domingo, 16 de setembro de 2012

CRUZEIRO E VASCO PERDEM CHANCES CLARAS E FICAM NO 1 A 1 EM VARGINHA

Juninho, Cruzeiro x Vasco (Foto: Pakito Varginha / Futura Press)


Teve de tudo em Varginha na tarde deste domingo: discussões entre os jogadores, reclamações com a arbitragem, muitas chances perdidas, polêmicas... até gol contra. Só faltou mesmo um vencedor. Cruzeiro e Vasco bem que tentaram, mas não passaram de um empate em 1 a 1 pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro no estádio Dilzon Melo, o Melão.
Os dois gols da partida foram marcados por jogadores vascaínos. O zagueiro Renato Silva, que não atuava há 75 dias por causa de problemas burocráticos envolvendo sua transferência definitiva da China para o Brasil, fez contra para o Cruzeiro. O empate veio com o volante Nilton após falha de Fábio.
Com a igualdade no placar, o Vasco, que teve a estreia do técnico Marcelo Oliveira, chegou aos 43 pontos e se manteve por mais uma rodada como o último time na zona de classificação para a Libertadores. Já o Cruzeiro segue em oitavo, com 35, e longe do G-4 do Brasileirão.
- Resultado injusto. Começamos bem o primeiro tempo, tivemos chances de gol, mas agora é levantar a cabeça - disse o cruzeirense Élber após o apito final.
Já o vascaíno Wendel, apesar de também ter lamentado o empate, considerou o resultado em Varginha justo.
- Eu diria que foi um placar justo, é uma pena porque dava para encostar mais, os adversários tropeçaram, não fizemos nosso dever. Vamos tentar fazer uma arrancada de três ou quatro vitórias e, quem sabe, se eles continuarem tropeçando, a gente pode encostar - afirmou o meia.
Os mineiros voltam a campo no próximo domingo para enfrentar o São Paulo, às 16h (de Brasília), no Morumbi. O clube da Colina, por sua vez, vai até Campinas encarar a Ponte Preta nos mesmos dia e horário.
Domínio vascaíno e empate no placar
O jogo em Varginha começou animado. A primeira chance do Vasco foi logo aos 20 segundos, com Juninho sendo bloqueado dentro da área. O Cruzeiro teve mais sorte. Everton recebeu pela esquerda e cruzou. Renato Silva, que voltava ao time titular após 75 dias, desviou contra o próprio patrimônio e tirou Fernando Prass do lance: Raposa 1 a 0.
A desvantagem no placar não abalou o Vasco. Mais organizada, a equipe de Marcelo Oliveira dominava o meio-campo. Tanto que terminou a etapa com 59% de posse de bola. Ainda assim, os cariocas levaram alguns sustos no contra-ataque. Wallyson, de cabeça, obrigou Prass a fazer grande defesa para evitar o segundo gol mineiro, por exemplo. De tanto rondar a área cruzeirense, o Cruz-Maltino chegou ao gol de empate aos 27. Juninho cobrou falta venenosa, Fábio errou o soco na bola, e Nilton, livre na pequena área, não desperdiçou: 1 a 1.
Sem poder jogar na Arena Independência por ter sido punido pelo STJD após o mau comportamento de seus torcedores no clássico contra o Atlético-MG, o Cruzeiro dependia dos lampejos de Montillo e não conseguia ficar com a bola no pé. Em um dos poucos ataques perigosos, Wellington Paulista recebeu bom passe de Wallyson, passou por Prass e se jogou. O juiz mandou o jogo seguir e ainda deu amarelo ao atacante por simulação. Logo depois, Tenorio quase deixou o Vasco em vantagem. Após cruzamento de Nílton, o equatoriano cabeceou, e Fábio faz grande defesa, se redimindo da falha no gol.
Polêmica e discussões
O Cruzeiro voltou para a etapa final com uma alteração: Ceará, que sentia dores no tornozelo, deu lugar a Lucas Silva. O jogador entrou em campo com ordens diretas do técnico Celso Roth: marcar e só subir na boa. Mas ainda assim os espaços apareceram para o Vasco. E duas vezes com Tenorio. Na primeira, o atacante aproveitou desvio de Éder Luis, driblou Fábio e chutou para fora com o gol aberto. Logo depois, Dedé avançou pela direita e cruzou rasteiro. Tinga cortou para trás, Lucas Silva furou e o equatoriano tocou para o fundo das redes. A arbitragem, no entanto, anulou o gol alegando impedimento. O lance polêmico gerou muita reclamação dos vascaínos. Durante a transmissão da TV Globo, o comentarista de arbitragem Arnaldo César Coelho também avaliou o lance como ilegal.
A verdade é que o gol anulado colocou fogo na partida. Pelo menos por alguns minutos. Precisando da vitória, as duas equipes se lançaram ao ataque. E chances claras foram criadas. Aos 14, Carlos Alberto recebeu de Juninho na marca do pênalti e chutou para fora, mas o impedimento já havia sido marcado. Um minuto depois, Prass fez um milagre para salvar o Vasco: Wellington Paulista cabeceou na pequena área e o goleiro conseguiu fechar as pernas a tempo e fazer a defesa.
Os técnicos ainda tentaram mudar o jogo com alterações. Roth pôs Souza e Élber em campo. Oliveira tentou com Romário e Jhon Cley. Em vão. A medida que o tempo passava, o ânimo dos jogadores ficava mais exaltado. Na parte final da partida, não faltaram reclamações com a arbitragem e discussão. A mais marcante foi entre o goleiro Fernando Prass e o atacante Wellington Paulista. O cruzeirense não gostou quando o goleiro dominou uma bola no peito e não poupou palavrões. A última lamentação, no entanto, foi carioca. Juninho cobrou escanteio e achou Dedé livre na pequena área. O zagueiro subiu, cabeceou para baixo e... mandou para fora. Retrato de um empate que não agradou a nenhuma das equipes.
Fonte:Globoesporte

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