A história de uma torcedora fanática por Lucas , do São Paulo, acabou em violência. Milena Pscheidt, 14 anos, fez contagem regressiva em um calendário para ver o jogador de perto. O dia chegou, mas aquele 30 de setembro acabou sendo um misto de alegria com momentos de aflição. Era a última oportunidade que Milena tinha de assistir, ao vivo, a um jogo do ídolo, que deixa o Tricolor Paulista no fim do ano rumo ao Paris Saint-Germain, da França.
Residente na cidade de Rio Negrinho, em Santa Catarina, ela viajou com a família 120km até o Couto Pereira. O passeio estava programado há 60 dias, quando Milena começou a contar os dias para se despedir de Lucas. No fim da partida, que terminou empatada em 1 a 1, pediu ao ídolo a camisa usada no duelo. Foi atendida, mas o ato causou revolta nos torcedores do Coritiba que estavam ao redor. E Milena foi atacada e ameaçada.
- Eles começaram a pegar no meu braço e a puxar a camisa. Meu pai me abraçou e não deixou ninguém chegar perto – conta Milena
O pai, Milton Pscheidt, que foi ao estádio para realizar o sonho da filha, foi ameaçado durante a confusão e teve de ceder a camisa aos vândalos. Sem o apoio da polícia, a família se retirou de campo para evitar o pior.
- Um cidadão tomou meus óculos na hora do empurra-empurra e disse que, se eu não devolvesse a camisa, jogaria meu óculos no fosso – diz o pai
Milena joga futsal no time da escola e passou a ser conhecida pelos colegas como a "menina da camisa". Acusada de ter provocado os torcedores rivais, a garota se defende.
- Eu li algumas reportagens que diziam que eu comemorei o gol, mas eu não fiz isso. Eu só olhei pro meu pai e dei uma risada, mas eu não comemorei – garante.
- Recebi ameaças pela internet de que se aparecer em Curitiba e alguém me reconhecer, vou apanhar - conta a garotaLucas se manifestou pelo Twitter e lamentou que ainda existam atitudes como essa nos estádios brasileiros. Mesmo assim, a adolescente ainda está assustada.
Após o susto, Milena foi convidada para ir ao vestiário do São Paulo. Ela conheceu o jogador, tirou foto e ainda levou a camisa 7 para casa. Autografada.
- Não precisava disso. Acho que alguma punição deveria ter para esses torcedores, porque o resto da torcida não se envolveu – diz a fã de Lucas
A família ainda não decidiu se vai registrar queixa na polícia.
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