A conquista da Copa do Brasil tinha tudo para alavancar a campanha de Arnaldo Tirone à reeleição no Palmeiras, no início de 2013, e enterrar a oposição. Mas não foi isso o que aconteceu. Oposicionistas souberam capitalizar em cisma do triunfo, alardeando a vontade de manter Felipão como treinador, enquanto a direção se mostrou indecisa.
Na festa de comemoração do título, nesta quinta à noite no clube, aliados de Paulo Nobre, pré-candidato da oposição, espalharam que o grupo considera fundamental a permanência de Scolari para uma boa campanha na Libertadores.
O gesto de aproximação em relação ao treinador, muitas vezes achincalhado pela oposição, contrasta com a postura da diretoria. O vice Roberto Frizzo declarou que não vê com bons olhos tomar uma decisão que deixe a próxima diretoria engessada em relação ao técnico.
O contrato de Scolari, que termina em dezembro, seria renovado antes da eleição, deixando o próximo presidente sem opção.
E declarações do presidente Arnaldo Tirone à Folha de S.Paulo irritaram colaboradores do dirigente. Ele afirmou ao jornal que não sabe se Felipão irá ficar, mas garantiu que não dará aumento ao técnico.
Tocou num assunto delicado. Felipão fica furioso quando falam de seu salário. Além disso, a declaração demonstra indecisão num momento em que o clube precisa iniciar o planejamento para a Libertadores.
Na avaliação de membros do grupo de Tirone, o presidente deveria ter sido mais político. Poderia declarar publicamente que está estudando a proposta a ser feita para o técnico e que poderia oferecer um gordo bônus em caso de sucesso na Libertadores como compensação financeira para Scolari.
O UOL Esporte mostrou hoje que Tirone tem como uma de suas prioridades manter Scolari, o que aumentou a indignação de seus correligionários com o tom indeciso mostrado na Folha de S. Paulo.
Fonte: Uol
Erly Souza
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