sábado, 14 de abril de 2012
Estaduais chegam à reta decisiva e realçam emoção antes das finais
Campeonato Carioca: A Taça Rio alcança a última rodada antes da semifinal - disputada posteriormente em jogos unicos. Os grupos apresentam situações antagônicas. Na chave A, Flamengo e Botafogo já estão classificados e apenas cumprem tabela neste final de semana. Do lado oposto, Bangu (12 pontos), Vasco (11) e Fluminense (10) são candidatos a duas vagas.
O vencedor do segundo turno garante a presença na final do Estadual. Se o Fluminense repetir a conquista da Taça Guanabara, garante o troféu de campeão carioca sem a necessidade de jogar a decisão.
Campeonato Mineiro: Três dos quatro semifinalistas já são conhecidos em Minas Gerais. Os tradicionais Atlético-MG, Cruzeiro e América-MG cumpriram o favoritismo e estão, respectivamente, nas principais colocações. A última vaga deve ficar com o Tupi, que carrega três pontos de vantagem e uma boa diferença no saldo em relação a Nacional-MG e Caldense. A briga do rebaixamento se resume a quatro times: Uberaba, Democrata, América-T.O. e Boa Esporte.
Campeonato Catarinense: O Figueirense demonstra controle total na competição e, depois de ganhar o primeiro turno, só depende das próprias forças para faturar o returno. Se isso ocorrer, três times vão se classificar às semifinais pelo índice técnico. Chapecoense, Metropolitano, Avaí, Herman Aichinger, Joinville e Criciúma carregam esperanças de brigar pelo título. Marcílio Dias e Brusque são os rebaixados.
Campeonato Pernambucano: A última rodada da etapa classificatória irá definir no domingo apenas o último classificado, já que Sport (47 pontos), Santa Cruz (44) e Salgueiro (43) carimbaram o passaporte com antecipação. Em crise, o Náutico enfrenta o Central como visitante e é o favorito total para a vaga, com três pontos e 13 gols de vantagem no saldo diante do Petrolina, que desafia o América-PE. Os líderes Sport e Santa Cruz fazem o clássico na Ilha do Retiro para definir o líder. Do lado oposto da classificação, Araripina e América-PE foram rebaixados.Campeonato Baiano: A competição na Bahia não apresentou surpresas. O líder Bahia (49) e o vice-líder Vitória (40) estão nas semifinais ao lado Feirense (39). A última rodada interessa, todavia, a três clubes que brigam pelo último lugar nas semifinais. O Bahia de Feira leva vantagem sobre o Vitória da Conquista no número de vitórias – ambos somam 32 pontos -, enquanto o Atlético-BA está logo atrás com 31. Não há confronto direto entre as equipes no final de semana. Na zona de rebaixamento, o Itabuna já caiu. Já o Camaçari quer escapar na última rodada. Serrano e Fluminense de Feira de Santana também estão sob risco.
Campeonato Cearense: Os quatro semifinalistas foram definidos com antecipação: o Ceará vai enfrentar o Tiradentes, enquanto o Fortaleza desafia o Horizonte. Na parte de baixo, o Itapipoca já caiu, enquanto Trairiense (17 pontos) e Ferroviário (18) tentam alcançar o Icasa (19) e fugir da segundona.
Campeonato Gaúcho: A Taça Farroupilha vai contar com a disputa das quartas de final neste final de semana com os seguintes confrontos: Veranópolis x São José, Internacional x Cerâmica, Universidade x Pelotas e Grêmio x Ypiranga. O campeão do returno enfrenta o Caxias na decisão.
Campeonato Paranaense: O torneio ainda apresenta três rodadas antes do fim do segundo turno, que tem o Coritiba com quatro pontos na liderança. Se confirmar o título, o Coxa enfrenta o Atlético-PR na decisão.
