Volante Tinga se surpreendeu com Belo Horizonte e se disse tranquilo na nova casa
Conhecida por ser a capital nacional dos bares, Belo Horizonte é considerada por alguns jogadores como um bom lugar para se morar, enquanto para outros atrapalha e dificulta. Na saída do Cruzeiro, no mês passado, o atacante Walter afirmou que um dos motivos de não ter se adaptado ao time celeste foi a falta de acesso rápido a alguns locais. Seus ex-companheiros respeitam a opinião, mas acreditam que a cidade tem mais prós do que contras.
CIDADE AGRADÁVEL E BOA DE MORAR
- Argentino Montillo diz que sua família não teve dificuldade para se adaptar a Belo Horizonte, onde chegou em 2010 para defender o Cruzeiro
Contratado a menos de dois meses pelo Cruzeiro, o volante Tinga afirma que se surpreendeu com sua nova casa e garante estar tranquilo em Belo Horizonte, uma vez que sua família conseguiu se adaptar rapidamente, mesmo tendo se acostumado com a vida em Porto Alegre, onde morou a maior parte do tempo.
“Para mim, em termos de cidade, a coisa é simples: minha família tem que estar bem. Meus filhos estão estudando, jogaram até olimpíada na escola deles. Entraram de férias agora e foram para Porto Alegre, mas já queriam voltar por causa do frio. Eles tiveram uma recepção muito boa e estão gostando daqui”, observou o volante.
Tinga disse que não teve problemas com segurança, trânsito ou assédio até o momento. Porém, admite que esteja com dificuldades num aspecto. “Só tem uma coisa que você tem que tomar cuidado: comida. Se o cara gostar, ele come muito bem. Aqui na Toca é um dos lugares que mais comi bem na vida. Qualquer visita que você faz à casa de alguém, eles te servem uma mesa, um banquete”, contou o jogador.
“Comi um pouco de tudo, em Belo Horizonte. Mas outro dia, comi uma canjica, que estava brincadeira. Ela era muito doce, mas era muito boa. Mas jogador tem que se cuidar e controlar a alimentação”, acrescentou Tinga.
Com o atacante Walter foi diferente. Vindo de Portugal, emprestado pelo Porto, o jogador não conseguiu se adaptar a Belo Horizonte e ao Cruzeiro. Depois de 11 jogos e três gols marcados, ele entrou em acordo para rescindir contrato e se transferiu para o Goiás.
No último dia na Toca da Raposa II, o atacante enumerou motivos para não ter dado certo. “A cidade tem muita obra, demora muito para chegar aos lugares. Era mais de 40 minutos para ir ao shopping, fica até difícil de passear com a família”, afirmou Walter, que ainda revelou não ter bom relacionamento com o grupo.
Nascido em Lanús, uma das cidades que fazem parte da Grande Buenos Aires, o armador Montillo garante não ter tido dificuldades para se acostumar com a vida na capital mineira, desde que chegou, em agosto de 2010. Mas, afirma que não é a mesma coisa se morasse em seu país.
“É uma cidade com um povo agradável, muito boa para se viver. Estamos muito adaptados à vida na capital. Meus filhos já estão na escola e já fizemos alguns amigos também na cidade, que nos ajudam bastante. Acho que existem coisas diferentes do meu país, mas já estamos bem por aqui”, disse Montillo, que não aponta problemas em Belo Horizonte.
O técnico Celso Roth está em sua terceira passagem pela capital. Nas duas primeiras, em 2003 e 2009, o treinador esteve à frente do arquirrival celeste, o Atlético-MG. Para ele, a cidade teve muitas modificações e tem problemas como qualquer outro importante espaço urbano.
“Tem seus problemas, como Porto Alegre tem, São Paulo, e até cidades menores. Mas eu gosto muito daqui. Sempre fui muito bem tratado. Belo Horizonte, sempre quando volto, me deixa satisfeito, não só eu como minha família, que gosta também daqui”, contou o treinador.
Fonte: Uol
Erly Souza
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