segunda-feira, 2 de julho de 2012

Riquelme da Fiel



Menino corintiano chamado Riquelme (Foto: Renato Cordeiro) 


É no bairro de Itaquera – conhecido por abrigar grande parte da torcida do Corinthians, na Zona Leste – que mora Riquelme. Mas este, ao contrário do rival da próxima quarta-feira, no Pacaembu, no jogo que decidirá a Libertadores, não luta pelo Boca Juniors.
Com apenas um ano e dez meses, o garotinho mostra ser muito mais corintiano do que muito marmanjo. Ao receber a reportagem do  não parou um minuto de cantar músicas alvinegras.
Filho de Elizeu Lima, corintiano e comerciante no bairro onde mora, o pequeno Riquelme Rabelo de Lima Ferreira também não vê a hora de soltar o grito de campeão.
O nome foi dado 21 dias antes de o Timão comemorar seu centenário. Na época, o clube negociava para trazer o meia xeneize para o Parque São Jorge. Empolgado com a possível contratação, o pai do menino homenageou o camisa 10. A aposta, no final, não deu muito certo...
– Foi ruim pelo fato de ele não querer vir em 2010. Mas pensei: “Vou dar um Riquelme para o Timão”. Fico chateado quando alguém renega nosso time, mas meu filho é muito corintiano – afirma o pai coruja.

Conheça o corintiano que deu o nome de Riquelme ao filho

Em frente à loja, o pequeno Riquelme cansa de ver corintianos transitarem para lá e para cá. Conhecido como Rique por lá, o garotinho faz a alegria dos vizinhos, sempre jogando bola ou tremulando a bandeira do Corinthians na calçada.
– O meu Riquelme está representando. Se o Timão quiser, já podemos fechar contrato agora mesmo. Ele está ficando bom de bola. É canhoto e vai fazer sucesso – brincou o pai.
Para o feitiço não virar contra o feiticeiro, Elizeu, que comprou camisas do clube argentino para guardar e mostrar ao menino no futuro, tratou de arrumar uma superstição.
– Todas as camisas estão amarradas em nome de Jesus e São Jorge. Não vai adiantar, vamos levar essa.
Quando a bola rolar no Pacaembu, dois “Riquelmes” estarão à postos. Que vença o corintiano!
E com título invicto!
CURIOSIDADES
A escolha do nome
Corintiano fanático, o pai Elizeu Lima tinha três opções para registrar o filho: além de Riquelme, ele queria Jorge Henrique e a esposa optou por Julio Cesar. Ele ganhou no sorteio, mas como tem um Henrique na família, preferiu o nome do camisa 10 do Boca Juniors.
Camisa do Boca
A primeira camisa do Boca que o pai teve (amarrada na foto da capa) veio por meio de um são-paulino também comerciante. O amigo precisava de uma camisa do Corinthians e propôs a troca. Esperando a chegada do verdadeiro Riquelme, Elizeu fez o negócio.
Cânticos
O pai do menino contou que o filho aprendeu a cantar o hino do clube e outras músicas sozinho. Como o leva nos churrascos da Arena Corinthians, promovidos pela torcida, o garoto memorizou tudo.
Nada de festa
Como o “mini-Riquelme” nasceu 21 dias antes da comemoração do Centenário, Elizeu ao menos conseguiu ir na festa promovida pelo clube no Anhangabaú.

Fonte-Lancenet
Juliano.Gouveia
Bate-Bola
Elizeu Lima
Corintiano fanático e pai do menino Riquelme Rabelo de Lima Ferreira
Deu o nome do seu filho homenageando um rival? E na quarta?
Não tem problema. Temos Ralf e Paulinho para segurá-lo ali. Nosso time é de guerreiros e é muito bom. Me orgulho desse time em campo.
Como foi no primeiro jogo na Bombonera? Brincaram com isso?
O pessoal brinca por causa disso. Mas não tem problema. Deixei ele dormindo em casa. Estava cansado. Falei para ele: “Fica aí e descansa amigão, não vai fazer nada contra a gente na Argentina” (risos).
Então costuma dar sorte?
Esse é brasileiro e tem muita alegria no coração. Tenho tanta dificuldade na vida e esse menino me dá muita alegria. Nasceu corintiano. Nas festas fica cantando as músicas do Timão, leva bandeira. Aprendeu a cantar na Arena Corinthians, que é o berço dele.
E pode levar a Libertadores ainda tão novinho. É um privilégio?
Ele veio logo perto do Centenário. Está dando sorte, só vê o time campeão. Foi perto da data que fazia 20 anos da morte do meu pai, que fez eu ser corintiano. Me fazia ver os jogos com ele na TV. Depois que ele faleceu, fui no Pacaembu com meu irmã e nunca mais parei de ir ver os jogos do Timão.

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