Clima tranquilo na porta da Academia de Futebol do Palmeiras na noite desta segunda-feira. Enquanto conselheiros se reúnem no centro de treinamento do Verdão para a votação das eleições diretas no clube, cerca de 400 torcedores fazem protesto no local. Duas faixas da Avenida Marquês de São Vicente foram interditadas e uma viatura da Polícia Militar está no local para acompanhar de perto os passos dos alviverdes.
Com faixas contra a atual direção – “Tirone Banana”, “Frizzo ladrão” e “Conselho corrupto” – e gritos de guerra pressionando a aprovação da mudança de estatuto – “se a Diretas não passar (sic) o pau vai quebrar” –, palmeirenses organizam manifestação, que já vinha sendo prometida nas redes sociais há algumas semanas.
Além de xingamentos contra Arnaldo Tirone e Roberto Frizzo, Piraci Oliveira, atual diretor jurídico, também foi alvo de reclamações. Apesar dos protestos pacíficos, os torcedores ficaram mais exaltados no momento em que o ex-presidente Mustafá Contursi chegou de carro ao local. O dirigente, que comandou o clube durante grande parte da década de 1990, tinha como intenção a incluir na votação desta segunda, em conjunto com as Diretas, o projeto de um Conselho Gestor.
Opositores ao ex-presidente viam na proposta de Mustafá uma manobra para diminuir o poder do presidente eleito pelos sócios, já que o departamento de futebol profissional passaria a ser comandado por três conselheiros, todos eleitos pelo Conselho Deliberativo.
Dentro da Academia de Futebol, 179 conselheiros assinaram lista de presença antes do início da reunião que antecede a votação. A decisão deve ser anunciada no fim da noite desta segunda-feira e o pleito ocorrerá normalmente já que o número de presentes ultrapassa o limite mínimo (151 conselheiros).
Entre as 121 ausências no Conselho, as mais sentidas foram a do ex-presidente Luiz Gonzaga de Belluzzo. Grande incentivador das Diretas, o ex-dirigente, que chegou a renunciar ao cargo de conselheiro vitalício em protesto contra a atual administração, mas foi convencido por aliados a permanecer, não compareceu por motivos pessoais. Paulo Nobre, possível candidato nas eleições de janeiro, também alegou compromissos particulares para não estar presente na Academia de Futebol.
Fonte:Globo Esporte
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