Foi um jogo equilibrado como se previa, mas no período final o Brasil sofreu uma pane mental-técnica-tática (21-9), parou, perdeu da França por 73-58 e viu a sua situação no Grupo B se complicar demais na competição.
Cestinha com 17 pontos, Érika foi muitíssimo bem principalmente no primeiro tempo (13 pontos), mas, com exceção de Karla (13 pontos), foi pouquíssimo auxiliada no ataque e errou demais na segunda etapa (seis erros!).
Ao contrário de Pequim-2008, não houve o famoso nervosismo da estreia. Nos minutos iniciais, o Brasil foi bem, chegou a abrir vantagem, mas fechou o primeiro quarto com 20-16 apenas. No segundo período, Érika precisou descansar, Tarallo esqueceu que não poderia deixar a pivô e Adrianinha ao mesmo tempo juntas no banco (que mancada, hein) e as europeias viraram a partida com uma parcial de 7-1. As duas mais experientes voltaram, a partida voltou a ficar equilibrada até o intervalo (34-34).
Mas, e isso eu também já havia notado nos amistosos, o Brasil voltou terrível do intervalo (mérito do técnico adversário, e uma falha anunciada na visão, ou na falta dela, de Luiz Claudio Tarallo). Não percebeu que Dumerc (23 pontos e cinco assistências) seguia comandando as ações, que as pivôs estavam somente preocupadas com Érika (no ataque, foram pouco acionadas), que as coadjuvantes ganhavam confiança a medida que seus arremessos caíram (Laborde saiu do banco para anotar sete rápidos pontos) e que o jogo de meia-quadra só fazia sentido para as europeias.
Com isso, a velocidade das brasileiras foi contida, as francesas jogaram completamente soltas e a vitória das europeias veio sem muito susto com um quarto período tenebroso do time de Tarallo, que não percebeu que o jogo de Dumerc estava fluindo sem a menor marcação por perto e que suas meninas perderam completamente a vibração e a intensidade.
O Brasil volta a jogar na segunda-feira contra a Rússia (12h45), e a situação agora é absurdamente preocupante. Depois das russas, é a vez das favoritas australianas. Depois, Canadá, que hoje quase venceu a Rússia, e Grã-Bretanha. Passar em terceiro para evitar os Estados Unidos passa a ser quase impossível. Passar de fase, difícil pelo basquete apresentado neste sábado.
Fonte: Uol
Erly Souza
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