Principal arma de Marcos Assunção, bola parada vira vilã para joelho do volante

O volante palmeirense Marcos Assunção se prepara para cobrar falta

O principal trunfo de Marcos Assunção foi um dos grandes motivos que levaram o volante a ter seu joelho direito operado. O excesso de repetições de cobranças de falta, sempre com o mesmo movimento, fez com que o atleta tivesse agravada uma meniscopatia. Por causa da intervenção, Assunção ficará por até 30 dias parado.

O menisco é um tecido formado por colágeno responsável pelo amortecimento e também pela estabilização do joelho. Sem essa região funcionando, o equilíbrio do atleta durante o jogo fica comprometido.
Além do excesso de movimentos repetidos nos treinos – o volante chegava a bater mais de 20 faltas por treino -, um outro problema foi uma sutura à qual Assunção já havia sido submetido, na mesma região.

"Ele tem uma dor no joelho direito e, essa dor, em parte, é o problema no menisco. De um ponto de vista anatômico, estava tudo bem, porque ele tinha arco completo, não tinha restrição de movimento e o joelho inchava, mas doía mais ou menos dependendo da intensidade dos treinos. E ainda ele sentia dores para bater falta, que é um dos grandes problemas do menisco. Muitos chutes exigem mais do joelho. Vários jogadores machucam com frequência essa região (menisco)", explica o médico Otávio Vilhena.
Depois da operação, Marcos Assunção precisará passar por um período de readaptação para "calibrar" novamente o pé. Caso tivesse muito mais tempo de carreira, a tendência é que ele voltasse a passar por esse tipo de intervenção, porque a repetição voltaria a causar esse problema. Como deve jogar por mais um ano, pelo menos na carreira profissional, o menisco não deve mais ser problema.

As dores começaram desde o meio da Copa do Brasil. Sua última participação em gol, aliás, foi justamente na final do torneio, quando deu assistência para Betinho empatar a partida e garantir o título da competição diante do Coritiba, em pleno Couto Pereira.

De lá para cá, foram cinco jogos longe dos gramados por causa da lesão. Nos seis que entrou em campo, não participou de nenhum gol. Não à toa, os últimos sete gols feitos pelo Palmeiras foram do argentino Hernán Barcos: na derrota para o Cruzeiro por 2 a 1, nas vitórias contra o Botafogo por 2 a 0 e por 2 a 1, no triunfo diante do Flamengo por 1 a 0 e no revés para o Atlético-GO por 2 a 1.

Na temporada, no entanto, antes da operação, ele era fundamental. Antes disso, ele tinha 22 aparições em jogadas de gols do Palmeiras, sendo oito gols, 12 assistências e duas participações indiretas.

Fonte: Uol
Erly Souza