terça-feira, 16 de outubro de 2012

São Caetano vence o Ceará, volta ao G-4 e complica sonho do Vozão


Poucas horas após ser ultrapassado pelo Atlético-PR e ter saído do G-4, o São Caetano cumpriu sua missão, fez o dever de casa e venceu o Ceará por 2 a 0 no estádio Anacleto Campanella, voltando à zona de acesso à elite do futebol nacional. Com gols marcados por Marcelo Costa e Marcone, o Azulão segue firme na busca pelo retorno à Série A.
Com direito a polêmica em relação à arbitragem, já que o Ceará reclamou um gol supostamente legítimo quando o jogo ainda se encontrava com o placar em 1 a 0 para o time da casa, o resultado prejudicou bastante os visitantes: com 45 pontos (agora a onze do G-4), o Alvinegro se complicou ainda mais na briga pelo acesso.
O São Caetano volta a campo como visitante, mas não tão longe de casa: enfrenta o vice-lanterna Barueri, na Arena, na próxima sexta-feira, às 19h30m. Já o Vozão encara o ASA, também fora de seus domínios, no mesmo dia e mesmo horário.
Desafio aceito, dever cumprido rapidamente

O primeiro destaque da partida veio logo à tarde. A poucas horas do início da partida, o Ceará conseguiu a substituição do árbitro alagoano Francisco Carlos pelo paulista Rodrigo Braghetto. A diretoria do Vozão teve problemas com o juiz escalado no ano passado, na partida contra o América-MG, pela Série A. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) aderiu ao pedido, protocolado pela entidade.
Dentro de campo, o São Caetano entrou pressionado pelo fato de ter sido ultrapassado pelo Atlético-PR, que assumiu a quarta colocação após vencer o Avaí por 3 a 1. Por isso, tratou de logo criar as chances e, principalmente, de abrir o placar, antes mesmo que o time cearense pudesse pensar em assumir alguma postura para o confronto.
A principal aposta foi nos cruzamentos. Aproveitando a aparente fragilidade do Ceará pelos flancos, os donos da casa tiveram duas chances claras nos dez primeiros minutos, com Diego Corrêa arriscando chute de fora da área e Leandrão finalizando dentro da área. O goleiro Dionantan, bem posicionado, evitou que a equipe fosse surpreendida nas oportunidades bem articuladas pelo Azulão.
O marcador, porém, seria inaugurado logo em seguida. Em vacilo da zaga adversária, Marcelo Costa apareceu bem, à queima-roupa, e desviou de cabeça para as redes, colocando no canto esquerdo no gol. A posição do camisa 10 do São Caetano no lance era questionável. Agitado, o técnico PC Gusmão reclamou bastante com a arbitragem, mas nada ganhou senão uma advertência dura de Braghetto.
Desorganizados, os visitantes se distribuíam mal em campo. A grande chance do empate veio em lance subsequente ao tento anotado pelo Azulão. Itamar se antecipou à zaga adversária e cabeceou forte, tirando o goleiro Luiz do lance. A bola bateu em uma das traves, rolou em frente à linha de gol, mas não entrou. O Vozão melhorou no jogo com o passar do relógio, mas encontrava sérias dificuldades para criar.
A outra "oportunidade de ouro" do time cearense parou nas mãos de Luiz. Magno Alves girou muito bem para cima dos marcadores e, de voleio, mandou chute muito forte no canto direito. O arqueiro do São Caetano se esticou todo e evitou que o placar fosse igualado. Acomodado com o resultado, o Azulão apostou única e exclusivamente nos contra-ataques até o intervalo.
Ceará melhora e insiste, mas Azulão amplia
A etapa complementar começou com o mesmo cenário geral do primeiro tempo: enquanto os donos da casa detinham a posse de bola, o Ceará apostava nas jogadas utilizando Itamar como pivô. A ausência de agilidade nas jogadas ofensivas dificultava as coisas para o time de PC Gusmão, que tinha no lateral Apodi seu único escape dinâmico para o campo de ataque.
Notando as necessidades de sua equipe, o técnico do Vozão colocou Misael no jogo, com o claro objetivo de aumentar o número de chances quantitativa e qualitativamente. Do outro lado, Emerson Leão, resguardado, trocou Éder, meio-campista de criação, pelo volante Marcone, que passou a reforçar a marcação ao lado de Moradei. No entanto, a pressão passou para o time do ABC Paulista, que recuou demais para o seu campo de defesa.
A emoção ficou reservada para os minutos finais: em lance polêmico, Robert cruzou e Misael aproveitou falha de Luiz para tocar de cabeça. Em cima da linha, o zagueiro Gabriel se esforçou para tirar, mas os cearenses chegaram a comemorar o gol de empate e reclamaram muito com a arbitragem, segundo a qual a bola não entrou.
Um minuto depois, a resposta de Marcone veio em grande estilo: em um chute preciso de muito longe, ele colocou a bola no ângulo direito de Dionantan, sem chances para o goleiro adversário. Para o São Caetano, mais um passo em direção à Série A. Para o Ceará, um tropeço que tornou a situação ainda mais complicada.
Fonte:Globo Esporte

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