domingo, 30 de setembro de 2012

PERTO DO Z-4 E LONGE DO G-4: EMPATE RUIM PARA COXA E SÃO PAULO NO COUTO


Um time estava desesperado pela proximidade da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O outro necessitava da vitória para se manter na perseguição ao G-4. Depois de 90 minutos, muita correria, pouca inspiração e erro de arbitragem, o empate por 1 a 1, neste domingo, no estádio Couto Pereira, foi prejudicial a Coritiba e São Paulo.
Isso porque a equipe paranaense, que marcou seu gol devido a um pênalti inexistente marcado pelo juiz Péricles Bassols (Rafinha se jogou após carrinho de Rhodolfo "no vácuo"), manteve a perigosa vantagem de apenas dois pontos para a zona de rebaixamento. Já o Tricolor viu o Vasco, último integrante do G-4, aumentar a distância para quatro pontos na rodada. Everton Ribeiro fez o gol do Coxa e o iluminado Osvaldo empatou, já no fim do jogo.

Rafael Toloi na partida do São Paulo contra o Coritiba (Foto: Geraldo Bubniak / Ag. Estado)Os dois times voltarão a campo em dias diferentes na próxima rodada. O Coritiba volta a jogar em casa - na quinta-feira, receberá a Ponte Preta, às 21h, no estádio Couto Pereira. Já o São Paulo, no sábado, fará o clássico paulista da rodada, contra o Palmeiras, no estádio do Morumbi.
Primeiro tempo
Do time considerado ideal, o técnico do Coritiba, Marquinhos Santos, não contou com quatro importantes peças: Ayrton, Everton Costa, Emerson e Deivid, todos machucados. Após fazer muito suspense durante a semana, o treinador montou a equipe no esquema 4-5-1, com apenas um atacante (Roberto) e três meias (Rafinha, Everton Ribeiro e Lincoln). No São Paulo, apesar do desgaste proporcionado pela viagem até o Equador, onde o time atuou na quarta, pela Sul-Americana, Ney Franco manteve a base das últimas partidas, mas com Paulo Assunção na vaga do suspenso Denilson.
O time paranaense armou uma blitz nos primeiros 15 minutos. Com marcação sob pressão, toques rápidos, movimentação e apoio pelas laterais, o time assustou aos sete, com Roberto, em lance defendido por Ceni. O São Paulo, com um homem a menos no meio-campo, tinha dificuldade para tocar a bola. Cortez não se apresentava no ataque e Paulo Miranda, novamente improvisado como lateral, também tinha dificuldade para apoiar pela direita. Com isso, o time viveu de ligação direta ao ataque, o que facilitou as coisas para a marcação paranaense.
Com pouco espaço para armar, a saída tricolor era apostar na velocidade de seus atacantes. Foi dessa maneira que Lucas quase abriu o marcador aos 15. O camisa 7 arrancou pelo meio, passou por dois marcadores e bateu cruzado, da entrada da área. A bola raspou a trave direita. Seis minutos, ele repetiu a dose, após grande passe de Jadson. Na finalização, Vanderlei, com a mão direita, evitou o gol. Os dois ataques perigosos do São Paulo diminuíram sensivelmente o ímpeto do Coritiba. A partir dos 30, o jogo caiu de rendimento e nenhuma chance de gol foi criada.
Pênalti inexistente e gol de Osvaldo
Os dois times voltaram sem alterações para a etapa complementar. Irritado com a produção da equipe, Ney Franco esperou apenas oito minutos para fazer duas alterações. Ele saiu do inoperante 4-3-3 e foi para o 3-5-2, com as entradas de Douglas e Casemiro nas vagas de Ademilson e Paulo Assunção. Do lado paranaense, Marquinhos Santos respondeu com a entrada do atacante Ruidiaz na vaga do meia Lincoln. Com isso, o Coxa passou a ter dois homens de frente.
Aos 12, o time da casa assustou. Após bola cruzada na área, Paulo Miranda dominou no peito e não percebeu a aproximação de Rafinha, que dominou e, de pé direito, acertou a trave direita de Ceni. Dois minutos depois, ocorreu o lance que mudou a partida. Após erro de Maicon no ataque, o Coritiba armou o contra-ataque pela esquerda. Rafinha invadiu a área e, ao notar o carrinho de Rhodolfo "no vácuo", se jogou sobre as pernas do são-paulino e caiu. Embora estivesse bem colocado, o árbitro Péricles Bassols marcou o pênalti - de forma equivocada, na análise do comentarista de arbitragem da TV Globo, Leonardo Gaciba. Na cobrança, Everton Ribeiro deslocou Rogério Ceni e fez 1 a 0.
A mudança no placar deixou o jogo mais aberto. O São Paulo saiu atrás do empate, mas impressionava pela falta de organização. Maicon e Jadson não ajudavam na armação, os alas não apareciam para o jogo e o time dependia exclusivamente dos lampejos de Lucas e Osvaldo que, aos 21, fez boa jogada individual e, de pé esquerdo, exigiu boa defesa de Vanderlei.
O Coritiba recuou sua marcação para tentar surpreender nos contra-ataques. Para dar novo gás ao setor, Marquinhos Santos retirou Roberto e colocou Anderson Aquino. Aos 23, Rhodolfo, de cabeça, quase fez gol contra, após cobrança de falta pela direita. A bola acertou o travessão de Ceni, que só olhou.
Aos 32, as coisas ficaram ainda mais complicadas quando Rhodolfo, que já tinha cartão amarelo, foi corretamente expulso por falta violenta em Rafinha. Mas, como o futebol não é lógico, quando o Coritiba tinha tudo para deslanchar e garantir a vitória, Osvaldo, após jogada de Lucas, garantiu o empate ao São Paulo. O time da casa ainda pressionou, criou duas chances, mas, em ambas, Rogério Ceni trabalhou bem.
Fonte:Globo Esporte

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