Magnano tenta coroar trabalho de dois anos à frente da seleção com classificação à semifinal em Londres
A seleção masculina faz nesta quarta-feira a partida mais importante desde que o técnico Rubén Magnano assumiu a direção do time em 2010. O argentino que assinou a façanha de conduzir a seleção de seu país ao título olímpico nos Jogos de Atenas tem pela frente a missão de enfrentar os seus compatriotas, no obstáculo que resta ao Brasil por uma volta à semifinal do evento após 44 anos.
Medalha de bronze em três oportunidades, o Brasil não alcança as semifinais do basquete olímpico desde os Jogos de 1968, na Cidade do México. Na oportunidade, o time de Wlamir Marques caiu diante dos Estados Unidos na semifinal e depois fracassou contra a União Soviética na disputa pelo terceiro lugar. De lá para cá, gerações como a de Oscar Schimdt até passaram perto, mas não conseguiram chegar a esta etapa da competição.
ARGENTINA PELO 3º PÓDIO SEGUIDO
Se por um lado o Brasil busca um retorno à semifinal olímpica depois de 44 anos, a Argentina tenta alcançar o pódio no evento pela terceira edição seguida, no desfecho da geração que tem em Manu Ginóbili (foto) seu grande expoente. Campeã olímpica com Rubén Magnano em Atenas-2004, a seleção sul-americana vem de um bronze nos Jogos de Pequim. |
A Argentina é uma espécie de inimigo íntimo da seleção, a começar pela presença do campeão olímpico Magnano no banco de reservas brasileiro. Porém mais do que isso, os rivais sul-americanos carregam para a quadra da arena O2 em Londres um histórico recente de confrontos decisivos, quase todos favoráveis ao time de Manu Ginóbili e Luis Scola.
Brasileiros e argentinos trazem mais fresco na memória os embates no Pré-Olímpico do ano passado em Mar del Plata, quando os brasileiros conseguiram bater os rivais em sua casa em vitória decisiva para a classificação para Londres. No entanto, os locais acabaram levando a melhor na partida final do torneio.
Mas a lembrança mais doída é o revés nas quartas de final do Mundial de 2010, na Turquia, quando os brasileiros estiveram perto da classificação (placar de 93 a 89).
"A gente conhece muito bem a Argentina, sabe o que fazer. E o nosso comandante conhece muito bem eles. Teve o jogo do Mundial, por isso pode ser uma revanche", afirmou o ala Alex.
Magnano vê o Brasil mais maduro em relação ao confronto do Mundial: "O Brasil já vem mostrando uma cara, uma intenção de jogar basquete desde aquele torneio. Acho que isso está claro".
Há quem diga que a chave para a seleção superar a Argentina e chegar à semifinal é anular o jogo de Scola. Com a fama de se agigantar contra o Brasil, o pivô foi decisivo para a equipe de seu país no confronto do Pré-Olímpico de 2007 e, principalmente, nas quartas de final do Mundial de 2010 ⎱ pontos e nove rebotes]. No entanto, Magnano acredita que na verdade precisa quebrar a sintonia do astro com dois outros companheiros de time.
"Ele é humano. Os franceses conseguiram fazer uma marcação, e ele não teve uma noite proveitosa. O que penso mesmo é em como cortar este circuito Prigioni, Ginóbili e Scola", analisou o treinador, em menção à vitória da França sobre a Argentina na primeira fase.
As duas equipes se enfrentaram recentemente no trabalho de preparação para a Olimpíada. Primeiro, em Buenos Aires, o time de Magnano pecou no fim e deixou escapar o triunfo. Mas dias depois os brasileiros enfim venceram os rivais, que não contaram com Ginóbili nesta data, em partida em Foz do Iguaçu.
O clássico sul-americano do basquete masculino acontece às 16h (de Brasília) desta quarta-feira. O vencedor do confronto terá como adversário na semifinal o ganhador do duelo entre Estados Unidos e Austrália. A seleção brasileira se classificou em segundo lugar em seu grupo e vem de triunfo sobre a Espanha.
Fonte: Uol
Erly Souza
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