Cañete sorri e entrelaça os dedos durante entrevista concedida em sua casa
O meia argentino Marcelo Cañete chegou ao Brasil em julho de 2011, mas ainda não conseguiu jogar com frequência por causa de uma grave lesão no joelho. Nas últimas semanas, ele acelerou o processo de recuperação. E nesta quarta-feira, o meia jogou uma partida de “tênis com os pés” junto com o volante Wellington, que também se recupera de lesão, e os reservas Lucas Faria e Luiz Eduardo.
Os quatro improvisaram uma “quadra” no gramado, colocaram cones para servir de rede e ficaram trocando bolas pelo alto, divididos em duplas. Quando o argentino se precipitou e errou um chute, Wellington soltou: “Ô Cañete, você tem que deixar quicar.” O argentino fez cara de interrogação até que o volante começou a gesticular. “Você sabe o que é quicar? Pode deixar ‘pum-pum-pum’”, afirmou apontando repetidamente para o chão.
Wellington, parceiro de Cañete, contava pontos em cada erro dos adversários. O tom era de brincadeira. Quando não alcançou uma bola de Luiz Eduardo muito perto da “rede”, o argentino disparou ao zagueiro: “Meu amigo, por que faz isso comigo?” “Tranquilo, tranquilo”, respondia o beque emulando um sotaque espanhol. Cañete fez todos os movimentos, usando as duas pernas, o ombro e a cabeça, sem aparentar sentir dor ou ter limitação.
A dupla formada pelo volante e pelo argentino ganhou a brincadeira. Mas quando os rivais ameaçaram encostar no placar, foram alvo de “bullying” dos companheiros. Lucas Farias, que usa um penteado moderno, foi comparado a Gusttavo Lima, o famoso cantor sertanejo. Já Luiz Eduardo foi ameaçado de rebaixamento às categorias de base. “Ô, moleque, você vai voltar para Cotia”, afirmou Cañete.
Enquanto os quatro jogavam "tênis com os pés", o resto de elenco participava de um treino coletivo sob o comando de Ney Franco no campo ao lado. O São Paulo enfrenta na quinta-feira o Fluminense, no Rio de Janeiro, pela 15ª rodada do Brasileiro.
Contratado por R$ 5 milhões, o argentino jogou apenas duas vezes e ainda não tem data para reestrear. “Custou caro esse argentino!”, lembrou o presidente Juvenal Juvêncio em uma entrevista recente.
Fonte: Uol
Erly Souza
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