Falcao Garcia balançou as redes pela segunda vez em um belo chute colocado
O atacante colombiano foi o principal responsável por dar o segundo título consecutivo do torneio ao Atlético de Madri, atual campeão da Liga Europa. O time espanhol venceu por 4 a 1, uma vitória categórica do primeiro ao último minuto de jogo.
Quando Falcao marcou o terceiro, correu a uma câmera de televisão e contou até três com os dedos, como se precisasse calcular o que acabara de fazer. Ao mesmo tempo, Fernando Torres, plantado do outro lado do campo, mãos na cintura e olhar desolado, parecia não acreditar no que estavam fazendo com o seu time.
O Chelsea, atual dono da Liga dos Campeões, era batido ainda no primeiro tempo por aquela que é apenas a terceira equipe mais importante de Madri.
Os ingleses podem ser adversários do Corinthians no Mundial de Clubes do fim do ano. No Brasil, a partida foi vista com especial atenção pelos torcedores alvinegros, que se manifestavam com desproporcional entusiasmo a cada gol de Falcao. “Esse é o poderoso Chelsea? Timão vai deitar em dezembro. Emerson Sheik é melhor que Falcao”, escreveu um deles no Twitter.
O show do colombiano é raro. Há 35 anos, nenhum jogador marcava três vezes na partida que confronta anualmente os campeões da temporada europeia.
O primeiro gol foi sutil, um toque preciso na parte de baixo da bola, que encobriu o goleiro Peter Cech. O segundo foi inteligente, um chute com efeito que fez a bola fugir de todos os jogadores do Chelsea antes de encontrar e escorregar sobre a rede. O terceiro foi seco: Falcao recebeu a bola na entrada da área, dominou-a, escapou de Ramires e, como Cech esperava um chute forte no alto, finalizou com pouca força e rasteiro.
Também é preciso notar as impressionantes desorganização e apatia do Chelsea, que jogou completo, com a maior parte dos titulares. David Luiz e Ramires bateram cabeça na marcação do ataque espanhol, Hazard e Mata foram figuras nulas, e Torres, isolado na frente, longe de todos, quase não foi visto.
O ex-colorado Oscar entrou no segundo tempo, mas não fez muita coisa, além de chutes pouco perigosos. Mesmo perdendo por três gols, os ingleses eram incapazes de assustar a meta do goleiro Courtois.
O zagueiro Miranda, ex-São Paulo, transformou a vitória larga em goleada ainda no começo do segundo tempo. E depois disso, por incrível que pareça, o Atlético continuava mais perto de marcar o quinto do que o Chelsea de diminuir. Cech teve de fazer defesas difíceis para que os Blues não saíssem de Mônaco mais humilhados ainda.
Em um lance isolado e confuso na área espanhola, o zagueiro Cahill aproveitou uma sobra de bola e fez o único gol inglês do jogo. Os torcedores não tiveram ânimo para comemorar.
Para o Mundial, ainda faltam quatro meses, muitos jogos pelo Campeonato Inglês e pela Liga dos Campeões. Mas o técnico Roberto di Matteo terá trabalho para tirar do time as deficiências apresentadas no primeiro duelo importante da temporada 2012-2013.
O título do Atlético confirma a hegemonia espanhola na Supercopa Europeia. Desde 2009, só venceram a partida clubes do país (Barcelona e o próprio Atlético, duas vezes cada).
Fonte: Uol
Erly Souza
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