Reajuste é definido durante reunião na FPF:determinou-se também que visitante terá 5% dos ingressos e dérbi de Campinas reunirá as duas torcidas no Brinco
Wagner Vilaron e Tatiana Fávaro - O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - O clássico São Paulo x Santos abre a fase semifinal do Campeonato Paulista, domingo, às 16 horas, no Morumbi. Em seguida, às 18h30, Guarani e Ponte Preta decidem o segundo finalista no dérbi de Campinas, que será disputado no Estádio Brinco de Ouro. Assim como ocorreu nas quartas de final, em caso de empate no tempo normal a decisão vai para a cobrança de pênaltis.
A notícia ruim para o torcedor fica por conta do aumento de 25% no preço mínimo do ingresso, que passa de R$ 40 para R$ 50. A renda terá dois critérios de divisão. No caso do clássico San-são, seguirá o acordo da fase anterior, que definiu 50% para cada clube. Em Campinas, o vencedor, além da vaga na final do Estadual, leva 60% do dinheiro.
A maior expectativa na reunião do Conselho Arbitral, segunda à tarde, na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), era em relação à presença das duas torcidas no clássico campineiro. Ficou definido que os torcedores ponte-pretanos terão direito a 5% da cota de ingressos.
O presidente do Guarani, Marcelo Mingone, não escondeu o descontentamento quando soube da decisão. "Após o último dérbi houve uma reunião com o pessoal da Ponte e representantes da Polícia Militar e ficou definido que o próximo dérbi seria realizado com torcida única, em benefício da segurança do torcedor", afirmou. "Portanto saio daqui (da FPF) derrotado. Perdemos uma oportunidade de resolver de uma vez por todas esse problema da violência nos estádios."
Márcio Della Volpe, presidente da Ponte Preta, utilizou discurso bem diferente. "Torcida única é como entregar o futebol aos bandidos. Precisamos acreditar no trabalho da polícia e do poder público de modo geral", argumentou. "Será um clássico emocionante, ótimo para o futebol de Campinas."
Dirigentes da Ponte se reúnem nesta terça pela manhã com o coronel Marcos Marinho, da Federação Paulista de Futebol, para tentar aumentar a carga de 1,4 mil ingressos para 4,2 mil. O argumento da diretoria é de que no jogo entre Guarani e Palmeiras foi colocada à disposição esta quantidade de ingressos para a torcida visitante e "não se trata de um jogo no meio do campeonato e sim de uma definição que não ocorria desde os anos de 1970", conforme dito pelo diretor social da Ponte, Giovanni Dimarzio, por meio de assessoria. Segundo o diretor, o tenente-coronel Nelson Coelho, da Polícia Militar, disse não se opor ao aumento da carga, mas ressaltou que a definição é da FPF.
Em julho do ano passado, a Ponte Preta venceu o Guarani por 2 a 0 em um dérbi marcado mais pela violência fora de campo entre os torcedores do que pela rivalidade no gramado.
Torcedores bugrinos atearam fogo nos banheiros do estádio da Ponte, o Moisés Lucarelli, porque teriam sido insultados por um locutor. Houve confronto com a Polícia Militar e torcedores ficaram feridos.
CAIXA FORTENem mesmo o fato de contar com apenas 3.900 ingressos para a partida no Morumbi tirou a bom humor do presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. "É um clássico digno de final do Oscar, tamanha a quantidade de estrelas envolvidas", afirmou. "Acho até que essa partida deveria ser disputada dentro de uma caixa-forte. Afinal, são tantos valores em campo que deveriam ser preservados."
Representante do São Paulo no encontro, o vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, minimizou os 5% de bilhetes destinados à torcida rival. "Se você analisar, entre os visitantes do próximo fim de semana, o Santos é o que terá o maior número de ingressos", observou o são-paulino. "Mas é pela capacidade do Morumbi do que por um agrado", lembrou Luis Alvaro.
TÍTULO DO INTERIORNo sábado serão realizadas as semifinais do Título do Interior. Mogi Mirim x Oeste, às 16 horas, em Mogi-Mirim, e Bragantino x Mirassol, às 18h30, em Bragança Paulista.
Fonte: Estadão
Erly
A notícia ruim para o torcedor fica por conta do aumento de 25% no preço mínimo do ingresso, que passa de R$ 40 para R$ 50. A renda terá dois critérios de divisão. No caso do clássico San-são, seguirá o acordo da fase anterior, que definiu 50% para cada clube. Em Campinas, o vencedor, além da vaga na final do Estadual, leva 60% do dinheiro.
A maior expectativa na reunião do Conselho Arbitral, segunda à tarde, na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), era em relação à presença das duas torcidas no clássico campineiro. Ficou definido que os torcedores ponte-pretanos terão direito a 5% da cota de ingressos.
O presidente do Guarani, Marcelo Mingone, não escondeu o descontentamento quando soube da decisão. "Após o último dérbi houve uma reunião com o pessoal da Ponte e representantes da Polícia Militar e ficou definido que o próximo dérbi seria realizado com torcida única, em benefício da segurança do torcedor", afirmou. "Portanto saio daqui (da FPF) derrotado. Perdemos uma oportunidade de resolver de uma vez por todas esse problema da violência nos estádios."
Márcio Della Volpe, presidente da Ponte Preta, utilizou discurso bem diferente. "Torcida única é como entregar o futebol aos bandidos. Precisamos acreditar no trabalho da polícia e do poder público de modo geral", argumentou. "Será um clássico emocionante, ótimo para o futebol de Campinas."
Dirigentes da Ponte se reúnem nesta terça pela manhã com o coronel Marcos Marinho, da Federação Paulista de Futebol, para tentar aumentar a carga de 1,4 mil ingressos para 4,2 mil. O argumento da diretoria é de que no jogo entre Guarani e Palmeiras foi colocada à disposição esta quantidade de ingressos para a torcida visitante e "não se trata de um jogo no meio do campeonato e sim de uma definição que não ocorria desde os anos de 1970", conforme dito pelo diretor social da Ponte, Giovanni Dimarzio, por meio de assessoria. Segundo o diretor, o tenente-coronel Nelson Coelho, da Polícia Militar, disse não se opor ao aumento da carga, mas ressaltou que a definição é da FPF.
Em julho do ano passado, a Ponte Preta venceu o Guarani por 2 a 0 em um dérbi marcado mais pela violência fora de campo entre os torcedores do que pela rivalidade no gramado.
Torcedores bugrinos atearam fogo nos banheiros do estádio da Ponte, o Moisés Lucarelli, porque teriam sido insultados por um locutor. Houve confronto com a Polícia Militar e torcedores ficaram feridos.
CAIXA FORTENem mesmo o fato de contar com apenas 3.900 ingressos para a partida no Morumbi tirou a bom humor do presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. "É um clássico digno de final do Oscar, tamanha a quantidade de estrelas envolvidas", afirmou. "Acho até que essa partida deveria ser disputada dentro de uma caixa-forte. Afinal, são tantos valores em campo que deveriam ser preservados."
Representante do São Paulo no encontro, o vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes, minimizou os 5% de bilhetes destinados à torcida rival. "Se você analisar, entre os visitantes do próximo fim de semana, o Santos é o que terá o maior número de ingressos", observou o são-paulino. "Mas é pela capacidade do Morumbi do que por um agrado", lembrou Luis Alvaro.
TÍTULO DO INTERIORNo sábado serão realizadas as semifinais do Título do Interior. Mogi Mirim x Oeste, às 16 horas, em Mogi-Mirim, e Bragantino x Mirassol, às 18h30, em Bragança Paulista.
Fonte: Estadão
Erly
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