quarta-feira, 10 de outubro de 2012

NO EMBALO DA TORCIDA, PONTE BATE O NÁUTICO COM VIRADA EM DOIS MINUTOS


A reabilitação da Ponte Preta no Campeonato Brasileiro passou diretamente pelas arquibancadas na noite desta quarta-feira, no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. No embalo da torcida, que fez sua parte o tempo inteiro, a Macaca superou uma atuação abaixo da média tecnicamente para bater o Náutico, pela 29ª rodada. Com gols aos 28 e aos 30 minutos do segundo tempo, a Ponte fez 2 a 1 e voltou a vencer após seis partidas.
O resultado representa um alívio para a Macaca na luta contra o rebaixamento. Depois de duas derrotas e quatro empates, a Ponte sai do viés de queda, quebra o jejum de triunfos e chega aos 37 pontos, a dez do Sport – que ainda joga na rodada. O Náutico, que perdeu o embalo após duas vitórias consecutivas, tem a mesma pontuação, mas leva vantagem no número de vitórias (11 a 9). Ambos os times ocupam a zona intermediária da tabela.Rildo, de cabeça, e Marcinho, de pênalti, garantiram a virada. Foi o primeiro gol do atacante na temporada. A Macaca também não tinha um pênalti a favor desde 15 de abril. Logo no início da partida, Douglas Santos marcou para os visitantes, diante de 6.856 pagantes, para uma renda de R$ 43.027,00 no Majestoso.
A derrota mantém a sina do Náutico de atuar bem longe dos Aflitos, mas sair sem a vitória. Foi o 12º revés em 14 compromissos fora de casa. Foram ainda dois empates e apenas uma vitória – sobre o Atlético-GO, em sete de julho. Ponte e Náutico voltam a campo domingo. A Macaca encara o líder Fluminense, no Rio de Janeiro, às 18h30. O Timbu recebe o Palmeiras, às 16h, em novo duelo direto contra a degola.
Ponte Preta x Náutico (Foto: Fernanda Sunega / Futura Press)
Náutico domina o primeiro tempo diante de uma ‘apática’ Ponte
Alexandre Gallo surpreendeu ao escalar o Náutico com três atacantes. A aposta deu certo. Kim, Araújo e Rogério desmontaram o sistema armado por Guto Ferreira com três volantes. O Timbu dominou o primeiro tempo e, com justiça, foi para o vestiário na frente. Douglas Santos foi o responsável por abrir o placar, logo aos quatro minutos.
O lance começou de maneira despretensiosa. Patric deu um chutão no campo de defesa. Rhayner e Cicinho disputaram o lance no alto. A bola passou pelos dois. Douglas Santos aproveitou a sobra, dominou livre na ponta esquerda e bateu cruzando, tirando de Edson Bastos. O chute ainda tocou na trave antes de entrar: 1 a 0.
O gol do Timbu não desanimou a torcida da Macaca, que, em bom número, tentou passar força e incentivo ao time. Dentro de campo, porém, o Náutico se sentia em casa. Kim, em bomba da entrada da área, chegou perto de ampliar. Roger, de cabeça, e Nikão, de longe, criaram as únicas jogadas ofensivas da Ponte de perigo.
No restante, o ataque alvinegro, sem criatividade, foi facilmente anulado pela marcação do Náutico. Rildo abusava da individualidade e, sem objetividade, era presa fácil para o Timbu. Roger, isolado, pouco conseguia ajudar. Nikão, o único articulador, apareceu menos do que deveria. Sobrava para Cicinho, Lucas e Wendel Santos a criação. Pouco para uma equipe que entrou em campo precisando mais do que nunca da reabilitação.
O Náutico aproveitou a fragilidade e o nervosismo do adversário para controlar as ações. Mais organizado, valorizou a bola e envolveu a defesa pontepretana com toques curtos. A superioridade do Timbu acabou com a paciência da torcida. O que era apoio no início virou uma sonora vaia, com protestos e pedidos de ‘raça, raça’ ao fim do primeiro tempo.
Virada em dois minutos dá alívio à Ponte
Como era de se esperar, a Ponte voltou com mudança para o segundo tempo. A necessidade fez Guto Ferreira tirar o volante Lucas e colocar o atacante Luan. Mas o cenário continuou o mesmo. O Náutico permanecia com o comando da partida, enquanto que a Macaca pouco ameaçava o gol de Felipe.
Para piorar a situação da Ponte, o Náutico tinha um contra-ataque muito forte, principalmente com Rogério. Em um deles, o atacante partiu para cima de Diego Sacoman, deixou o zagueiro para trás, mas errou o passe para Araújo, facilitando para Edson Bastos.
Em nova tentativa de dar novo gás à Ponte, Guto Ferreira promoveu a entrada de Marcinho no lugar de Nikão. No mesmo instante, começou a chover. A combinação foi suficiente para voltar a acordar a torcida da Ponte nas arquibancadas. Mas foi preciso Giancarlo substituir Roger para a Macaca reagir. Fixo na área, ele passou a segurar os dois zagueiros do Timbu na área.
A Ponte começou a cruzar bola na área. Às vezes de forma afobada. Mas em um deles, João Paulo colocou na cabeça de Rildo, que, até então apagado em campo e que acabara de levar cartão amarelo, desviou com precisão e empatou o jogo, aos 28 minutos. A torcida ainda comemorava quando Luan invadiu a área e foi derrubado por Souza.
Coube a Marcinho, o camisa 10 do time, a principal contratação para o Brasileirão, a responsabilidade da cobrança. E ele não decepcionou. Com categoria, deslocou Felipe e jogou a bola no canto esquerdo para virar, aos 30 minutos. O Náutico ainda teve uma chance de ouro para empatar. Patric recebeu de Martinez e, de frente para Bastos, bateu colocado. O goleiro da Ponte foi buscar no ângulo. Depois, Patric completou o serviço ao ser expulso por uma entrada dura em Luan.
 
Fonte:Globo Esporte

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