Na próxima rodada, o time dirigido por Paulo Autuori enfrenta o São Paulo, quarta-feira, no Morumbi. Já a Lusa jogará somente no domingo, contra o Náutico, nos Aflitos, pela terceira rodada. A partida contra o Fluminense no Canindé pela segunda rodada foi adiada para o dia 12 de junho, em função da disputa das quartas de final da Libertadores.
O Vasco teve três desfalques neste sábado: o zagueiro Rodolfo e o meia Bernardo se recuperam de cirurgias no joelho. Recentemente absolvido da acusação de doping, Carlos Alberto ainda recupera a forma física. O atacante André, última contratação do clube, ainda não foi regularizado. A Portuguesa teve mais problemas: além de Cañete, o zagueiro Moisés Moura, o volante Muralha, o meia Héverton e o atacante Diego Viana, todos machucados, não entraram em campo.
Os números do scout no intervalo mostravam claramente a superioridade do clube carioca. O Vasco teve sete finalizações, quatro bolas levantadas na área, três escanteios a favor e dois contra-ataques. Em todos esses quesitos, a Portuguesa ficou com zero no primeiro tempo. Nos desarmes foram 17 dos cruz-maltinos contra 10 da Lusa, com vantagem para o time da casa também na quantidade de passes certos: 128 contra 93 dos paulistas. A bola ficou 58% do tempo na primeira etapa com a equipe dirigida por Paulo Autuori.
Cãibras atrapalham Vasco no segundo tempo
Sem alterações, os times voltaram para os últimos 45 minutos. E o panorama da partida também não mudou. Sofrendo com erros de passe, a Portuguesa voltou a ficar acuada no seu campo de defesa. E, aos dois minutos, uma bola cruzada por Alisson foi mal cortada por Lima. Tenorio dividiu no alto com o goleiro Gledson, que falhou. O atacante equatoriano não perdoou: 1 a 0. A Portuguesa até tentou ensaiar uma reação com cerca de 10 minutos, mas não conseguia ter volume de jogo suficiente para fazer o Vasco recuar, tampouco para fazer a torcida parar de cantar. Porém, os cruz-maltinos pareceram relaxar com o resultado, a Lusa passou a avançar um pouco mais e os cruzamentos de Souza se tornaram uma ameaça.
O técnico Paulo Autuori resolveu então dar novo gás ao time. Sacou Dakson, que teve atuação apagada embora tenha saído aplaudido, para a entrada do atacante Edmílson. Pouco depois, Fellipe Bastos, cãibras, também saiu, dando vaga a Abuda. Funcionou. O Vasco voltou a dominar as ações, apesar de a Portuguesa se mostrar mais disposta a atacar do que na etapa inicial. As cãibras, aliás, passariam em pouco tempo a ser o principal obstáculo para os cruz-maltinos. Depois de Fellipe Bastos, Alisson também sentiu e, em seguida, o autor do gol, Tenorio, foi ao gramado e precisou de atendimento.
Alisson teve de sair para a entrada de Wendel e o Vasco, dessa forma, perdeu o seu principal articulador. Ainda assim, a superioridade do Vasco era nítida. Apesar da chance de Souza, aos 26, com 31 minutos de jogo o time carioca já somava 65% de posse de bola na partida. E a situação melhorou com a expulsão de Diogo, aos 33 minutos. Ele levou o segundo cartão amarelo por falta em Wendel, em lance que pareceu ser involuntário. Tenorio novamente foi ao gramado sentindo a musculatura. Desta vez, chegou a sair de maca para receber atendimento. Voltou, mas mancando, claramente no sacrifício. O Vasco passou então a dosar o ritmo e administrar o resultado. A vitória na estreia já estava garantida.