A partida entre Santos e Atlético-MG, na última quarta-feira, apresentou uma cena não muito comum ao longo deste Campeonato Brasileiro: Neymar em campo com a camisa do Peixe. O atacante disputou apenas 11 das 31 partidas da equipe na competição. Ou seja, a equipe da Vila Belmiro jogou 20 vezes sem seu principal atleta. Foram 12 ausências motivadas por convocações à Seleção, o que faz os dirigentes alvinegros iniciarem um movimento para mudança de calendário (as outras oito "faltas" foram por suspensões, problemas médicos e por opção da comissão técnica - o craque não jogou as cinco primeiras rodadas porque o time estava priorizando a Taça Libertadores).
Para isso, o Santos contratou o consultor em gestão esportiva Amir Somoggi. Ele terá a missão de preparar um estudo que será usado como base para proposta de um novo calendário para o futebol brasileiro. A ideia é apresentar a sugestão à CBF ainda neste ano. De acordo com o presidente santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, o intuito é diminuir os impactos das convocações dos principais atletas dos clubes do País à Seleção.
Para isso, o Santos contratou o consultor em gestão esportiva Amir Somoggi. Ele terá a missão de preparar um estudo que será usado como base para proposta de um novo calendário para o futebol brasileiro. A ideia é apresentar a sugestão à CBF ainda neste ano. De acordo com o presidente santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, o intuito é diminuir os impactos das convocações dos principais atletas dos clubes do País à Seleção.
- Podemos contribuir para que esse problema seja resolvido no ano que vem. Imaginamos discutir a proposta com presidentes de outros clubes e levar à CBF a nossa contribuição. Os clubes são os atores do Brasileirão e fornecedores dos atletas para a Seleção. Acho que precisamos e seremos ouvidos - destacou Luis Alvaro, durante homenagem que recebeu no18º SantosArquidecor, mostra de decoração realizada em Santos e que, em 2012, tem como tema o centenário do Peixe.
Segundo o dirigente, o Santos já fez contatos com alguns clubes sobre a proposta e comunicou a iniciativa ao presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero - que também é vice-presidente da CBF.
- Não queremos liderar nada, mas contribuir. Temos de ser proativos - completou.
A preocupação do Santos com as ausências de Neymar se justifica. Nos 11 jogos do Brasileirão em que pôde contar com o craque, o time obteve 66,6% dos pontos disputados - desempenho superior ao do vice-líder Atlético-MG. Considerando as 20 partidas sem o astro, o aproveitamento despenca para 33,3%, melhor apenas que o dos quatro últimos colocados do torneio.
Há também ao aspecto econômico. O Peixe investe pesado para manter o atacante na Vila Belmiro, pagando, com o apoio de 11 patrocinadores, R$ 2,5 milhões mensais ao atleta.
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