São Paulo x Palmeiras é um duelo de muita rivalidade e, como tal, envolve tensão, nervosismo. São 76 anos de história e 286 confrontos realizados. Decisões de campeonatos, triunfos históricos de lado a lado e heróis que se sucederam. Além de toda essa carga, o Choque-Rei deste sábado, às 16h (horário de Brasília), no estádio do Morumbi, tem ainda mais ingredientes para torná-lo tenso. Os dois times estão em situações diferentes na classificação do Campeonato Brasileiro, mas igualmente pressionados.
De um lado, o Tricolor, comandado por Ney Franco, necessita da vitória para manter sua caça ao G-4 do Campeonato Brasileiro - com 43 pontos, o time está quatro atrás do Vasco, que tem 47. Obcecado por uma vaga na Taça Libertadores de 2013, a equipe do Morumbi ataca em duas frentes. Além do nacional, se mantém na Copa Sul-Americana - atualmente disputa as oitavas de final e está a um empate sem gols com o LDU de Loja, do Equador, no Morumbi, para avançar.
A situação do Verdão é a mesma. Vivo na Copa Sul-Americana (também nas oitavas, podendo até perder por um gol para o Millonarios, da Colômbia, fora), mas em situação delicada no Brasileiro, o time precisa do triunfo para diminuir sua desvantagem para o Coritiba, primeiro clube que está fora da zona do rebaixamento e rival na rodada seguinte. O Coxa, 16º, tem 32. O Verdão, 18º, tem 26 . O time que capengava nas mãos de Luiz Felipe Scolari ganhou nova vida com Gilson Kleina. Venceu seus últimos três jogos, marcou nove gols e deu nova esperança ao torcedor.
Os dirigentes palmeirenses resolveram apimentar o confronto ao tentarem vetar a escalação do árbitro Paulo César de Oliveira. O clube alega que é prejudicado desde 1997 e encaminhou à CBF um dossiê contendo 28 supostos erros do árbitro contra o clube. A iniciativa não surtiu efeito e ainda provocou críticas do técnico são-paulino Ney Franco, que acusou os dirigentes de quererem influenciar a arbitragem.
Objetivos traçados, pressão na arbitragem, expectativa de grande público. Por tudo isso, a expectativa é de um duelo aberto e ao mesmo tempo nervoso. A partida será transmitida para todo o país pelo canal Premiere, através do sistema pay-per-view. O GLOBOESPORTE.COM também acompanhará o duelo em Tempo Real, com vídeos exclusivos, a partir das 15h30m.
São Paulo: o técnico Ney Franco não fez mistério. No treino da última sexta-feira, comandou um coletivo no CT da Barra Funda e confirmou o time no esquema 4-2-3-1, mesmo com a presença de três atacantes em campo (Jadson e Osvaldo formarão com Jadson uma linha no meio). Luis Fabiano, recuperado de lesão, volta ao comando do ataque, assim como os volantes Wellington e Denilson, livres de suspensão. O desfalque será Rhodolfo, suspenso. O time entrará em campo com: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Edson Silva e Cortez; Denilson e Wellington; Lucas, Jadson e Osvaldo; Luis Fabiano.
Palmeiras: sem Thiago Heleno, Luan e Maikon Leite, Kleina avisa que deve manter o esquema que vem dando certo no início de seu trabalho. Mesmo assim, pode promover o retorno do volante Henrique à zaga, sua posição de origem. Se isso ocorrer, Román é sacado e Correa entra no meio-campo. No ataque, Mazinho e Obina disputam vaga, com vantagem para o primeiro. O time: Bruno, Artur, Maurício Ramos, Román (Correa) e Juninho; Henrique, Márcio Araújo, Marcos Assunção e Valdivia; Mazinho e Barcos.
São Paulo: o zagueiro Rhodolfo terá de cumprir suspensão automática. Cañete, recuperado de lesão no joelho direito, ainda aprimora a forma física. Fabrício, que operou o joelho esquerdo, só retorna em 2013. Já Paulo Henrique Ganso, que ainda se recupera de um estiramento na coxa esquerda, não tem previsão de estreia.
Palmeiras: Thiago Heleno, com dores no pé direito, e Maikon Leite e Luan, suspensos, são os principais desfalques. Além da suspensão, Maikon se recupera de uma pancada no tornozelo direito. Ainda estão fora o volante Wesley, que já está curado de uma lesão no joelho direito, mas ainda está fora de forma, o volante João Vitor, com lesão no dedo mínimo do pé direito, e o lateral-esquerdo Fernandinho, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e só volta a jogar em 2013. .
São Paulo: Ademilson, Douglas, Ganso, Jadson, João Filipe, Maicon, Osvaldo, Paulo Assunção, Rodrigo Caio e Rogério Ceni.
Palmeiras: Daniel Carvalho, Hernan Barcos, Juninho, Luan, Márcio Araújo, Mauricio Ramos, Valdivia e Wellington.
Paulo Cesar Oliveira (Fifa/SP) apita a partida, auxiliado por Emerson Augusto de Carvalho (Fifa/SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa/SP). Paulo César Oliveira arbitrou dez jogos no Brasileirão, marcou 341 faltas (média de 34,1 por jogo), aplicou 39 amarelos (média de 3,9 por jogo), dois vermelhos (média de 0,2 por jogo) e quatro pênaltis (média de 0,4 por jogo). O campeonato tem média de 5,03 amarelos, 0,29 vermelho, 36,7 faltas e 0,21 pênalti. O árbitro apitou um jogo do Tricolor na Série A deste ano: São Paulo 3 x 1 Portuguesa, pela 25ª rodada.
