sábado, 12 de maio de 2012

Sondado pelo Botafogo, Diego aprova "quarteto dos sonhos" santista


Diego aprovou uma possível parceria com Robinho, Ganso e Neymar. Foto: Getty Images Diego aprovou uma possível parceria com Robinho, Ganso e Neymar

Um dos grandes destaques do Atlético de Madrid na conquista da Liga Europa, o meia brasileiro Diego ainda guarda lembranças de quando começou no profissional do Santos, com apenas 17 anos. Estrela ao lado de Robinho do título brasileiro do time de Vila Belmiro, conquista responsável por quebrar um jejum de 18 anos sem taças importantes, o meia apontou em entrevista ao Terra semelhanças daquela equipe com a atual, de Neymar, Paulo Henrique Ganso e companhia.
Autor de um dos gols da final contra o Athletic Bilbao em Bucareste (Romênia), Diego ainda se permitiu "sonhar" com um quarteto que encantaria qualquer torcedor santista. Por enquanto, porém, ele só confirma que foi procurado pelo Botafogo para retornar ao Brasil e diz que o foco está no continente europeu (inclusive com uma possível comemoração com "Ai, se eu te pego").
Confira entrevista exclusiva de Diego
Terra - Você saiu do Brasil muito cedo, aos 19 anos. Não tem saudades? Pretende atuar por um clube brasileiro novamente?
Diego -
Pretendo retornar um dia, a gente nunca sabe o que pode acontecer no futuro. A princípio meu objetivo é esse, mas foram muito bem vividos os anos que passei no Brasil, e isso te traz recordações, saudades. Por isso um dia eu gostaria de retornar, não consigo precisar quando, mas com certeza o Brasil é uma opção. No momento não me passa pela cabeça isso, mas um dia eu gostaria.
Terra - Você sonha em reeditar uma parceria com o Robinho também?
Diego -
Somos amigos até hoje e gostaria sim de jogar com ele de novo, seria muito legal. Mantivemos essa relação de amizade, além de ele ser um grande jogador e dos momentos que vivemos juntos dentro de campo, que foram maravilhosos. Acredito que um dia vamos ter essa oportunidade e que possamos ter o mesmo sucesso que tivemos antes.
Terra - O que tem de semelhante aquela geração sua e do Robinho com essa atual, do Neymar e do Ganso?
Diego -
A semelhança é a alegria e ousadia, e também as vitórias, títulos. Essas são as semelhanças, mas, como sempre digo, não se deve comparar, deve se aproveitar esse momento maravilhoso que eles estão tendo, que continuem assim. Apesar de tudo nós temos nossas diferenças, mas o mais importante é que o beneficiado seja sempre o Santos, o futebol brasileiro e é isso que importa. Vejo como torcedor e bom admirador do futebol que eles têm apresentado.
Terra - Naquela geração você foi um dos primeiros a sair, em 2004. O Neymar, contudo, seguiu o caminho inverso e ficou no Brasil. O que você aconselharia a ele? Acha que, como dizem, precisaria mesmo vir à Europa para ser o melhor do mundo?
Diego -
Acredito que isso é muito objetivo e pessoal do jogador se sentir inseguro na hora de sair, de ter seus objetivos de jogar na Europa, de conquistar um novo espaço e um novo desafio. É isso que eu recomendo, se está feliz, satisfeito, o mais importante é ter o prazer, a satisfação e a alegria de entrar em campo, jogar. Se isso está acontecendo no Brasil, deve seguir. Quando achar o momento mais oportuno para seguir um novo desafio, aí sim. É uma questão muito pessoal. Se ele optou por isso, deve seguir nesse caminho.
Terra - E o Ganso? O Mano sempre dá a entender que ele será o meia do Brasil na Copa. O que você acha do estilo de jogo dele? Acha que vocês dois, por terem características parecidas, poderiam atuar juntos?
Diego -
Isso é uma questão que não cabe a mim dizer muito, ele é um excelente jogador, técnico e com uma visão espetacular. Isso é o que eu posso dizer, ele tem os méritos por estar no Santos e na Seleção Brasileira. Cada um tem as suas qualidades, é o máximo que posso dizer sobre isso. Depois, jogar juntos ou não é decisão do técnico ou de quem optar por isso.
Terra - No ano retrasado vimos um trio com Robinho, Neymar e Ganso no ataque do Santos. Não dá para o torcedor sonhar com um ataque com Diego, Ganso, Neymar e Robinho?
Diego -
Seria o time dos sonhos, realmente. Quem sabe, nunca se sabe o que pode acontecer no futebol. Seria uma equipe maravilhosa e vamos ver, são possibilidades e não conseguimos ver se vai acontecer. Mas se acontecer seria uma situação bem legal.
Terra - O Santos protagonizou inúmeras festas em virtude de seu centenário deste ano, e você foi um dos mais lembrados no documentário, inclusive. Vendo tudo isso não bateu uma vontade de voltar?
Diego -
Acompanhei muita coisa, li bastante declarações e o Santos faz parte da minha vida. Sou um torcedor, um admirador do Santos, tenho um carinho muito grande e sou grato por tudo que o Santos me proporcionou. E claro, quando você vê essas homenagens, sendo novo ainda e tendo anos para jogar, curtir essa situação, para quem sabe retribuir todo esse carinho, é maravilhoso. Por isso que eu digo que carrego o Santos sempre no meu coração. Se um dia tivesse a oportunidade de voltar, seria um prazer
Terra - Há algum tempo foi noticiado uma proposta do Botafogo por você. Isso realmente ocorreu?
Diego -
Me procuraram sim. Muitas equipes do Brasil me procuraram, mas não existiu nenhuma oferta oficial. Só posso dizer que oferta existiu quando é colocada no papel e assinada por um presidente, e isso não aconteceu por parte de nenhum. Realmente contato de treinador, diretor e presidente aconteceu de muitos clubes, mas como eu falei não foi dado seguimento.
Terra - Você sabe que o Michel Teló virou muito famoso - até na Romênia falam muito dele. O elenco do Atlético de Madrid também é assim por ele?
Diego -
Realmente é uma febre, todo mundo fala dele. Tive a oportunidade de conhecê-lo, ele merece todo esse sucesso pela pessoa que é, pela humildade, pelo carisma, atenção que tem tido com os detalhes, apesar de todo o sucesso que tem feito. É complicado às vezes administrar, mas ele tem feito isso de forma maravilhosa com a equipe dele. Aqui se tem uma admiração muito grande por ele e espero que isso possa crescer ainda mais, pois ele é uma pessoa maravilhosa
Terra - E vão comemorar com um "Ai, se eu te pego" quando?
Diego -
Quem sabe, vamos ver (risos)
Fonte: Terra

                                                        Erly Souza

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