sábado, 26 de janeiro de 2013

PRÉ-JOGO Guarani x Ponte Preta: DÉRBI PAULISTA


Fumagalli, do Guarani, e William, da Ponte Preta - dérbi de Campinas (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Não fosse um dérbi, uma partida pela terceira rodada do Paulistão pouco interferiria nas campanhas de Guarani e Ponte Preta. Mas quando se trata do clássico campineiro, as consequências do resultado crescem na mesma proporção da maior rivalidade do interior do país. O que está ruim pode ficar ainda pior. Quem está em alta, tem a chance de embalar de vez. Ou até mesmo virar o cenário de uma vez só. É no poder de um dérbi que Bugre e Macaca se apegam para respaldar a sequência do Estadual neste sábado, às 17h, no Brinco de Ouro.
A pressão está maior do lado do Guarani. Sem vencer, o Alviverde amarga uma derrota e um empate até agora. O único ponto conquistado foi no empate por 0 a 0 com o São Bernardo, em casa, no meio da semana, quando a equipe saiu de campo vaiada pela torcida. Além da desconfiança com o elenco montado, a insatisfação tem a carga do rebaixamento para a Série C do Brasileiro, no fim do ano passado. Ninguém no clube quer sofrer uma nova queda, mas o início traz o temor à tona. Os resultados deixam o Guarani na parte de baixo da tabela.

