Alemão da Red Bull critica imprensa: “É decepcionante, mas enganos acontecem às vezes”
Sebastian Vettel ainda desaprova a manobra de Lewis Hamilton no GP da Alemanha, mas negou ter chamado o inglês da McLaren de “estúpido” em uma entrevista após a corrida.
Em Hockenheim, Hamilton, na tentativa de retornar à volta do líder Fernando Alonso, decidiu ultrapassar o alemão da Red Bull enquanto o último lutava para se aproximar do espanhol.
“Se eu disse após a corrida que isso [a ultrapassagem] foi desnecessário e foi colocado como se eu dissesse que ele era estúpido, é muito decepcionante porque tenho uma boca, digo um punhado de palavras, vocês têm ouvidos, mas parece que de alguma forma, nesse processo, enganos acontecem às vezes”, disse o alemão nesta quinta-feira, em Hungaroring, sede da 11ª etapa do campeonato.
“Se você analisar o regulamento, você pode fazer isso, mas era desnecessário. Perseguia Fernando, havia algumas voltas para o pitstop e isso não me ajudou. Provavelmente ajudou Jenson, mas isso é corrida. Não estou reclamando, estou dizendo que, do ponto de vista esportivo, distrair os líderes era desnecessário, não importa quem seja”, acrescentou.
No fim da corrida na Alemanha, Vettel ainda recebeu uma punição por ultrapassar Jenson Button por meio da área fora da pista, caindo da segunda para a quinta colocação. Embora tenha superado a questão, o alemão admite que agradeceria à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) se a posição original fosse restituída.
“Para ser sincero, o que aconteceu, aconteceu. Eu não estou em Hockenheim, estou na Hungria e ansioso pela prova. Mas obviamente gostaria de ter um feedback da direção da corrida assim que possível ou mesmo do time. Ter uma ideia de fora ajudaria, mas para mim era legal, por isso eu o fiz. No fim das contas, era ilegal e por isso fui punido”, acrescentou o alemão.
Bicampeão minimiza polêmica acerca de mapeamento do motor Renault
A limitação imposta pela FIA ao mapeamento dos motores do RB8 não deve ter um grande efeito na competitividade da Red Bull, de acordo com Vettel. Na opinião do alemão, os engenheiros da equipe não analisam a questão de forma tão séria quanto os observadores dos outros times e da própria FIA.
“É claro que há muita discussão e houve conversas no sábado à noite e no domingo, o que não foi bom para nós em termos de preparação para a corrida. Soubemos o que aconteceria apenas uma hora antes da prova, mas assimilamos isso e foi bom começar no mesmo posto do grid. Para ser sincero, houve mais alarde nos textos e nas discussões do que no mapeamento do carro”, argumentou.
O piloto da Red Bull, entretanto, admitiu que as mudanças podem fazer uma diferença no manuseio do carro – o programa de gerenciamento de motor da equipe reduz o torque da unidade e, na prática, reproduz parcialmente o efeito do escapamento aerodinâmico, recurso proibido pelo regulamento.
“Os carros estão diferentes em relação ao ano passado, principalmente na instalação do escapamento. Se você analisar o que as pessoas estão fazendo, é como na temporada anterior, todo mundo tenta fazer seu melhor. Mas não é como se o carro não funcionasse mais. Estamos confiantes de que nada vai mudar”, pontuou Vettel.
“É claro que teremos o mesmo equipamento de Hockenheim, mas aqui é um pouco diferente. É difícil lhe dar um desenho: se são dois décimos, meio décimo, ou nada. Não podemos medir esta diferença”, completou o alemão, atualmente terceiro colocado no Mundial, com 110 pontos.
Fonte: Uol
Erly Souza
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