domingo, 16 de junho de 2013

Balotelli marca e Itália vence o México em estreia na Copa das Confederações

Balotelli marca e Itália vence o México em estreia na Copa das Confederações CHRISTOPHE SIMON / AFP/

O primeiro gol em jogo oficial marcado no novo Maracanã só podia ser um gol de Zico.

Foi.

Quem chutou foi o italiano Pirlo, mas o gol foi típico de Zico. Balotelli sofreu falta na intermediária aos 26 minutos do primeiro tempo de Itália versus México, no grupo do Brasil da Copa das Confederações. Os italianos começaram a pedir, nas cadeiras coloridas do Maracanã:

— Pirlo! Pirlo!

Pirlo estava concentrado, olhando ora para a bola branca, ora para o gol defendido por Corona, esse bom goleiro com nome de cerveja. Quando bateu na bola, o barbudo Pirlo bateu com o lado de dentro do pé direito. Ela alçou um voo veloz e macio, fazendo curva por cima da barreira, e entrou no ângulo. Um gol igual aos tantos que Zico marcou no antigo Maracanã.

A Itália não goleou. Poderia. A vitória de 2 a 1 não fez jus à superioridade desses velhos campeões do mundo. Felipão que fique alerta para a próxima partida do Brasil. A Itália de 2013 não tem nada da equipe pragmática e sem brilho que vez em quando ganha uma Copa de surpresa. Não. A Itália que ontem amassou tecnicamente o México joga pelas pontas, mas quase não levanta a bola para a área. A bola corre na grama, vertical, insinuante.

Balotelli, em tese, é o único atacante. Só em tese. Emanuele Giaccherini e Mattia de Sciglio juntam-se a ele, quando o time ataca. E, no meio, Pirlo organiza e comanda, mesmo muito marcado, como foi o caso de ontem, no Maracanã.

Mas o grande perigo, realmente, é Mario Balotelli. Ontem ele praticamente desconsiderou seus marcadores mexicanos. Parecia estar jogando contra crianças. Chutou com veneno aos 4, aos 6, aos 8, aos 12. Passava pelos mexicanos à esquerda, à direita, pelo meio. Não fez meia dúzia de gols porque ninguém faz meia dúzia de gols em jogos entre seleções nacionais.

Jogos entre seleções nacionais são duros. Tanto que o México, tão mais inferior à Itália, empatou ao 32. Barzagli se atrapalhou na saída de bola, foi pressionado pelo mezzo brasileiro, mezzo mexicano Giovani dos Santos e cometeu pênalti. Hernandez converteu.

Mas, no segundo tempo, a Itália jogou com a naturalidade de um Michelângelo esculpindo em mármore de Carrara. Aos 32 minutos, Balotelli, atropelou a zaga mexicana e fez 2 a 1. Logo em seguida foi substituído, e saiu de campo ovacionado pela massa:

— Uh! Balotelli!

Sim, Balotelli. O Brasil não tem um centroavante como ele. Poucos têm. Cuidado, Felipão. A Itália será um teste rigoroso. Como sempre foi.

ZHESPORTES


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