Será o 190º confronto entre as equipes. No retrospecto geral, a vantagem é do Guarani, com 66 vitórias. A Ponte levou a melhor em 60 oportunidades. Foram ainda 62 empates e um resultado desconhecido. Os times voltam a se encontrar após um 2012 de embates históricos. O primeiro foi disputado justamente no dia em que o clássico completou 100 anos e terminou empatado por 1 a 1. Depois, Bugre e Macaca fizeram uma das semifinais do Paulista. De virada, o Guarani venceu por 3 a 1, com dois gols de Medina.
Na Ponte, a situação é oposta. A equipe está invicta e chega para o dérbi embalada pela vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, no Pacaembu. Com quatro pontos, a Macaca figura entre os líderes, mas ainda precisa evoluir para justificar o sonho de buscar pelo título estadual. A fase das equipes reflete na empolgação das torcidas. Os pontepretanos madrugaram na fila para comprar ingressos e esgotaram a carga de 1,5 mil em poucas horas. A procura por parte dos bugrinos foi pequena. O clube não divulgou uma parcial. São 16,5 mil bilhetes à disposição.
A partida terá a arbitragem de Wilson Luiz Seneme, um dos favoritos para representar o Brasil na Copa do Mundo de 2014. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o dérbi campineiro em Tempo Real, a partir das 16h, com vídeos exclusivos.
header as escalações 2 (Foto: arte esporte)
Guarani: Zé Teodoro diz que tem duas opções na cabeça para montar o time e neutralizar os pontos fortes da Ponte Preta. Entretanto, a que deve iniciar o dérbi 190 é mais cautelosa na parte defensiva. O treinador gostou da marcação na estreia contra o Linense e, por isso, deve reativar o sistema com três zagueiros. Assim, quem ganha a posição é Tiago Pagnussat, na vaga, provavelmente, de Dudu. Com esse time, o Bugre congestiona a defesa e o meio-campo e mantém a velocidade de Siloé para os contra-ataques. O provável time titular alviverde é formado por: Emerson; Tiago Pagnussat, Leandro Souza e Montoya; Oziel, Ademir Sopa, Dener, Eusébio, Fumagalli e Bruno Recife; Siloé.
Ponte Preta: ao contrário de Zé Teodoro, que deixou no ar as possibilidades do Guarani, Guto Ferreira não deu nenhuma pista sobre a escalação da Ponte. O treino de sexta-feira foi fechado, e as respostas na entrevista coletiva reforçaram o mistério. A principal expectativa é em cima da estreia do peruano Ramírez. Maior contratação da Ponte para 2013, ele teve a situação regularizada ao longo da semana e está à disposição para estrear. Se jogar, Wellington Bruno é o mais cotado para sair. Alemão também foi regularizado e é mais uma opção ofensiva para Guto, mas deve iniciar no banco de reservas. A provável Ponte tem Edson Bastos; Artur, Cleber, Ferron e Uendel; Baraka, Bruno Silva, Cicinho e Ramírez (Wellington Bruno); Chiquinho e William.
header quem está fora (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Guarani: são cinco jogadores no departamento médico, entre eles o polivalente Medina, herói do dérbi da semifinal do Paulistão, com problema no joelho esquerdo. Os atacantes Clebinho, Rafael Oliveira e Robinho também estão fora de combate. Outros atletas, como o lateral-direito Boiadeiro, o meia Juan Cominges e o atacante Cadu, não tiveram as situações regularizadas na Federação Paulista e ficam apenas na torcida durante o clássico.
Ponte Preta: Diego Rosa, Rossi e Renan, em processo de transição do departamento médico, são os únicos desfalques da Ponte Preta.
header fique de olho 2 (Foto: arte esporte)
Guarani: as atenções podem estar voltadas para Fumagalli, que reencontra a Ponte nove meses depois de lesionar o tornozelo esquerdo, mas um elemento surpresa pode decidir o clássico. Autor do primeiro gol do Bugre no ano, Dener tem se destacado no time de Zé Teodoro pela versatilidade. Apesar do bom passe, também colabora bastante na marcação. E é eficiente nos arremates de longe. Em uma jogada dessas, pode pintar a sonhada vitória alviverde.
Ponte Preta: é em Ramírez que a torcida da Ponte Preta deposita sua confiança para o dérbi. Há três semanas na Ponte, o meia projetou a estreia contra o Guarani. Durante o período em que aguardou a regularização da documentação, teve tempo para se condicionar fisicamente e ficar em boas condições para corresponder às expectativas.
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header o que eles disseram (Foto: arte esporte)
Zé Teodoro, técnico do Guarani: "O momento da Ponte Preta é melhor, está numa divisão maior, vive um momento com grupo praticamente montado. A nossa vontade é grande. O clássico vai se decidir nos detalhes, quem errar menos, tiver em um estado de espírito melhor. Agora vale a experiência que vivemos em clássicos e jogos decisivos do passado. O futebol depende muito do dia. Tem vezes que dá tudo certo, mas tem outros que não dá. Acho que estamos melhorando. Um clássico é bom para surpreender. Nosso grupo vai tentar mostrar isso e dar a volta por cima"
Guto Ferreira, técnico da Ponte Preta: “Se você não tiver equilibrado emocionalmente, não adianta nada estar bem tecnicamente e taticamente. Tudo começa pelo aspecto emocional. Se você analisar por esse lado, o Guarani sai em vantagem, pois tem a necessidade de vencer. A gente, se não tomar cuidado, temos a tendência de relaxar. Na vida, quando você chega numa zona de conforto, é a hora que você cai”
header números e curiosidades (Foto: arte esporte)
- Se no retrospecto geral, a vantagem é do Guarani, a Ponte leva a melhor quando os números se resumem ao Campeonato Paulista. Em 73 jogos pelo Estadual, a Macaca tem 22 vitórias, contra 18 do Bugre. Os times ainda empataram 33 vezes.
- A última vitória da Ponte Preta sobre o Guarani no Brinco de Ouro em um Paulistão foi em 1987, quando fez 2 a 0, com gols de Valdir e Zé Carlos. Naquele jogo, a defesa do Bugre tinha Ricardo Rocha. Do lado da Ponte, André Cruz era um dos zagueiros.
header último confronto v2 (Foto: arte esporte)
O último dérbi é considerado por muitos o maior dos 100 anos de rivalidade entre alviverdes e alvinegros. No duelo que valia uma vaga na decisão do Campeonato Paulista, o Guarani levou a melhor: vitória por 3 a 1, gols de Fábio Bahia e Medina (dois) - Caio descontou para a Ponte Preta. Diante de um público de 15.179 pessoas no Brinco de Ouro, o Bugre de Vadão atuou com: Emerson; Oziel, Domingos, Neto e Bruno Recife; Ewerton Páscoa, Fábio Bahia, Danilo Sacramento e Fumagalli (Medina); Fabinho e Bruno Mendes (Bruno Peres). Já a Macaca de Gilson Kleina foi formada por: Bruno Fuso; Guilherme, Ferron, Diego Sacoman e Uendel; Xaves (Maranhão), João Paulo Silva, Caio (Enrico) e Renato Cajá; Rodrigo Pimpão (Gerson) e Roger.
Fonte: Globo Esporte

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