Técnico do Atlético/PR fala sobre drama familiar e "adota" Rodolfo

Jorginho revelou problema do filho com as drogas e promete apoio ao goleiro, flagrado em antidoping

Jorginho já passou por problema parecido

O goleiro Rodolfo, do Atlético/PR, foi flagrado em exame antidoping na Série B do Campeonato Brasileiro deste ano e causou surpresa aos companheiros e integrantes da comissão técnica que estão ao seu lado no dia a dia. Mas a notícia teve um significado diferente para o técnico rubro-negro Jorginho, que viveu situação parecida dentro da própria casa, com seu filho, e que lhe levou a tomar decisões drásticas na carreira.

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“Em 2003 eu perdi a minha irmã. Meu filho se revoltou e para não perdê-lo para as drogas, eu parei de jogar. Ele não aceitava a situação de ter perdido a madrinha. Aí evitei jogar futebol para cuidar do meu filho. Fiquei dois anos e meio em casa cuidando dele, sendo um pai presente. O futebol nos tira de casa, nos deixa nervosos, revoltados, e às vezes descontamos na família”, contou, em reportagem do jornal Gazeta do Povo.

O fato de já ter vivido esta experiência fez com que Jorginho enxergasse o problema com outro olhar, com mais compaixão, e com um cuidado de pai para filho com o jogador do Atlético/PR.

“Para mim, o Rodolfo é como se fosse meu filho. Não adianta só falarmos. Temos de tirá-lo desse buraco, tirá-lo dessa doença e dar total apoio a ele. E se ele quiser, terá um paizão aqui, com toda certeza”, garantiu.

O volante João Paulo também afirmou que os companheiros de Rodolfo estarão ao seu lado para ajudar o goleiro. “Conversamos bastante sobre isso e vamos dar o apoio necessário. O que depender de mim, ele pode ficar tranquilo”, contou o jogador, ainda na reportagem da Gazeta do Povo.

Mas ainda que conte com este apoio, dificilmente o jogador deverá escapar de uma suspensão pesada no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A defesa já está a cargo do advogado Domingos Moro. Mas enquanto isso, o clube já dá suporte ao jogador e ainda estuda medida para prevenir possíveis casos semelhantes no CT do Caju.

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Fonte: Uol

Erly Souza