Dentro e fora de campo, Timão vive era soberana em relação ao São Paulo

Atual campeão brasileiro e da Libertadores, o Corinthians perdeu apenas um dos últimos 15 jogos contra o São Paulo. Os números favoráveis em campo são só alguns dos sintomas da supremacia corintiana em relação ao rival que, até 2008, viveu o outro lado da moeda.

A partir do ano seguinte, tudo mudou. Enquanto o rival não ganhou mais nada, o Timão levantou troféus, incluindo o da Libertadores. Além disso, houve distanciamento com relação à renda e bilheteria, assim como ao número de sócios-torcedores. O clube ainda construiu um CT moderno e até o estádio nasceu – depois de manobra política que contou até com influência do ex-presidente Lula.

 Mas o que determinou a mudança radical de rota do clube? Por que, em cinco anos, o Corinthians saltou da Série B para campeão da América?

O primeiro ato foi na administração. Antes parte da diretoria que assinou parceria com o Grupo MSI, Andrés Sanchez virou oposicionista, ganhou força apoiado pelo Movimento Fora Dualib – que ajudou a derrubar o antigo presidente – e foi eleito, ainda em 2007, para um mandato-tampão. Com seu grupo cada vez mais forte e embalado pelo sucesso na Série B, reelegeu-se para cumprir mais três anos (2009-12).

O segundo ato foi a valorização do departamento de marketing, que atrelou as ações à torcida, entre elas, a criação de um eficiente plano de sócio-torcedor, que hoje conta com 100 mil integrantes, fundamentais para o clube manter a média de público.

Outra tacada de mestre foi a contratação de Ronaldo Fenômeno, bem sucedida dentro e fora de campo – cresceu a credibilidade e explodiu a receita. Com organização, vieram a estabilidade e os títulos. A Libertadores foi só uma consequência.

 COM A PALAVRA

Danilo, ex-camisa 10 do São Paulo e atual camisa 20 do Corinthians

"Momento é parecido com aquele que vivi lá"

"O futebol vive de fase, de momentos, é assim mesmo. O São Paulo aproveitou muito bem aquele momento que viveu e acredito que ganhou tudo que podia. Foi um período grande, mas no futebol isso é normal e acontece...Penso que o Corinthians vive um momento bem parecido, está bastante organizado, tem um grande elenco, um grande treinador, comissão técnica, diretoria.... Não vejo diferença para aquele momento que vivi. Temos que aproveitar isso aí, manter essa pegada e ganhar mais e mais. Não digo que vivemos um momento soberano, mas dá para dizer que o Corinthians está bem, entre os maiores hoje em dia. Eles me convidaram para ir (pré-estreia do filme Soberano 2), não tem jeito, eu tenho uma história lá. Mas não dá para ir, né? (risos)."

Fonte-Lancenet

Juliano.Gouveia