Fonte:GazetaEsportiva
Italo Diego
Inter enfrenta Cerâmica com força máxima pelas quartas de final
Mesmo que esteja a poucos dias de decidir sua permanência na Copa Libertadores da América, o Internacional não deixa de lado o Campeonato Gaúcho. Neste sábado, o Colorado vai com o que tem de melhor para enfrentar o Cerâmica, pelas quartas de final da Taça Farroupilha. O jogo é decisivo: quem perder (seja no tempo normal ou nos pênaltis) está eliminado, e quem ganhar segue adiante para enfrentar Veranópolis ou São José nas semifinais.
“O Inter é uma equipe muito focada. Sabemos que o objetivo da vez é a classificação para a final do Gauchão. A gente sabe do jogo decisivo na semana que vem, mas somos maduros o suficiente para pensarmos uma competição de cada vez”, assegura o zagueiro Bolívar, confirmado para começar a partida no lugar do lesionado Rodrigo Moledo.
Mas força máxima não significa time completo. O Inter segue com muitos problemas de escalação. Bolívar é o único reserva que atuará na zaga, mas no meio-campo somente Tinga atua, dentre os titulares. Guiñazu e D’Alessandro, praticamente recuperados de lesão, já treinam com bola e podem ficar no banco, mas não começam o jogo. Como Oscar segue impedido juridicamente de jogar, teremos Sandro Silva, Elton e Dátolo compondo o setor ao lado de Tinga.
Na frente, Dagoberto segue em recuperação de lesão muscular na coxa esquerda. Gilberto será o substituto e formará a dupla de ataque com o artilheiro Leandro Damião. Desta forma, serão apenas seis titulares em campo.
O Cerâmica, que fez má campanha na Taça Piratini, se classificou de forma dramática no domingo passado, ao segurar um empate em 0 a 0 com o Novo Hamburgo. “Este grupo comprou a ideia de que era possível alcançar a classificação. Muitos diziam que era impossível, mas agora queremos sonhar mais alto”, desabafou o técnico Hélio Vieira, logo após a partida contra o Anilado.
A equipe de Gravataí, que venceu o time reserva do Inter por 2 a 1, no Beira-Rio, na Taça Piratini, não terá o volante Rafael Carvalho e o atacante Dinei, suspensos. Por outro lado, a dupla de zaga titular, formada por Marcão e Djair, está à disposição de Hélio Vieira. Ambos não atuaram contra o Novo Hamburgo, igualmente por suspensão.
FICHA TÉCNICA
INTERNACIONAL X CERÂMICA
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Data: 14 de abril de 2012, sábado
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Fabrício Neves Corrêa
Assistentes: Júlio César Santos e José Franco Filho
INTERNACIONAL: Muriel; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Sandro Silva, Elton, Tinga e Dátolo; Gilberto e Leandro Damião
Técnico: Dorival Júnior
CERÂMICA: César Luz; Diogo Saraiva, Djair e Marcão; Pedro, Nunes, Spessatto, Maurinho e Rogerinho; Rodrigo Zeferino e Cidinho
Técnico: Hélio Vieira
Fonte:Gazetaesportiva.net
Italo Diego
Santos100anos: Maiores Artilheiros
O Santos completará um século de sua fundação no dia 14 de abril, e o Torcida POP não esqueceu a data. Em algumas matérias, lembraremos de grandes momentos da história santista, uma das mais ricas do futebol brasileiro e mundial. E nada mais adequado do que o TOP 5 para lembrar, em listas, os melhores momentos do Alvinegro Praiano. A começar pelos grandes artilheiros de todos os tempos:
5.º: Feitiço (216 gols, entre 1927 e 1932, além de 1936)
5.º: Feitiço (216 gols, entre 1927 e 1932, além de 1936)
Luís Macedo Matoso nasceu em 1901, e foi o único santista desta lista a não ter integrado o Peixe durante a chamada “Era Pelé”. Considerado um centroavante de raça e coragem, era conhecido por usar o bico da chuteira para chutar a bola, mesmo que estivesse no ar. O termo “artilheiro”, cunhado no futebol uruguaio, foi utilizado pela primeira vez no futebol brasileiro para homenagear Feitiço.
