A famosa pressão exercida pela torcida do Náutico no Estádio dos Aflitos não será o único adversário do Santos domingo, em Recife. A situação delicada no Brasileirão e inúmeros problemas colocam uma fogueira no caminho da equipe de Muricy Ramalho.
Jogadores jovens e inexperientes colocados “às pressas”, lateral fora de posição, centroavante em jejum, volante com dores. São exemplos de situações adversas que Muricy, sem muita escolha, mandará a campo na partida válida pela 14ª rodada do Nacional.
O panorama, que se desenhou durante toda a semana, foi levantado pelo técnico santista já após a vitória sobre a Ponte Preta, no último domingo, na Vila Belmiro. Na ocasião, o Muricy voltou a criticar a diretoria e disse que iria se escalar com tantas baixas no time.
– Vamos ter uma dificuldade enorme em uma casa que eu gosto. Vamos tentar colocar os meninos da base, outra fogueira para eles – afirmou, visivilmente incomodado.
Mas não é só para os jovens como Victor Andrade, 16 anos, e Felipe Anderson, 19, que o confronto é complicado. O atacante Bill, recém-chegado ao clube, por exemplo, tenta quebrar a sina de o Santos não fazer gol fora de caso neste Brasileiro. E ele mesmo ainda não balançou redes nesta temporada.
Para outros, como o volante Ewerton Páscoa, a ideia é ignorar as dificuldades. O jogador deve ser o responsável pela marcação à frente da área, jogará sem Adriano e Arouca ao lado, mas está confiante.
Ele tenta repetir outros que já se deram bem, como o goleiro Aranha, que substituiu bem Rafael, convocado para a Olimpíada. O goleiro já retornou mas ainda se recupera da lesão no cotovelo que o tirou dos Jogos.
– É minha oportunidade de ouro. Espero aproveitá-la – disse Páscoa.
Para se distanciar ainda mais da zona do rebaixamento, o Peixe precisa vencer a primeira fora. Será a fogueira dos aflitos. Sem trocadilhos.
Fonte-Lancenet
Juliano.Gouveia
Nenhum comentário:
Postar um comentário