segunda-feira, 16 de julho de 2012

Vice-presidente diz que Santos não será barreira para saída de Ganso

Em meio ao imbróglio com o Santos, o meio-campista Ganso se prepara para a disputa dos Jogos de Londres. Foto: Ricardo Matsukawa /Terra
Em meio ao imbróglio com o Santos, o meio-campista Ganso se prepara para a disputa dos Jogos de Londres

Santos e Paulo Henrique Ganso vivem uma turbulência desde que o meia recusou a última proposta do clube para a sua reforma contratual. O grupo DIS entrou no assunto e a possibilidade de uma transferência para o Internacional é forte nos bastidores. Questionado sobre o tema, o vice-presidente santista, Odílio Rodrigues, destacou que não irá criar barreiras para a saída de Ganso, seja para o time gaúcho ou outra equipe qualquer.


"Ninguém fica onde não tem vontade de ficar. O Santos trata assim todos os seus jogadores. Se algum atleta tem vontade de sair do Santos e se a DIS tem vontade de tirar algum jogador do Santos, não há nenhum problema", disse Odílio, em entrevista à Rádio Estadão/ESPN.

A cúpula do Santos não deve abrir mão de receber a multa rescisória - R$ 53 milhões para o Brasil ou 50 milhões de euros (cerca de R$ 124 milhões) para o exterior - visando liberar Paulo Henrique Ganso. Porém, caso o DIS, dono de 55% dos direitos econômicos do atleta, compre os outros 45% e repasse ao Inter, o Santos receberia R$ 23,8 milhões pela transação. O clube já não se mostra tão irredutível e pode, inclusive, negociar valores para resolver o imbróglio.

"O Santos entende perfeitamente. O Ganso vai com a DIS para onde quiser, vai ser feliz, mas a diretoria do Santos está aqui para defender os interesses do Santos e fazer com que os contratos sejam cumpridos", comentou o vice-presidente santista.

O ponto alto da polêmica envolvendo o clube e o maestro alvinegro foi atingido na última sexta-feira, quando o jogador teve conhecimento das declarações do presidente do clube, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, de que ele teria afirmado ao dirigente que não defenderia mais o Santos. A revelação de Laor ocorreu durante reunião do Conselho Deliberativo, na última quinta.

Irritado, Paulo Henrique Ganso quebrou o silêncio e, através de sua página pessoal no Twitter, desabafou sobre a situação. "Antes de mais nada, gostaria de deixar bem claro para a torcida santista que sempre me dediquei, lutei, ajudei esse clube, no qual cresci e joguei com muita honra e dignidade. São 7 anos de pura dedicação ... E em momento algum disse que não queria mais jogar no Santos", publicou.

O camisa 10 seguiu com o seu raciocínio e disparou contra o dirigente. "Não cheguei agora e conheço o Santos muito bem, ao contrário de quem só pegou coisa boa e nos momentos de dificuldades tenta tirar o foco de onde realmente está errado", comentou o meia. "E as pessoas que criticam, procurem saber da verdade primeiro para depois julgar ou falar algo! (sic)", encerrou.

Ganso, que tem contrato até fevereiro de 2015 com o Santos, atualmente está a serviço da Seleção Brasileira, para a disputa dos Jogos Olímpicos de Londres (Inglaterra).

De camisa 10 ideal a meia contestado
 
Ganso, revelado nas categorias de base do Santos, começou no clube em 2008, junto a Neymar, a maior estrela do time na atualidade.

Desde que chegou ao time profissional, a carreira de Ganso se revezou em sobes e desces. Nos primeiros anos, o jogador conquistou críticos e torcedores não apenas por ser uma das maiores promessas do futebol do Brasil, mas por ter surgido como protótipo do camisa 10 criativo e pensador, em falta nos últimos anos.
A trajetória de Ganso - que parecia traçar uma ascensão meteórica rumo ao estrelato nos principais gramados do mundo - teve, porém, um baque grande em 2010. No meio daquela temporada, o jogador sofreu grave lesão no ligamento cruzado de seu joelho.

A lesão deixou Ganso fora dos gramados por seis meses e comprometeu a sequência da carreira no Santos do jogador, que não conseguiu manter o nível de seu futebol e perdeu prestígio com a torcida.
A volta ao clube veio durante a Copa Libertadores de 2011, mas nem a conquista do título continental fez com que o meia retornasse a seus melhores dias no Santos.

À sombra de Neymar, que se consolidava como grande ídolo e craque do Brasil, Ganso perdeu espaço na mídia e também na Seleção Brasileira. De camisa 10 incontestável, o jogador passou a opção para o meio-campo.

No time olímpico de Mano Menezes, que disputa tentará a medalha de ouro inédita na Olimpíada de Londres, o meia Oscar, do Internacional, vestirá a camisa 10 da equipe, a qual, há poucos anos, era reservada para o jogador santista.

 Ganso

Fonte-Terra Esportes

Juliano.Gouveia

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