O atacante foi campeão paulista em 1925, e conquistou a artilharia do Estadual em 1923, 24, 25, 29, 30 e 31 pelo Peixe. Como maior curiosidade, em 1935 defendeu a seleção do Uruguai – foi o primeiro estrangeiro a vestir a camisa da Celeste Olímpica.
4.º: Toninho Guerreiro (283 gols, entre 1963 e 1969)
Antônio Ferreira nasceu em 1942, e foi, após Coutinho, o parceiro de Pelé a ter tido mais êxito no ataque do Santos. Era considerado um centroavante de poucos movimentos, que não costumava correr – mas, de forma surpreendente, fazia gols em “chutes malucos”. É o único jogador a ter conquistado cinco Campeonatos Paulistas consecutivos: pelo Santos, levou as edições de 1967, 68 e 69, além de 1970 e 71 pelo São Paulo. O jogador não foi convocado para a Copa de 1970 em detrimento do atacante Dario, pedido do então presidente brasileiro, Emílio Garrastazu Médici.
Pelo Santos, Toninho foi campeão mundial em 1963, faturou a Libertadores no mesmo ano, além da Recopa Sul-Americana em 1968. Também faturou a Taça Brasil em 1964, 65 e 68, além do Rio-São Paulo em 1963, 64 e 66, e os Paulistas de 67 a 69. Foi artilheiro do Paulista de 1966, do Brasileiro de 1968 e da Recopa de 1968 vestindo a camisa santista.
3.º: Coutinho (370 gols, entre 1958 e 1968, além de 1970)
Antônio Wilson Vieira Honório nasceu em 1943, e foi considerado o melhor parceiro que Pelé já teve em sua carreira. Muito habilidoso, Coutinho era especializado nas tabelinhas, até usando a cabeça. Estreou no time profissional com apenas 15 anos, e foi considerado um dos maiores centroavantes da história do futebol. Frio, sabia sempre a hora certa de finalizar, driblava os adversários em espaços pequenos. O próprio Pelé resumia isso: “Coutinho, dentro da área, era melhor que eu. Sua frieza era algo sobrenatural”. Coutinho atuou durante 12 anos contra o Corinthians, sem jamais ter perdido.
A lista de títulos de Coutinho é imensa: Libertadores e Mundial em 1962 e 63; Recopa em 1968; Taça Brasil em 1961, 62, 63, 64 e 65, Brasileiro de 1968, Rio-São Paulo de 1959, 63, 64 e 66; Paulista de 1960, 61, 62, 64, 65 e 67. Enquanto jogador santista, foi integrante da Seleção Brasileira campeã da Copa de 1962. Pelo Peixe, foi artilheiro da Libertadores de 1962, da Taça Brasil de 1962 e de duas edições do Rio-São Paulo: 1961 e 64.
2.º: Pepe (405 gols, entre 1954 e 1969)
Nascido em 1935, José Macia se considera o “maior artilheiro humano da história do Santos”. Pois “Pelé veio de Saturno”, segundo suas palavras. Em 15 anos de Santos, seu único clube na carreira de jogador, fez 405 gols. Para se ter ideia, apenas dois jogadores, fora Pelé, marcaram mais gols por um único clube: Roberto Dinamite anotou 620 pelo Vasco, e Zico marcou 500 pelo Flamengo. Chamado de “Canhão da Vila”, Pepe tinha um fortíssimo chute de esquerda, que fazia suas cobranças de falta serem quase indefensáveis – não foram poucas as vezes em que adversários que estavam na barreira foram derrubados por boladas. No segundo jogo do título mundial de 1963, marcou dois gols de falta.
Pelo Santos, foram nada menos que 13 Paulistas: 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969. Além disso, Libertadores e Mundial em 1962 e 63, a Recopa de 1968, a Taça Brasil em 1961, 62, 63, 64 e 65; o Brasileiro de 1968, e o Rio-São Paulo de 1959, 63, 64 e 66. Como treinador, ainda levou o Paulista de 1973 pelo Peixe.
