Palmeiras e Coritiba entram em campo nesta quinta-feira, às 21h (de Brasília), para jogar por mais do que a luta contra o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. Rixas entre jogadores e clubes em ambos os lados e o fato de há apenas três meses terem decidido a Copa do Brasil, com vantagem para os paulistas, esquentam ainda mais o confronto, que será realizado na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara; confira.
Briga contra a degola
Antes de qualquer coisa, Palmeiras e Coritiba jogam contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O time paulista, que vai mandar o confronto em Araraquara após receber punição pelo vandalismo da torcida em clássico contra o Corinthians, aparece na zona da degola: é 18º, com 26 pontos conquistados. O Coritiba, por sua vez, é o primeiro fora da área de perigo, com 32 pontos na 16ª posição.
Por isso, trata-se de uma "partida de seis pontos": mais do que pontuar, se destaca o fato de impedir que o adversário direto pontue. O resultado, para o Palmeiras, pode significar apenas a retomada da reação, após derrota no clássico para o São Paulo: mesmo se vencer, não poderá deixar a zona de rebaixamento, já que no máximo vai ultrapassar o Sport. O Coritiba, por sua vez, pode se afastar, com chance de ganhar até quatro posições.
Lincoln teve passagem conturbada pelo Palmeiras (Foto: Fernando Borges/Terra)
Rixas antigas presentes em ambos os elencos fazem com que o confronto em Araraquara possa ter mais valor para alguns jogadores e, sem dúvida, para os torcedores. No lado do Coritiba há a presença do meia Lincoln: o atleta passou pelo Palmeiras sem destaque em 2011, saindo entre críticas abertas ao técnico Luiz Felipe Scolari e críticas da torcida. Na Copa do Brasil, se desentendeu com Marcos Assunção e criou polêmica.
"Aí entra o meu lado também, né? No Coritiba eu tive pouco espaço. Poderia entrar nisso aí", declarou o meia Tiago Real, que ficou sem jogar no clube paranaense e agora pode ser o substituto do meia Valdívia no Palmeiras. O jogador não escondeu o incômodo no discurso, apesar de afirmar que "o lado pessoal não vai pesar no confronto". Esse é mais um motivo para querer vencer o confronto na quinta-feira.
Além disso, o Coritiba terá em Gilson Kleina, técnico do Palmeiras, o reencontro com um antigo rival: natural da capital paranaense, ele comandou diversos rivais do time alviverde como Iraty, Paraná Clube e Cianorte.
Disputa extra-campo
Qualquer sentimento de rivalidade que possa existir entre os clubes é amplificado pelo fato de estarem profundamente envolvidos em uma disputa extra-campo pela contratação do meia Alex, que recentemente rescindiu contra com o Fenerbahce. O meia fez sucesso nos dois times, que já manifestaram interesse e iniciaram negociações. É também por isso que Palmeiras e Coritiba são pedras no sapato um do outro.
Revanche pela Copa do Brasil
Há menos de três meses, Palmeiras e Coritiba jogaram para decidir o título da Copa do Brasil. Por mais improvável que possa parecer o fato de os times estarem agora brigando para se manter na elite nacional, a revanche - e a tentativa de evitar a mesma - também ajuda a embalar o confronto desta quinta-feira. No passado recente, o Palmeiras se deu melhor e conquistou o título.
A taça foi garantida em pleno Estádio Couto Pereira com empate por 1 a 1 - no jogo de ida, na Arena Barueri, o time paulista tinha vencido por 2 a 0. Como na ocasião o Palmeiras tirou o Coritiba do lugar mais alto do pódio e da vaga à Copa Libertadores, seria um prêmio de consolação para o torcedor curitibano complicar o adversário na temporada: essa é a lógica da possível revanche em Araraquara.
Fonte: Terra
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