quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Barcelona e Real se unem contra Supercopa na China e ameaçam boicotar torneio em 2013


Messi joga amistoso na China; Supercopa na Ásia é alvo de protesto de cartolas espanhois
Messi joga amistoso na China; Supercopa na Ásia é alvo de protesto de cartolas espanhois
Se, dentro de campo, Barcelona e Real Madrid se enfrentaram na quarta-feira, os arquirrivais estiveram bastante unidos nos bastidores do futebol espanhol. Sandro Rosell e Florentino Pérez, presidentes dos clubes, assistiram juntos à vitória do Real (2 a 1), que garantiu ao time da capital o título da Supercopa da Espanha.
Os cartolas querem juntar forças para protestar contra a decisão da federação espanhola de vender as próximas cinco edições da Supercopa a uma empresa chinesa. Segundo um acordo fechado há dois meses, a partir de 2013 o torneio que reúne o campeão espanhol e o vencedor da Copa do Rei será realizado no Ninho do Pássaro, estádio que sediou a Olimpíada de Pequim em 2008.
Em uma reunião feita horas antes da final de quarta, os dois presidentes endureceram o discurso contra a transferência do torneio à Ásia e disseram ao mandatário da federação, Ángel María Villar, que jogarão apenas com reservas caso a Supercopa aconteça mesmo na China.
Mandar o torneio para o outro lado do mundo é um bom negócio para a federação, que embolsaria cerca de 30 milhões de euros (R$ 77 milhões) com a negociação. A entidade, depois, repassaria aos finalistas (provavelmente, Real e Barça, hegemônicos no país) 3 milhões de euros a cada um.
O problema, para os clubes, é que eles já faturam mais do que isso jogando na Espanha. O Barcelona, por exemplo, faturou 6,5 milhões de euros no primeiro jogo, sediado no Camp Nou. Já os merengues estimavam ganhar 4,5 milhões de euros no jogo da volta.
O anúncio da transferência pegou de surpresa os jogadores envolvidos, e alguns protestaram publicamente contra a medida. “Creio que as finais deveriam ser sempre perto dos torcedores”, afirmou o defensor merengue Sergio Ramos. Outra reclamação dos boleiros é a longa viagem até o país asiático, o que também dificultaria o acesso dos torcedores às partidas.
Os arquirrivais são praticamente os únicos críticos espanhois da Supercopa na China. Em reunião recente entre os membros da federação, os outros clubes da liga se mostraram favoráveis à mudança ou não manifestaram grande preocupação (talvez porque poucos deles tenham possibilidades reais de jogar o torneio).
Como não há benefício financeiro imediato, cartolas espanhóis esperam convencer os gigantes a jogar na China com um argumento do mundo publicitário: fincar raízes na Ásia seria importante para marcar posição em um mercado em ascensão com bilhões de torcedores (e consumidores) em potencial.
Fonte: Uol
Erly Souza

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