1.º: Pelé (1.091 gols, entre 1956 e 1974)
O nome Edson Arantes do Nascimento dispensa apresentações. Nascido em 1940, Pelé é considerado apenas o maior jogador de futebol da história. Com 1.281 gols marcados, é o maior artilheiro da história do esporte. Dentro de campo, foi um jogador completo: chutava bem com os dois pés, cabeceava de forma precisa, passava, lançava, marcava. Pela Seleção Brasileira, também é o maior artilheiro da história, sendo um dos responsáveis pela criação da mística da camisa canarinho. Talvez a importância de Pelé possa ser melhor resumida em sua lista de títulos e artilharias pelo Santos.
Pelé conquistou, pelo Peixe, os Paulistas de 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973, os torneios Rio-São Paulo de 1959, 1963, 1964 e 1966, os Brasileiros de 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968, as Libertadores e Mundiais de 1962 e 1963, além da Recopa de 1968. Vestindo a camisa do Santos, ganhou três Copas do Mundo pela Seleção Brasileira, em 1958, 1962 e 1970. A lista de artilharias também impressiona: liderou os goleadores do Paulista em 1957, 1958 (com 58 gols, recorde da história do Estadual), 1959, 1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1968 e 1973, foi artilheiro das Taças Brasil de 1961 e 1963, do Rio-São Paulo de 1963, dos Mundiais de 1962 e 1963, além da Libertadores de 1963.
Italo Diego
Santos100anos: Livros do Clube
O Santos completará um século de sua fundação no dia 14 de abril, e o Torcida POP não esqueceu a data. Em algumas matérias, lembraremos de grandes momentos da história santista, uma das mais ricas do futebol brasileiro e mundial. E nada mais adequado do que o TOP 5 para lembrar, em listas, os melhores momentos do Alvinegro Praiano. O Peixe tem uma lista de grandes obras, e aqui, temos cinco sugestões para quem quer conhecer mais sobre o clube – além, claro, do novo livro de Odir Cunha, “Santos FC – 100 Anos de Futebol Arte”, lançado no início de abril, com um depoimento de Pelé (acima, a foto no pré-lançamento):
Time dos Sonhos – História Completa do Santos Futebol Clube (2003) – Odir Cunha
Time dos Sonhos – História Completa do Santos Futebol Clube (2003) – Odir Cunha
Este livro é considerado a “bíblia” santista. É o livro mais completo sobre a história do clube. Trabalho de dez anos de pesquisa do jornalista Odir Cunha, a obra conta a história do Peixe de sua fundação até o título brasileiro de 2002.
Santos, Um Time Dos Céus – 2a.Edição Revisada e Atualizada (2007) – José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta
O jornalista José Roberto Torero é conhecido por seus artigos descontraídos. Ao lado de Marcus Aurelius Pimenta, lançou uma obra bastante criativa, que conta o nascimento e desenvolvimento do Santos em primeira pessoa.
Bombas de Alegria (2006) – José Macia (Pepe)
O ponta-esquerda Pepe é o segundo maior artilheiro da história santista, tendo jogado ao lado de Pelé. O livro conta histórias de bastidores do futebol na época dos títulos mundiais do Santos, além de vários casos registrados ao longo de 25 anos de vivência no futebol brasileiro.
Pelé – A Autobiografia (2006) – Edson Arantes do Nascimento (Pelé)
O livro, escrito pelo próprio Rei, conta de forma simples a vida de Pelé, desde a infância pobre até a conquista do mundo. Como o pequeno mineiro se tornou lenda, chegando a ser ministro de Estado, além de expor um lado humano do jogador – as brigas com dirigentes e o desencanto com a política brasileira.
