domingo, 7 de outubro de 2012

Giuliano volta à Seleção com pedidos da Ucrânia: camisas de Neymar


A convocação foi inesperada, descoberta numa mensagem de celular enviada pelo amigo Taison. Giuliano estava de volta à seleção brasileira e ainda por cima teria a chance de conhecer o ídolo Kaká, também chamado pelo treinador Mano Menezes para os amistosos contra o Iraque, quinta-feira, na cidade sueca de Malmo, e o Japão, dia 16, na polonesa Breslávia. Não demorou e a notícia chegou aos companheiros de equipe de Giuliano no FC Dnipro. Além dos parabéns, o meia recebeu uma encomenda: voltar para a Ucrânia com a mala cheia de camisas de Neymar.
- Os jogadores do meu time chegaram e disseram: "Quando você for lá para a Seleção, traz uma camisa do Neymar". E eu respondi: "Tem que entrar na fila". Vai ser difícil, mas vou tentar pegar uma camisa com o Neymar. Só que se eu conseguir vai ser para mim, não para eles - disse Giuliano, dando risada.
Giuliano Dnipro (Foto: Divulgação)

- Mas eles sempre perguntam sobre o Neymar. Ele é um grande jogador, acima da média e reconhecido mundialmente. Além disso, é uma grande pessoa também - acrescentou.
Giuliano conheceu Neymar quando esteve na seleção brasileira pela última vez, nos amistosos contra Dinamarca, Estados Unidos e México antes das Olimpíadas. Após ficar fora da seleção sub-23 que foi aos Jogos de Londres, a chance na equipe principal era algo que nem ele mesmo esperava.
- O Taison, que jogou comigo no Inter e agora está no Metalist Kharkiv, me mandou uma mensagem dizendo "parabéns". E eu respondi, "parabéns, por quê?". Aí é que soube que tinha sido convocado. Foi uma surpresa muito boa. Quero aproveitar essa chance, mas a disputa no meio de campo vai ser grande. Tem o Oscar, o Lucas e agora o Kaká também de volta brigando na mesma posição que eu. O importante é estar no grupo, treinando. Para mim, conhecer o Kaká vai ser a realização de um sonho. Tenho ele como um ídolo e um exemplo na vida pessoal - afirmou Giuliano.
Giuliano Dnipro (Foto: Divulgação)
Um novo Giuliano
Na Ucrânia, o meia tem sido um dos destaques do Dnipro. Ele aparece em segundo lugar na votação do "herói da temporada" no site oficial do clube. Mas a posição em que vem atuando não é a mesma para o qual foi chamado pela seleção.
- Eu tenho jogado mais atrás, como um segundo volante, mas saindo bastante para o jogo. É uma nova posição, que ainda estou aprendendo, mas já fiz cinco gols na temporada atuando assim, aproveitando as oportunidades e chegando na área adversária. Mas claro que isso sempre depende das circunstâncias da partida - explicou
Outra mudança está no porte físico, o Giuliano atual é bem mais forte do que o jogador franzino dos tempos de Internacional.
- Eu trabalhei muito isso, principalmente no período em que fiquei sem jogar no ano passado. A partir do momento em que melhorei fisicamente, o meu rendimento técnico foi maior. Isso, junto com a minha adaptação ao país, fez com que eu voltasse a jogar bem. Eu treino um pouco mais do que os outros, faço um trabalho específico fora do clube. Não apenas de musculação, mas também de equilíbrio e outras coisas que preciso melhorar - acrescentou.
Giuliano Dnipro (Foto: Divulgação)
A aposta que deu certo
Uma semana antes do jogo contra o Iraque na Suécia, Giuliano esteve no país escandinavo defendendo o Dnipro numa partida contra o AIK pela Liga Europa. Saiu de Estocolmo com a vitória por 3 a 2 e elogios do treinador de sua equipe, o espanhol Juande Ramos.
- Giuliano é um dos principais jogadores da nossa equipe. Está sendo chamado para a seleção brasileira pelo bom trabalho que vem realizando. Ele precisou de um tempo para se adaptar, estava chegando a um país diferente, um estilo de jogo bem diferente, então era natural que precisasse de algum tempo - disse Ramos.
O jogador que virou motivo de debate quando trocou o Internacional pelo Dnipro no início do ano passado - por aceitar uma proposta milionária e assumir o risco de atuar numa liga onde correria o risco de ser esquecido - admite que passou por uma fase complicada na Ucrânia. Mas, de volta à seleção, garante não ter motivos para se arrepender da mudança.
- O momento mais difícil foram os primeiros seis meses, a fase de adaptação depois da minha chegada. Mas agora estou bem, a cabeça está boa e estou muito feliz na vida profissional e pessoal.
Fonte:Globo Esporte

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