terça-feira, 27 de novembro de 2012

Grêmio pede 'bom senso' e tenta anular a proibição da 'avalanche'


O Grêmio inaugura a Arena em 8 de dezembro, com shows e o amistoso com o Hamburgo, da Alemanha. (Foto: Diego Guichard / GLOBOESPORTE.COM)
A proibição da 'avalanche' na Arena não foi bem recebida pela direção do Grêmio na tarde desta terça-feira. De acordo com o presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini, o clube discorda da medida e tentará convencer a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros.
- Na verdade, já estamos conversando com eles há dois meses sobre o assunto. Temos que esgotar o diálogo, antes de qualquer outra solução. Evidentemente que não concordamos. Temos convicção de que a Arena é o estádio mais seguro do Brasil. É importante o bom senso. Hoje, os dois maiores estádios gaúchos (Olímpico e Beira-Rio) têm condições de abrigar jogos, inclusive finais de Libertadores e Brasileiro, sem anteparos, por que então está exigindo isso agora na Arena? Não estamos entendendo. A mesma autoridade que libera esses dois estádios agora não libera a Arena. São dois pesos e duas medidas. Não concordamos e vamos tentar convencer. Não é uma questão política, é uma questão técnica - argumenta Antonini, em entrevista à Rádio Gaúcha.
De acordo com o Coronel Alfeu Freitas, responsável pelo Comando do Policiamento da Capital (CPC), os gremistas estarão proibidos de realizar a tradicional "avalanche", movimento de descer correndo as arquibancadas após um gol, por questões de segurança, sobretudo por não haver a chance de o torcedor se sentar em cadeiras no espaço.

- Não importa se serão jogos Fifa ou não. O fato é que a avalanche acabou. Não existe mais. Nossa legislação prevê cadeiras em todo o estádio - disse Freitas, em coletiva de apresentação do plano de mobilidade da Arena para a inauguração.
Para coibir inicialmente a comemoração, o local será reforçado com a instalação de anteparos que dificultarão alguma providência da torcida em descumprir a ordem - solução semelhante à adotada em estádio argentinos como a Bombonera, do Boca Juniors. Essa é uma medida emergencial para o dia 8 e o Jogo Contra a Pobreza, no dia 19 de dezembro. Em um prazo de 60 dias, o setor precisará contar com cadeiras. 
A estrutura atual do espaço da 'avalanche', com capacidade para 10.132 pessoas, apresenta uma composição diferenciada do resto do estádio. Ali, não há cadeiras e foram colocadas espécies de degraus menores entre os intervalos das arquibancadas, para facilitar a descida da torcida no momento do gol. Nada, porém, que diminua os riscos, na avaliação do responsável pelo policiamento da capital gaúcha.

Geral também se manifesta
A Geral do Grêmio, torcida que ocuparia esse espaço atrás de uma das metas da Arena, se manifestou nas redes sociais, com uma nota de repúdio à decisão da polícia:
"A muito tempo temos colaborado com a Brigada Militar quando o assunto é tumulto no estádio, proibição de quaisquer material "nocivo" para o campo de jogo bem como o perigosíssimo papel picado e até mesmo a assassina bobina. Temos respeitado cada pedido da corporação, como a retirada de frases "maldosas e tendenciosas". Agora querem nos proibir de torcer, isso mesmo, TORCER, somos TORCEDORES, não espectadores!
Se a proibição é válida, porquê não ocorreu no Olímpico? Suas estruturas já comprometidas sempre suportaram a comemoração da torcida, é inviável a falta de segurança num estádio novo? NÃO ABALE A PAIXÃO DO TORCEDOR! SOMOS DO GRÊMIO - JAMAIS NOS MATARÃO". 
arena grêmio avalanche (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Fonte:Globo Esporte

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