Muricy Ramalho e Tite se enfrentam nas semifinais da Libertadores vivendo situações em seus clubes bem diferentes em relação ao torneio do ano passado.
Outrora badalado, Muricy hoje é criticado e pressionado por conselheiros santistas.
Com Tite aconteceu o inverso. Resistiu a severos ataques dentro do Parque São Jorge e hoje goza do prestígio de ter dado uma cara competitiva ao Corinthians.
Na Libertadores de 2011, Muricy arrancava suspiros de cartolas santistas. Afirmavam que o técnico fazia diferença durante as partidas. Hoje, porém, é criticado internamente por supostamente depender apenas de jogadas individuais de Neymar e Ganso. Resultado de não ter um leque de jogadas e alternativas táticas.
Seus treinos agora são considerados comuns. E até a postura nas entrevistas é atacada por conselheiros oposicionistas e situacionistas. Afirmam que ele não bate de frente com dirigentes e jogadores como fazia nos tempos de São Paulo. Pelo contrário, elogia atletas e diz que gostaria de ficar para sempre na Vila. Perdeu a pegada, segundo seus críticos, que cresceram após o vexame contra o Barcelona no Mundial.
Tite afastou desconfianças ao vencer o Brasileirão
Enquanto isso, Tite se fortaleceu ao vencer o Brasileirão do ano passado. Ganhou mais fôlego ainda com Mário Gobbi na presidência. O novo comandante admira mais seu trabalho do que o antecessor Andrés Sanchez, que o manteve após a derrota para o Tolima, apesar de não ser seu fã.
Tite ganhou um status no Parque São Jorge que deve garantir seu emprego mesmo em caso de eliminação para o Santos. Mas, sem a taça continental no colo, passará a conviver com o risco de demissão se não iniciar imediatamente a recuperação do time no Brasileirão.
Muricy, aparentemente, também não sofre ameaça de desemprego imediato em caso de queda nas semifinais. Mas passará a comer o pão que o diabo amassou. E, se despachar o Corinthians, ainda terá que convencer a cartolagem de que o time teve o seu dedo, além da genialidade de Neymar e Ganso.
Fonte: Uol
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