Na América do Sul, a Argentina lidera as Eliminatórias, mas a terceira colocada, a Colômbia, tem chamado a atenção. A seleção já conseguiu uma goleada por 4 a 0 sobre o Uruguai, atual campeão da Copa América, e tem uma das duplas de ataque mais promissoras do mundo, formada por Falcao García e James Rodríguez. Mas é o primeiro que deve ser a estrela da companhia. O craque do Atlético de Madrid é o artilheiro do Campeonato Espanhol, ao lado de Cristiano Ronaldo e Messi, e se destacou nas finais da Liga Europa e da Supercopa da Europa.
Outras duas seleções promissoras vêm da Europa. A Bélgica deu sorte de pegar um grupo relativamente tranquilo, mas tem um bom time, está bem armado, e tem jovens valores que juntos, podem dar trabalho no Brasil. O "Stoichkov" deles é Hazard, de 21 anos, comprado pelo Chelsea por uma fortuna.
O Grupo G não tem nenhuma potência, mas é difícil não considerar o arranque da Bósnia. A seleção corre por fora para ser uma zebra, não tem a mesma consistência de Colômbia e Bélgica, mas se der sorte de pegar um caminho não muito complicado, pode ir longe. Nas Eliminatórias, goleou Liechtenstein por 8 a 1 e a Letônia por 4 a 1. Contra a Grécia, no confronto direto com a outra candidatata à vaga direta, empatou em 0 a 0, e na última rodada, voltou a vencer bem, fez 3 a 0 na Lituânia. O grande craque, praticamente solitário, é Dzeko, do Manchester City.
A África tem duas seleções que poderiam exercer um bom papel na Copa do Mundo: Gana e Zâmbia, mas apenas uma vai para a competição, já que deram azar de ficar no mesmo grupo da segunda fase, e só uma vai para a próxima.
Gana foi a melhor seleção africana na última Copa, quando foi para as quartas, e só foi eliminada pelo Uruguai naquele pênalti que Suárez cometeu no fim. A equipe ainda tem alguns jogadores, e tem uma geração promissora com vários jovens, como Atsu (Porto, 20 anos), Asamoah (Juventus, 23), Rabiu (Évian, 22), Ayew (Olympique, 22) e Badu (Udinese, 21). Zâmbia é a atual campeã africana e lidera o Grupo D. Na última CAN, mostrou bom padrão de jogo, e o grande destaque foi Katongo.
Bulgária de Stoichkov - 1994
A seleção do leste europeu contava com Stoichkov, craque do Barcelona, mas poucos contavam que ele pudesse levar a Bulgária muito longe. Já na fase de grupos, a equipe venceu a Argentina de Maradona, atual vice-campeã mundial por 2 a 0, e o mundo abriu os olhos. Nas quartas de final, pegou a Alemanha, que havia vencido a Copa em 1990, e ganhou por 2 a 1. Caiu na semifinal para a Itália, e foi goleada na disputa de terceiro lugar para a Suécia por 4 a 0.
Croácia de Suker - 1998
Se a Bulgária tinha um ídolo do Barcelona, a Croácia tinha um do Real Madrid, e foi ainda mais longe. E as campanhas tiveram até algumas coincidências. A seleção de Suker pegou a Argentina na fase de grupos, mas desta vez, os hermanos venceram. Nas quartas de final, novamente estava a Alemanha pelo caminho, e a Croácia não estava nem aí, goleou por 3 a 0 os poderosos tricampeões mundiais, com Klinsmann, Matthaeus e tudo. A seleção caiu para a França na semi, mas levou o terceiro lugar ao derrotar a Holanda por 2 a 1.
Turquia e Coreia do Sul - 2002
No Mundial da Ásia, em 2002, duas surpresas. A Coreia do Sul conseguiu ir até à semifinal, com muita polêmica nas partidas contra Itália, nas oitavas, e Espanha, nas quartas. Mas chegou, e caiu para a Alemanha. Já a Turquia deu alguma sorte. Depois da fase de grupos, pegou o Japão, e depois Senegal, só perdeu para o Brasil. Na disputa de terceiro lugar, vitória dos europeus.
Uruguai - 2010
Se for olhar para a tradição, Uruguai nunca será surpresa. Mas a Celeste vinha de uma crise de muitas décadas, e poucos poderiam apostar nela na Copa do Mundo da África do Sul. Mas com um trio de ataque poderoso, formado por Suárez, Forlán e Cavani, um cruzamento relativamente tranquilo - Coreia do Sul e Gana (naquele jogo da mão de Luisito) -, a seleção foi até a semifinal e perdeu só para a Holanda, e depois na disputa de terceiro lugar para a Alemanha.
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