Na Raça! – Como o Santos Se Tornou o Primeiro Bicampeão Mundial (2008) – Odir Cunha
O jornalista Odir Cunha já foi citado antes, no livro sobre a história do Santos. Agora, esta nova obra conta os fatos, contexto histórico, opinião de treinadores e jogadores, a visão da imprensa nacional e europeia diante do inédito bicampeonato mundial, contra o Milan, em 1963.
Italo Diego
Santos100anos: Grandes Jogos
O Santos completará um século de sua fundação no dia 14 de abril, e o Torcida POP não esqueceu a data. Em algumas matérias, lembraremos de grandes momentos da história santista, uma das mais ricas do futebol brasileiro e mundial. E nada mais adequado do que o TOP 5 para lembrar, em listas, os melhores momentos do Alvinegro Praiano. Após falar dos grandes artilheiros, chegou a hora de lembrar de grandes jogos do Peixe. Não foram poucas as partidas, então selecionamos apenas cinco delas:
2002 – Corinthians 2 x 3 Santos – Campeonato Brasileiro
Já se passavam 18 anos do último título importante do Santos, e uma geração de jovens despontava na Vila Belmiro: liderados por Diego, com apenas 17 anos, e Robinho, com 18, o Peixe se classificou na oitava posição na fase de classificação do Brasileiro de 2002. Após eliminar o favorito São Paulo, a equipe ganhou embalo e chegou à final contra o rival Corinthians. A vitória por 2 a 0 no primeiro jogo deixou a torcida santista animada, mas foi o jogo de volta, no Pacaembu, que selou a geração dos “Meninos da Vila”.
Diego sentiu uma distensão e saiu logo a dois minutos de jogo. Golpe duro para o Santos, que não sentiu o baque. Tanto que, aos 37 minutos do primeiro tempo, um lance emblemático abriu o placar: Robinho recebeu a bola, e começou a pedalar na frente do lateral Rogério. Oito pedaladas depois, um toque na frente, o pênalti claro, cobrado pelo próprio atacante. 1 a 0 Peixe. Mas o segundo tempo reservava mais emoções: Deivid e Ânderson viraram o jogo para o Timão, que passou a pressionar. Até que, aos 43 do segundo tempo, Robinho matou o adversário em um contra-ataque, tocando para Elano empatar o jogo. E, nos acréscimos, outro contra-ataque, e a bola sobrou para Léo consolidar o placar. 3 a 2 Santos, e o inédito título do Campeonato Brasileiro (que depois veio a se juntar às conquistas dos anos 60, equiparadas pela CBF).
1958 – Santos 7 x 6 Palmeiras – Torneio Rio-São Paulo
A partida não valia mais nada pelo Torneio Rio-São Paulo, mas acabou entrando para a história por muitos, que consideram a melhor partida do futebol brasileiro em todos os tempos. 13 gols, três grandes viradas no placar, e… cinco ataques cardíacos fatais. Isso resume bem o que foi o jogo entre Santos e Palmeiras, no dia 6 de março de 1958.
“É inacreditável. Até hoje encontro torcedores na rua que comentam esse jogo. Parece que ninguém consegue esquecê-lo”, lembrou Mazzola, ex-jogador do Palmeiras, que marcou dois gols naquela partida. Urias abriu o marcador para o Palmeiras, o Santos virou com Pelé e Pagão, e Nardo empatou o jogo novamente. A reação palmeirense morreu aí: Dorval, Pepe e Pagão deixaram o placar em 5 a 2 a favor do Santos no intervalo. Até que o Verdão acordou, e fez algo inacreditável: Paulinho, Mazzola (duas vezes) e Urias viraram o marcador para o Palmeiras. Faltando dez minutos, o Peixe decidiu matar todo mundo do coração: com dois gols de Pepe, o placar acabou finalizado em 7 a 6.
