Em menos de um ano, Cássio saiu do ostracismo que vivi
a no Holanda, se
transferiu para o Corinthians, virou titular, foi campeão da
Libertadores e, agora, foi convocado para a Seleção Brasileira.
Algo
que, até o ano passado, era impensável. Após acertar com o Timão de
forma sigilosa em setembro e voltar a Veranópolis (RS), onde nasceu,
movido pelo sonho, teve de ralar bastante.
Com sete quilos acima
do peso, iniciou uma pré-temporada extra-oficial no clube da cidade
para chegar bem ao Timão. Conseguiu. E quando entrou, não saiu mais:
–
Ele me disse que na Holanda fazia pouco trabalho específico e pediu
ajuda. É um profissional fora de série. Queria perder peso e treinava
até de domingo. Logo eu disse que ele tinha condição de jogar num clube
grande. Aí, ele me revelou o acerto com o Corinthians. Tudo o que está
acontecendo com ele é merecido – disse ao
LANCENET! o preparador de goleiros Edson Girardi, que o ajudou em dezembro.
-
Ele sempre me pedia mais treino. Às vezes acabava e ele ficava correndo
mais 40 minutos. E treinava em campo duro, com grama às vezes seca e
dura, em que ele ravala o braço. O que sempre me chamou a atenção foi a
sua força de vontade - completou ele.
O NOVO DIDA?Com
1,95m, Cássio tem a mesma altura de Dida, hoje na Portuguesa. Agora, o
corintiano quer ter uma carreira da mesma altura do ídolo, que foi o
último goleiro alvinegro a vestir a amarelinha.
O primeiro passo
foi dado ao receber a convocação para a Seleção Brasileira, onde o
baiano esteve frequentemente entre 1997 e 2006, conquistando duas Copas
das Confederações, uma Copa América e uma Copa do Mundo (em 2002, como
reserva). Esteve nas de 1998 e 2006 também – essa como titular.
O
chamado, porém, não foi o primeiro de Cássio. Poucos se lembram, mas em
março de 2007, quando ele havia acabado de ser campeão sul-americano
sub-20, foi convocado para amistosos por Dunga.
Na ocasião, a
convocação aconteceu após o corte de Hélton, do Porto (POR), que havia
se lesionado. Com 19 anos e despontando no Grêmio – onde trabalhava com o
próprio Mano –, ficou no banco de Julio Cesar nas vitórias contra Chile
(4 a 0) e Gana (1 a 0). Dunga explicou a convocação como uma chance de
observá-lo para a Olimpíada de Pequim. Ele, porém, não foi mais
convocado.
Após o título da Libertadores, um dos mais importantes
da história do Timão - como o Mundial de 2000, quando Dida era o
goleiro-, Cássio volta a ser lembrado.
Fonte-Lancenet
Juliano.Gouveia