ivo Criciúma 8 x 0 Juventus (Foto: Fernando Ribeiro/Criciúma EC)Ivo marca dois dos oito do Tigre na partida contra o Juventus (Foto: Fernando Ribeiro/Criciúma EC)
Quatro vira e oito termina
O Criciúma não parou. Voltou para o segundo tempo com o pé no acelerador. Pisava somente na grama da metade juventina. Por isso, o quinto da partida ocorreria ainda com dois minutos. A bola saiu da esquerda para dentro da área. Marcel pulou com os defensores, mas conseguiu triscar. Seria o bastante para tirar de Wanderson e fazer seu primeiro pelo Tigre. A torcida mais comemorava que apoiava o time. Com oito minutos, Ivo saiu da ponta para o meio e para bater forte. A canhota morreu no cantinho esquerdo do goleiro. A conta era de 6 a 0 e ainda faltavam mais de meia hora de jogo.

Três minutos depois, o Heriberto Hülse sacudiria pela penúltima outra vez. Foi porque o volante Amaral apareceu entre os atacantes e pulou quando o cruzamento de Marlon apareceu. Cabeceou e comemorou o sétimo. A vantagem ampla permitia ao Criciúma administrar o placar e o técnico Vadão tentar fazer com Diego Renan fizesse as pazes com a torcida. Ele entrou no lugar do lateral-direito Sueliton, que busca retomar a condição de titular. O Tigre não afrouxou, só diminuiu a intensidade. Tanto que aos 20 minutos, Lins tentou e acertou a trave direita do goleiro.

O treinador ainda colocou Giancarlo para tentar que ele retomasse o respeito dos torcedores. O faria aos 45 minutos. Matheus Ferraz foi derrubado dentro da área e o pênalti marcado por Bráulio da Silva Machado. O atacante bateu sereno e fez o estádio vibrar pela última vez. O placar estava pronto e embalado para presente ao técnico Vadão: 8 a 0.
GE

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