1962 – Santos 3 x 0 Peñarol – Final da Taça Libertadores
Uma decisão absolutamente eletrizante – é como se pode resumir a primeira conquista santista da Libertadores. Em três batalhas, o Peixe começou na frente vencendo o Peñarol no Estádio Centenário. Mas não foi fácil: os uruguaios saíram na frente com um gol do equatoriano Spencer (maior artilheiro da história da Libertadores). Mas dois gols de Coutinho deram a vitória ao time que não contava com o ainda contundido Pelé. Que também não esteve em campo no segundo jogo, na VIla Belmiro: Spencer abriu o placar novamente para os aurinegros. Dorval e Mengálvio viraram o marcador, mas Spencer e Sasía viraram o marcador. No fim, Pagão marcou um gol que, polemicamente, foi “anulado” na súmula do dia seguinte. Sim: um gol que não valeu, em um jogo que “já estava encerrado”. Com o 3 a 2, a decisão foi para campo neutro, em Buenos Aires.
Desta vez, Pelé entrou em campo. E o Santos começou arrasador, marcando com Coutinho, antes de dez minutos de jogo. A equipe não deixava o Peñarol jogar, mas o placar acabou permanecendo até o intervalo. No retorno ao segundo tempo, Pelé e Coutinho decidiram demolir de vez os uruguaios: com três minutos, o Rei ampliou o placar, e Coutinho sepultou de vez o Peñarol no minuto final. 3 a 0, em um jogo decidido pelos jogadores santistas – e não pelas confusões do jogo na Vila Belmiro. A América era, enfim, do Peixe!
1963 – Boca Juniors 1 x 2 Santos – Final da Taça Libertadores
Campeão da Libertadores no ano anterior, o Santos entrou na semifinal da edição de 1963. Eliminou o Botafogo nas semifinais, empatando no Pacaembu e massacrando, aplicando implacáveis 4 a 0 no Maracanã. Chegou a hora da grande final, contra o temido Boca Juniors. O jogo de ida, em São Paulo, parecia caminhar rumo a uma decisão tranquila: Coutinho, duas vezes, e Lima abriram 3 a 0, com menos de 30 minutos de jogo. Mas dois gols de Sanfilippo deixaram claro que o Boca não iria se entregar facilmente: 3 a 2 Santos. Mas o jogo de volta ficou guardado na memória santista.
Uma vitória do Boca, em uma Bombonera abarrotada de torcedores, levaria a decisão para um terceiro jogo – e o gol de Sanfilippo, no primeiro minuto do segundo tempo, parecia mostrar isso. Mas Coutinho empatou o jogo pouco depois, e o jogo passou a ser uma imensa pressão argentina. A menos de dez minutos do final, brilhou a estrela do Rei Pelé, que marcou o segundo gol santista, calando a torcida do Boca, e garantindo o segundo título da Libertadores – o Peixe permanecia com a coroa do continente.
1963 – Santos 1 x 0 Milan – Mundial de Clubes de 1963
Após passar pelo Boca Juniors e levar a sua segunda Libertadores, o Santos teria pela frente o Milan, que venceu o Benfica pela Copa dos Campeões da Europa. O primeiro jogo aconteceu no estádio San Siro, e os italianos venceram por 4 a 2. Pelé marcou os dois gols santistas, mas saiu machucado de campo. O Rei não entrou em campo no segundo jogo, em um Maracanã tomado por 132 mil espectadores. Com 17 minutos, o Milan vencia por 2 a 0 – só com a virada, um jogo-desempate aconteceria. Como de fato acabou ocorrendo no segundo tempo: dois gols de Pepe, um de Almir e um de Lima. A decisão foi para o terceiro jogo, também no Maracanã.
120 mil torcedores lotaram o Maracanã, em um jogo completamente truncado. O lance decisivo aconteceu aos 29 minutos de jogo: Maldini derrubou Almir dentro da área. Pênalti e expulsão do defensor milanês. Dalmo converteu a cobrança, fazendo o único tento do jogo. Para a festa de toda a torcida, o Peixe venceu, e conquistou o planeta pela segunda vez.
Italo Diego
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