sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Provável rival do Corinthians no Mundial, Chelsea é goleado por Atlético de Madri em final europeia


Falcao Garcia balançou as redes pela segunda vez em um belo chute colocado
Falcao Garcia balançou as redes pela segunda vez em um belo chute colocado
Foram necessários apenas 44 minutos para o cabeludo Falcao Garcia fazer três gols, meter duas bolas na trave, sepultar o Chelsea, ganhar a Supercopa Europeia e, sem se dar conta, encher de esperança a cabeça de milhares de torcedores do Corinthians.
O atacante colombiano foi o principal responsável por dar o segundo título consecutivo do torneio ao Atlético de Madri, atual campeão da Liga Europa. O time espanhol venceu por 4 a 1, uma vitória categórica do primeiro ao último minuto de jogo.
Quando Falcao marcou o terceiro, correu a uma câmera de televisão e contou até três com os dedos, como se precisasse calcular o que acabara de fazer. Ao mesmo tempo, Fernando Torres, plantado do outro lado do campo, mãos na cintura e olhar desolado, parecia não acreditar no que estavam fazendo com o seu time.
O Chelsea, atual dono da Liga dos Campeões, era batido ainda no primeiro tempo por aquela que é apenas a terceira equipe mais importante de Madri.
Os ingleses podem ser adversários do Corinthians no Mundial de Clubes do fim do ano. No Brasil, a partida foi vista com especial atenção pelos torcedores alvinegros, que se manifestavam com desproporcional entusiasmo a cada gol de Falcao. “Esse é o poderoso Chelsea? Timão vai deitar em dezembro. Emerson Sheik é melhor que Falcao”, escreveu um deles no Twitter.
O show do colombiano é raro. Há 35 anos, nenhum jogador marcava três vezes na partida que confronta anualmente os campeões da temporada europeia.
O primeiro gol foi sutil, um toque preciso na parte de baixo da bola, que encobriu o goleiro Peter Cech. O segundo foi inteligente, um chute com efeito que fez a bola fugir de todos os jogadores do Chelsea antes de encontrar e escorregar sobre a rede. O terceiro foi seco: Falcao recebeu a bola na entrada da área, dominou-a, escapou de Ramires e, como Cech esperava um chute forte no alto, finalizou com pouca força e rasteiro.
Também é preciso notar as impressionantes desorganização e apatia do Chelsea, que jogou completo, com a maior parte dos titulares. David Luiz e Ramires bateram cabeça na marcação do ataque espanhol, Hazard e Mata foram figuras nulas, e Torres, isolado na frente, longe de todos, quase não foi visto.
O ex-colorado Oscar entrou no segundo tempo, mas não fez muita coisa, além de chutes pouco perigosos. Mesmo perdendo por três gols, os ingleses eram incapazes de assustar a meta do goleiro Courtois.
O zagueiro Miranda, ex-São Paulo, transformou a vitória larga em goleada ainda no começo do segundo tempo. E depois disso, por incrível que pareça, o Atlético continuava mais perto de marcar o quinto do que o Chelsea de diminuir. Cech teve de fazer defesas difíceis para que os Blues não saíssem de Mônaco mais humilhados ainda.
Em um lance isolado e confuso na área espanhola, o zagueiro Cahill aproveitou uma sobra de bola e fez o único gol inglês do jogo. Os torcedores não tiveram ânimo para comemorar.
Para o Mundial, ainda faltam quatro meses, muitos jogos pelo Campeonato Inglês e pela Liga dos Campeões. Mas o técnico Roberto di Matteo terá trabalho para tirar do time as deficiências apresentadas no primeiro duelo importante da temporada 2012-2013.
O título do Atlético confirma a hegemonia espanhola na Supercopa Europeia. Desde 2009, só venceram a partida clubes do país (Barcelona e o próprio Atlético, duas vezes cada).
Fonte: Uol
Erly Souza

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