São Paulo: Luis Fabiano. De volta à equipe, o atacante é uma das principais apostas de Ney Franco. O desempenho do camisa 9 é muito bom no ano. Em 31 partidas disputadas, ele marcou 24 gols.
São Paulo: Luis Fabiano. De volta à equipe, o atacante é uma das principais apostas de Ney Franco. O desempenho do camisa 9 é muito bom no ano. Em 31 partidas disputadas, ele marcou 24 gols.
Palmeiras: Barcos. com 23 gols na temporada, o atacante Barcos é a principal esperança para vazar a defesa são-paulina. Faltam apenas quatro para o Pirata atingir sua meta de 27 gols, estipulada em sua chegada ao clube, no início do ano. Com o argentino em dia inspirado, o Verdão tem meio caminho andado para uma boa atuação no Morumbi.
Ney Franco, técnico do São Paulo: “O Palmeiras perdeu um jogador importante que é o Maikon Leite, que dá velocidade pelas laterais. Pelo que observamos, existe uma dúvida entre manter esse jeito de jogar, com a entrada do Mazinho, ou então atuar com duas referências na área, com a entrada do Obina, jogador que tenho ótimas recordações da época em que trabalhamos no Flamengo. O Palmeiras cresceu muito de produção nos últimos jogos e merece todo o nosso respeito."
Ney Franco, técnico do São Paulo: “O Palmeiras perdeu um jogador importante que é o Maikon Leite, que dá velocidade pelas laterais. Pelo que observamos, existe uma dúvida entre manter esse jeito de jogar, com a entrada do Mazinho, ou então atuar com duas referências na área, com a entrada do Obina, jogador que tenho ótimas recordações da época em que trabalhamos no Flamengo. O Palmeiras cresceu muito de produção nos últimos jogos e merece todo o nosso respeito."
Gilson Kleina, técnico do Palmeiras: "O adversário está buscando uma Libertadores, e nós temos o nosso campeonato, que é se aproximar do 16º colocado. Sabemos o que representa um clássico como esse. O Palmeiras está crescendo e espero continuar nesse ritmo”.
* Quem tem vantagem?
* Faz dez anos que o Palmeiras não vence o São Paulo jogando no Morumbi. A última vitória do Verdão na casa do Tricolor foi no dia 20 de março de 2002, quando venceu por 4 a 2 pelo Torneio Rio-São Paulo, gols de Magrão, Claudecir, Alex e Arce. França e Kaká descontaram para o Tricolor.
* Nas últimas 18 vezes que o São Paulo enfrentou o Palmeiras no Morumbi, o Tricolor venceu 11 vezes e houve sete empates.
* Empate é o resultado mais comum no retrospecto recente deste clássico. Nas últimas dez partidas entre as duas equipes, cada equipe venceu duas vezes e houve seis empates.
* Nas últimas 20 vezes que São Paulo e Palmeiras se enfrentaram houve apenas uma vitórias por mais de dois gols de diferença. No Paulistão 2008, o Palmeiras goleou por 4 a 1 em Ribeirão Preto. A última vitória são-paulina por mais de dois gols de diferença foi no Brasileirão 2006, quando venceu por 4 a 1.
* Ano passado, as duas equipes se enfrentaram três vezes, com uma vitória palmeirense e dois empates. No Paulistão-2011, as duas equipes empataram por 1 a 1 no Morumbi, gols de Fernandinho e Adriano. No Brasileirão, novo empate por 1 a 1 no Morumbi, e vitória do Verdão por 1 a 0 no Pacaembu.
* Foi pelo Brasileirão de 2010 que o São Paulo conseguiu suas últimas vitórias sobre o Palmeiras: 1 a 0 no Morumbi (26 de maio de 2010) e 2 a 0 no Pacaembu (19 de setembro de 2010).
* São Paulo e Palmeiras fazem um dos clássicos de retrospecto mais desequilibrado da história do Campeonato Brasileiro. Em 51 jogos, o São Paulo conseguiu apenas nove vitórias (18%) e chegou a amargar um tabu de 27 anos (ou 25 jogos) sem derrotar o Palmeiras em Brasileiros. A equipe do Morumbi ficou sem vencer o rival de 1973 a 2000.
Fonte:Globo Esporte Palmeiras e São Paulo se enfrentaram pela última vez no dia 15 de julho deste ano, em jogo válido pela 9ª rodada do Brasileirão. A partida foi disputada em Barueri e terminou com o empate em 1 a 1. Luis Fabiano abriu o marcador no primeiro tempo e Mazinho definiu o resultado na segunda etapa. Valdivia ainda perdeu um pênalti, que foi defendido por Denis. O Verdão, que havia acabado de conquistar a Copa do Brasil, entrou em campo com Bruno, Artur, Maurício Ramos (Maikon Leite), Leandro Amaro e Juninho; Henrique, Márcio Araújo, João Vítor e Valdivia; Mazinho (Fernandinho) e Betinho (Cicinho). Já o Tricolor de Ney Franco atuou com Denis, Douglas (Willian José), Rafael Toloi, Rhodolfo e Cortês; Denilson (Maicon), Casemiro (Rodrigo Caio), Cícero e Jadson; Osvaldo e Luis Fabiano.
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