domingo, 22 de março de 2015

'Mudado', Sheik quer fazer prevalecer lado bom no Corinthians

Emerson Sheik (Foto: Alan Morici/ LANCE!Press)
Enquanto todos declaram o desejo pela permanência de Guerrero, o futuro de Sheik é ainda mais incerto no Corinthians. O jogador também tem contrato até o meio do ano (31 de julho) e sonha em renovar, mas o clube ainda não sabe quem declara vencedor da batalha “bom rendimento + fator decisivo + experiência x comportamento + idade + alto salário”.

O camisa 11, titular no duelo deste domingo, às 16h, contra o Capivariano, na Arena Capivari, quer provar que aprendeu todas as lições e está mudado, como tem declarado.

Os diferentes Sheiks causam receio a quem pesa prós e contras para sua renovação. Até virar o herói da Libertadores na final diante do Boca Juniors, o atacante havia feito 14 gols em 52 jogos, no intervalo de um ano. Depois, em quase dois anos, foram apenas 10 gols em 95 jogos, além de polêmicas extracampo – que, agora, ele jura terem acabado.

Em 2015, já teve um pouco de cada Sheik. Em campo, decidiu nos duelos contra o Once Caldas e São Paulo pela Libertadores. Fora, atrasou-se a um treino e demorou mais que o previsto na recuperação de dores no joelho direito, desfalcando a equipe em jogos do Campeonato Paulista e causando irritação no clube – foi cortado da viagem a Buenos Aires para o duelo contra o San Lorenzo. Casos assim fazem a diretoria esperar “até o último minuto” para ver se vale a pena continuar com ele.

Antes do episódio, ele já havia começado a temporada mais quieto. Após toda a polêmica, prometeu à comissão técnica e diretoria que não dará mais vacilos e decidiu que vai falar no campo para dar trabalho apenas aos rivais. Até para falar de renovação foge de confusão.
- Se não for aqui (o futuro), será em outro lugar bacana. Se eu não renovar, ainda serei eternamente grato ao Corinthians por ter aberto as portas para mim duas vezes - disse o jogador que, fora dos planos de Mano Menezes, foi emprestado ao Botafogo em 2014.

Aos 36 anos e com um salário de R$ 520 mil mensais, o jogador também sabe que será quase impossível manter os padrões em outro clube brasileiro. Quando esteve no Bota, o Timão pagava o salário e recebia metade do clube carioca. Se os “deslizes” fora de campo foram o que mais o atrapalharam, ele garante que não já bebe há mais de dois meses e que cortou más companhias. Este é o Sheik que a diretoria quer ter.

- Alguns meses atrás, abri mão de coisas que eram bacanas para minha vida. A gente trabalha o ano inteiro e quer curtir. Resolvi abrir mão de algumas amizades, de companhias que sempre querem levar a gente para o "bom" caminho, esse que nem sempre é bacana (risos). Tem hábitos que não são bons para atletas. Hoje, por conta da minha idade, estou colhendo frutos - disse.

OS DIFERENTES SHEIKS NO CORINTHIANS
**Até a final da Libertadores
Em campo: Sheik estreou pelo Timão em junho de 2011. Em um ano e um mês, disputou 52 partidas, fez 14 gols e deu 7 assistências. Ele foi primordial para os títulos do Brasileirão (2011) e Libertadores (2012) - no último, fez gol na semifinal contra o Santos e os dois da decisão contra o Boca Juniors (ARG), no Pacaembu.

Fora de campo: Em busca de apagar a saída traumática do Fluminense, o jogador não acumulou polêmicas extracampo. Na época, a grande dor de cabeça para o clube era seu então parceiro de ataque, Adriano. O atacante era irreverente, mas era exemplo no dia a dia.

**Polêmicas e saída

Em campo: No intervalo de um ano e oito meses - da final da Libertadores em diante até sua saída, em março de 2014, o camisa 11 alvinegro disputou 85 jogos e marcou apenas 9 gols, poucos em momentos importantes. Em contrapartida, foram 13 assistências no período. Ele conquistou três títulos (Mundial, Paulistão e Recopa), mas nenhum como protagonista. Reserva no início de 2014 com Mano Menezes, ele acabou emprestado para o Botafogo.

Fora de campo: Os quase dois anos foram marcados por longos períodos no departamento médico, atrasos a treinos e polêmicas. O jogador também foi vistos diversas vezes em festas e baladas e abusava nas provocações aos rivais. Um selinho no sócio Isaac Izar, dono do restaurante Paris 6, também aumento a pressão. Apesar disso, antes da final da Recopa o clube renovou seu contrato, que acabaria no fim de 2013, por mais um ano e meio.

**Nova etapa com Tite
Em campo: Após quase três meses parado, ele voltou ao clube com Tite. Como Malcom estava na seleção de base, ele virou titular ao lado de Guerrero e se firmou, com muita vontade. Foi decisivo nos duelos contra o Once Caldas e São Paulo, pela Libertadores. Voltou a lembrar mais aquele Sheik de antes da Libertadores...

Fora de campo: Não tem aparecido em eventos sociais e nem dado declarações polêmicas. Apesar disso, chegou atrasado a um treino, foi cortado do duelo contra o San Lorenzo, pela Libertadores, e deixou no ar "ter aprendido a lição". Desde então, tem procurado menos exposição.

Fonte: LANCENET! 

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