O meio-campo Alex, que rescindiu contrato com o Fenerbahçe depois de oito temporadas e é especulado em alguns clubes do Brasil, deu entrevista coletiva nesta segunda-feira, ainda em Istambul. O jogador assumiu erro em algumas situações, voltou a criticar a relação com o técnico Aykut Kocaman, e garantiu que vai continuar jogando.
- Eu vou começar falando por mim, em algumas situações que trazem prejuízos, quem está envolvido, tem alguma culpa, todos têm, e eu assumo isso de forma tranquilo. Todo mundo me pressiona para que deixe o futebol, mas quero assinar com algum outro clube por dois anos. Jogarei mais dois anos e aí me aposentarei - disse o jogador de 35 anos, que ainda assumiu toda sua tristeza com a situação:
- Nunca chorei tanto em toda a minha infância como nesta última semana.
Sobre o uso de redes sociais, como o Twitter, Alex disse que se arrepende de ter usado da forma como utilizou por tornar públicas algumas situações. Mas continua com as suas posições em todos os temas.
Sobre o presidente Aziz Yildirimm, Alex disse que viveu uma situação praticamente de amor e ódio, e ainda citou um momento especial do dirigente.
- Ora era espetacular, e depois muito ruim, mas sempre resolvemos as coisas cara a cara, falando qual era o problema, nunca ninguém mandou recado. Eu tive uma situação, que vocês (jornalistas) tratam como problema, mas para mim não é, quando eu fui vaiado, e o presidente me aplaudiu. Esse foi o momento positivo dele a meu favor.
Alex falou também sobre as críticas que sempre recebeu por ser mercenário. Ele defendeu:
- No clube, sempre ouvi que gostava muito de dinheiro, que brigava por isso, e isso não é verdade, eu era capitão, e brigava, mas não por mim, eu sempre joguei pelo contrato, brigava pela premiação, mas pelo funcionário, muitas vezes isso vale muito para para ele. Eu, como capitão, tenho que me posição.
Por último, o assunto foi a relação difícil com o técnico Aykut Kocaman. Ele lembra que em todas as conversas que tinha com ele, até aceitava, por uma questão de hierarquia, mas nunca entrava em acordo. Ele lembra que uma situação específica o fez acordar para o futebol turco.
- Eu sempre cobrava quando tínhamos um problema, time tem que evoluir, tem que treinar e crescer, não pode comprar um jogador, e em três anos ele não evoluir. Ele falava que "aqui era Turquia e funcionava assim". Aí que eu comecei a me questionar se valeria a pena continuar - continuou Alex, para completar outra situação chata para ele:
- Eu ficava triste pela falta de comemoração dele. Muita gente me dizia que era o jeito dele, mas na minha cabeça não entrava. Clube grande, torcida vibrante, decidi muitos jogos, via imagens na TV, meu treinador não comemorava. Isso me deixava chateado.
Por enquanto, quatro clubes estão sendo especulados como possíveis destinos do apoiador: Coritiba, Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro.
Fonte : Lancenet
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