O técnico Mano Menezes demonstrou tensão durante quase toda a convocação da seleção brasileira
Frustração após o fracasso nas Olimpíadas, pressão por bons resultados imediatos e duras críticas de Romário. Com estes e outros temas para responder, Mano Menezes chegou para a entrevista coletiva desta quinta-feira. O técnico da seleção brasileira não escondeu o semblante tenso. Durante 40 minutos, abriu o sorriso apenas quando Ronaldinho Gaúcho, meia do Atlético-MG, foi citado por um jornalista.
Após o anúncio dos convocados para os amistosos contra África do Sul e China, dias 7 e 10 de setembro, no Morumbi, estádio do São Paulo, e no Arruda, casa do Santa Cruz, o treinador brasileiro começou a responder os questionamentos. Mano Menezes escolhia cuidadosamente as palavras e optou por não estender determinados assuntos, como as críticas feitas pelo ex-atacante Romário.
O gelo só foi quebrado quando um jornalista perguntou sobre a possibilidade de medalhões voltarem ao time até a Copa do Mundo de 2014, casos de Kaká, Robinho e Ronaldinho Gaúcho. O último foi colocado pelo profissional de imprensa como um dos destaques do Campeonato Brasileiro. Mano sorriu e deixou claro que não faz parte dos planos contar com o camisa 49 do Atlético-MG em um fututo próximo.
“Também acho (risos). Está fazendo um belo campeonato, não é? Muitas vezes dizem que os grandes jogadores têm a capacidade de surpreender, mas não podemos andar em volta e não vou fazer isso. Não fecho as portas, penso que a seleção tem de estar o mais forte possível. É preciso ficar atento aos detalhes. Vamos saber separar bem uma coisa da outra. É importante que os jogadores que retornaram agora passem maturidade ao time”, afirmou.
Depois do momento de descontração, Mano Menezes voltou a falar sobre pressões no trabalho e questões delicadas. A demissão antes do Mundial no Brasil também foi tema. O treinador reafirmou que se sente estável no delicado posto.
“Nunca me preocupei com isso. Desde o primeiro dia vocês (imprensa) me perguntaram sobre o assunto. Não é uma questão que me preocupa, só quero fazer o melhor e continuar vencendo. A última derrota com a seleção completa foi para a Alemanha (3 a 2), quase um ano atrás. Estamos fazendo o que precisa e definindo uma seleção com um grupo bastante direcionado. É difícil construir, mas o caminho é esse e as coisas precisam ser definidas dentro de uma linha”, encerrou.
Fonte: Uol
Erly Souza
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